How We Get Here

Capítulo 26 - De Volta à Vida


How We Get Here

Capítulo Vinte e Seis - De Volta à Vida



Os jovens ninjas de Konoha se depararam com algo que eles não queriam ver nunca mais. Edo Tensei. Um jutsu tolo e proibido, que trazia de volta os mortos e os transformavam em marionetes do usuário.

Os Edos dentro das caixas abriram os olhos pretos e saíram lentamente de dentro de cada uma. Eles se colocaram lado a lado, de frente para os ninjas da Folha e um turbilhão de sentimentos invadiram os membros do time sete e a princesa do Byakugan.

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Na frente deles, se encontravam Minato Namikaze, Kushina Uzumaki, Jiraya, Neji Hyuuga, Itachi Uchiha, Mikoto Uchiha e Fugaku Uchiha.

— Pai, mãe… Itachi... — Sasuke sussurrou incrédulo para si mesmo, e as lembranças daquela noite invadiram a sua mente, trazendo consigo um turbilhão de dor e tristeza.

Sakura olhou para seu namorado e pôde ver a confusão de emoções que se formava dentro dele.

Assim como em seus companheiros.

— Pai, mãe. — Naruto olhava boquiaberto para as figuras de seus pais, e seus olhos ficaram marejados ao vê-los novamente, principalmente, sua mãe, Kushina.

— Naruto, não temos controle sobre nosso corpo, então cuidado, filho. — Kushina o alertou.

— Essa é sua mãe? — Hinata perguntou, já de pé, ao entrelaçar sua mão na de Naruto, o qual confirmou as suspeitas dela com um movimento de cabeça.

A Hyuuga não estava surpresa, afinal, já imaginava que os vilões trariam alguém próximo a eles, utilizando o Edo Tensei, para afetá-los emocionalmente.

— Ela é sua namorada, Naruto? — Minato perguntou, curioso.

— Ela é minha esposa, Hinata Hyuuga... Uzumaki agora. — Naruto sorriu.

— Esposa... Como nosso Naruto cresceu... — os olhos da mãe dele encheram-se de lágrimas. — Eu estou tão feliz!

O Uzumaki sorriu mais abertamente, assim como a esposa. Eles ficariam felizes em ver os pais de Naruto se não estivessem com problemas.

— Eu queria tanto poder abraçá-los agora, mas as circunstâncias não permitem. E eu sinto muito por tudo isso. — Kushina falou, tristonha.

— Sim. — Minato concordou, sério. — Naruto, eu também estou muito feliz por você, mas não é hora de conversar, a situação não parece estar boa aqui, o que está acontecendo?

— Takeshi pretende dominar o mundo e, para isso, precisa nos derrotar. — apontou para seus amigos.

— E está nos usando… O Edo Tensei não é o melhor dos jutsus. — Minato suspirou, cansado.

— Não mesmo, pai.

Enquanto os dois conversavam, Jiraya observava seu antigo aluno. De fato, ele não era o mesmo de antes, o sennin via em seu semblante e postura.

— Você está diferente, Naruto. — chamou a atenção do jovem para si.

— Ero-sennin! — dos olhos de Naruto, duas lágrimas solitárias caíram.

Ele estava emocionado em ver seu sensei e era inevitável não lembrar-se de sua morte.

— Vejo que o mundo continua em guerra… — o velho comentou, cansado.

— O mundo ficou um bom tempo pacífico depois que vencemos a quarta grande guerra ninja, quando as cinco grandes nações se uniram, mas, agora, apareceram novos inimigos.

— Entendo. — Jiraya disse, sério. — E Nagato?

Ele temia pelo que seu ex-aluno poderia ter aprontado.

— Nagato se tornou meu amigo, no fim, ele reconheceu que estava fazendo as coisas de um jeito errado e deu a sua vida para consertar o que fez. Ele depositou toda a sua fé em mim e morreu com honra.

O sennin lendário sorriu com a resposta.

— Fico feliz que ele tenha reconhecido seus erros e tentado consertá-los.

— No fim, ele me ouviu e voltou a ser aquele Nagato que você conhecia, Ero-sennin.

O homem sorriu ainda mais, feliz por Nagato e Naruto. E, mais ainda, pelo Uzumaki ter conseguido proteger o mundo.

— Fiz bem em deixar para você a missão de trazer a paz ao mundo. — ele disse, e Naruto voltou a ficar com os olhos marejados. — Você foi muito bem.

— Obrigado, Ero-sennin.

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.

.

O Uchiha mais novo observava atônito os seus familiares, era uma confusão de sentimentos vê-los ali em sua frente.

— Você está diferente, Sasuke. — Itachi disse, olhando no único olho à mostra do irmão, o qual estava apenas com o Sharingan ativado.

Fugaku arqueou as sobrancelhas.

— É você, Sasuke? — perguntou, estava surpreso ao ver seu caçula crescido.

— Sim. — o jovem Uchiha respondeu.

Mikoto deixou lágrimas caírem ao observar seu menino já um homem.

— Sasuke, meu filho... Eu queria muito te ver crescido, mas não dessa maneira. Não sendo trazida do mundo dos mortos e sem controle sobre mim mesma.

Sasuke podia sentir a dor da mãe através de sua voz chorosa, o que só serviu para deixá-lo com mais ódio de Takeshi por usá-los dessa forma.

— Se Itachi está do mesmo jeito que nós, quer dizer que ele também morreu? — Fugaku olhou para o filho mais velho, mudando de assunto. — O que houve, Itachi?

O filho mais velho não disse nada, apenas desviou o olhar para o irmão. Sasuke que decidiria se contava ou não o que havia acontecido no passado.

— Eu matei Itachi por vingança. — os olhos dos pais se arregalaram de surpresa.

— Você matou o Itachi?

Fugaku nunca pensou que Sasuke seria capaz de fazer isso, já que seu filho mais velho era muito forte, um prodígio.

— Sim, depois, descobri a verdade… — o semblante de Sasuke assumiu uma expressão tristonha, Itachi notou isso.

— É melhor mudarmos de assunto. — o filho mais velho de Fugaku disse, sério e olhou para os companheiros ao lado de Sasuke. Companheiros de Konoha. — Fico feliz que tenha voltado para a vila. — sorriu de lado.

— Eu tinha uma razão para voltar. — Sasuke falou e, em seguida, olhou discretamente para o lado, fitando os olhos verdes que o olhavam intensamente. A rosada sorriu de leve e entrelaçou suas mãos.

E Itachi entendeu, tanto que sorriu novamente, feliz pelo irmão estar seguindo com a vida e sendo feliz.

Mas aquele não era o momento para uma reunião familiar — até porque ela não deveria acontecer, afinal, estavam mortos —, era hora da luta.

Fugaku chamou a atenção dos dois Edos ao seu lado e do casal à frente, aproveitando que podia movimentar-se por conta própria por enquanto.

— Sasuke, você precisa nos deter. Nós ainda não te atacamos e não sei bem o porquê, mas fique pronto, estamos sendo controlados. — o pai avisou com sua voz fria de sempre, e Sasuke soltou a mão de Sakura, se concentrando nos Edos a sua frente.

— Eles nos trouxeram de volta para afetá-los, para deixá-los sem reação diante de nossa presença. — Itachi comentou.

— O que faremos então, Itachi? — Sakura entrou na conversa, surpreendendo o gênio do clã Uchiha, que olhou para Sasuke, confuso pela reação um tanto quanto tranquila da jovem diante do “assassino dos Uchihas”.

— Ela sabe a verdade, Itachi. — o Uchiha mais novo falou, e a expressão confusa do irmão sumiu.

Itachi respirou fundo.

— Mais alguém sabe?

— Não. — Sasuke respondeu, o que fez o mais velho suspirar aliviado.

— Vocês podem nos selar. — Itachi sugeriu. — Ou podem forçá-lo a desfazer o jutsu, como da última vez, Sasuke.

Sakura ficou confusa e olhou para o namorado.

— Última vez?

— Itachi e eu paramos o Edo Tensei na guerra. — o Uchiha respondeu, dando de ombros.

Ela arregalou os olhos por tamanha surpresa. Então, foram eles que mudaram o rumo da guerra. Sakura só não entendia o motivo dos dois ocultarem tudo isso.

Por que esconder, afinal?

Ela voltou a encarar Itachi.

— Por que não quis que ninguém soubesse a verdade? — perguntou, e Itachi apenas respirou fundo e colocou uma expressão mais séria no rosto.

— Eu prefiro assim, protegi Konoha das sombras desde o início, agora que estou morto, não faz mais diferença. E eu não quero que a reputação do clã Uchiha seja manchada, ainda mais agora depois de tanto tempo.

Sakura sentiu o peso daquelas palavras e sorriu terno para Itachi. De fato, ele era uma pessoa muito boa e um herói, e colocava a felicidade e o bem-estar dos outros acima do seu.

E ele merecia ser considerado como tal, mas, se o mesmo queria manter segredo sobre tudo que fez pelo bem da vila, ela guardaria.

— Você foi um grande herói, Itachi. — Naruto disse ao entrar na conversa, sorrindo para o ninja revivido.

— Certamente. — Minato concordou, lembrando-se da conversa que teve com o caçula dos Uchiha e Orochimaru, quando o mesmo o trouxe de volta para a guerra também com o Edo Tensei.

Itachi sorriu fraco de volta.

.

.

— Neji nii-san… — Hinata estava com os olhos arregalados e um pouco lacrimejados.

— Hinata-sama, eu não tenho controle sobre meu corpo, eu posso acabar te atacando a qualquer momento, então, cuidado.

— Certo, Neji nii-san. — Hinata respondeu, atenta a cada movimento do Edo Tensei em sua frente.

— Você está bem diferente. — O Hyuuga constatou, observando-a. — Parece mais forte.

— E está. — Naruto respondeu ao se aproximar deles e entrar na conversa. Neji sorriu ao ver o antigo amigo. — E, a propósito, nos casamos há algum tempo. — deu a notícia, sorrindo.

— Fico feliz por vocês. — Neji sorriu para o casal, contente pela novidade, porém aquele momento familiar não duraria muito tempo.

— Eu odeio ter que interromper o momento em família, mas tenho coisas mais importantes para fazer. — Takeshi disse, atraindo a atenção de todos para si, e Nori fez um selo.

Imediatamente, todos os Edo Tensei ficaram paralisados e com os olhos arregalados. Estavam sendo controlados agora.

— Droga. — Sakura reclamou, a guarda estava alta enquanto Kushina e Mikoto seguiam para cima dela, forçando a Haruno a dar um pulo para trás para desviar dos golpes.

— Sakura! — Sasuke gritou, preocupado, mas a situação dele encontrava-se pior.

— Concentre-se, Sasuke. — Itachi chamou sua atenção enquanto ia para cima do seu irmão, seguido por Fugaku.

Pai e filhos começaram a lutar taijutsu, mas eram dois contra um.

O Uchiha mais novo desviava dos golpes do seu irmão enquanto atacava seu pai, mas estava em desvantagem ali e não era o único com problemas naquele lugar.

Ele pegou sua espada, atingiu o braço de seu pai e tentou golpear Itachi, que estava pronto para acertar-lhe um chute. Em instantes, o braço de Fugaku se regenerou e ele voltou para luta.

Estava ventando, e o cabelo do Sasuke começou a voar, revelando o olho antes coberto.

— Rinnegan?! — Itachi parecia surpreso.

Assim como Fugaku.

— Como você pode ter um Rinnegan, Sasuke? — o velho perguntou entre chutes e socos.

— Através do contato com o chakra do sábio dos seis caminhos na guerra, meu Sharingan evoluiu. — o Uchiha limitou-se a responder apenas isso.

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Não havia tempo para conversas.

— Inacreditável! — Itachi tomou distância e fez os selos que Sasuke conhecia muito bem. — Estilo Fogo: Jutsu Bola de Fogo!

E uma enorme bola de fogo foi para cima do jovem Uchiha, que pulou para desviar do jutsu.

Enquanto Sasuke lutava contra Fugaku e Itachi, e Sakura enfrentava Kushina e Mikoto em uma batalha de taijutsu, Naruto lutava contra seu pai e Jiraya, e Hinata enfrentava Neji Hyuuga.

Naruto deu um Rasengan no Minato e lutou taijutsu contra Jiraya enquanto o pai se recuperava, mas o mesmo desviou de todos os golpes do jovem e o rebateu com o cabelo.

O Uzumaki se recuperou do impacto e desviou da kunai que seu pai lançou no último segundo, mas o mesmo se teleportou para perto da arma ninja com um Rasengan na mão.

Rápido demais, fazendo jus ao apelido de Relâmpago Amarelo.

O filho do Yondaime, para contra-atacar, também fez um Rasengan rapidamente e combateu o jutsu do pai com uma força igual enquanto que, do outro lado, Hinata, com o punho dos leões gêmeos, enfrentava seu primo, mas seus movimentos estavam mais lentos.

A garota estava fraca, e seu corpo ainda doía, consequência da resistência ao sequestro.

. . .

"Ume, eu... Eu te amo e não sei como criei coragem para te falar isso agora, mas não aguentava mais guardar isso para mim."

— Katashi... Como eu nunca percebi? Eu te magoei todo esse tempo, e você sempre bom comigo. Eu sou uma idiota. — Ume dizia para si mesma enquanto caminhava pelo corredor em direção ao lugar onde Hinata Hyuuga se encontrava.

A morena estava distraída, tanto que nem percebeu que Yori havia ficado para trás.

"Não posso te obrigar a gostar de mim, mas quero que saiba que eu sempre vou te amar."

Ume se recordava de cada palavra dele. Desde o momento que Katashi foi embora, ela não parou de pensar a respeito — e não sabia o motivo de tal coisa, principalmente, de não esquecer a sensação dos lábios dele nos seus e do coração disparado com a declaração de amor.

Ela não conseguia parar de pensar sobre.

— Ume. — Yori chamou, mas a garota continuava perdida em pensamentos.

Por que ainda pensava naquele beijo? — se perguntava.

— Ume! — chamou-a novamente, porém ela ainda permanecia imersa em um mundo só dela.

"Não escolhemos quem vamos amar e, mesmo que eu pudesse escolher, ainda assim seria você. Mil vezes você."

— Ume! — Yori gritou tão alto que ela voltou para a realidade imediatamente, assustada pela voz alta próxima a si.

— O que foi? — ela perguntou confusa e tentando regularizar os batimentos descompassados de seu coração, que ela não fazia ideia se era pelo susto de Yori ou pelas lembranças.

— Estou te chamando há um bom tempo, está tudo bem? — as sobrancelhas de Yori encontravam-se arqueadas pela curiosidade.

— Sim. — respondeu, disfarçando seu estado confuso, ansioso e nervoso.

Eles continuaram a caminhada até chegarem a um corredor escuro, onde o ar era abafado e cheirava a mofo. A iluminação do local era feita pelas várias tochas que estavam espalhadas ao longo do grande corredor cheio de portas de carvalho.

Os dois andaram em passos lentos até chegarem próximo à última porta. Yori aproximou a mão da maçaneta e a abriu com calma.

Lá dentro, estava bem escuro, mas, diferente do corredor, a iluminação do quarto se dava pelas tochas e pela luz do luar que atravessava as cortinas e os vidros da janela.

Eles entraram no cômodo e caminharam até o fundo, onde a luz era pouca. Antes de chegarem ao final do quarto, já era possível ouvir os soluços e o choro baixo de uma mulher.

Mesmo com pouca iluminação naquele canto, era possível distinguir os cabelos pretos azulados, o rosto pálido e os olhos de uma cor incomum. Sim. Era impossível confundir aqueles olhos perolados. Eram os olhos de um Hyuuga.

Hinata Hyuuga — ou Uzumaki agora.

Ao vê-la naquele lugar, Ume sentiu um pouco de pena. Hinata não tinha nada a ver com aquilo, ela só era a esposa do Naruto, não tinha culpa por Takeshi querer matá-lo.

Além de pena, Ume se sentia culpada. Mesmo que ela não tenha agido diretamente, ela tinha uma parcela de culpa no sequestro da Hyuuga.

— Y-Yori, Ume?! — ela estava surpresa ao vê-los ali. — Vocês estão ao lado do Takeshi?

O olhar de Hinata fez a jovem kunoichi sentir-se ainda pior.

— Hinata, nós... Olha, eu não queria que fosse assim, mas não tínhamos escolha. Era a única maneira de separar o Sasuke e a Sakura. — Ume explicou, e a Hyuuga arregalou os olhos.

— Vocês se juntaram ao vilão que pretende controlar o mundo à força só para separar um casal?

— Eu amo o Sasuke. — a morena tentou se explicar, mas as palavras que ouviu a seguir tocara-lhe a alma.

— Não, Ume, o que você sente não é amor, é obsessão. Se você realmente o amasse, deixaria Sasuke ser feliz com quem ele ama de verdade. — Ume e Yori ouviam tudo sem dizer uma palavra sequer, então, a Hyuuga continuou. — Amar é querer a felicidade do outro mais que a própria felicidade. É fazer de tudo para que o outro esteja feliz. Se você realmente amasse o Sasuke, não faria tudo isso… E, mesmo que separasse os dois, ele nunca ficaria com você sabendo que fez essas coisas horríveis para que ele ficasse longe do seu grande amor. Nem ele, nem a Sakura. — encarou Yori também.

Eles foram afetados pelas palavras de Hinata, era impossível negar, porém não tiveram tempo de retrucar ou mesmo pensar a respeito, pois notaram a presença de uma pessoa à porta.

— Yori, Ume, venham, quero que ajudem com umas coisas.

Eles seguiram para fora do quarto assim que ouviram a voz de Nori e foram em direção à saída do prédio.

Os três seguiram pela rua, até chegarem próximo à um galpão, onde alguns renegados entravam com canhões de chakra.

— Takeshi-sama quer que vocês cuidem do carregamento. Várias armas ninjas serão enviadas para esconderijos e várias serão trazidas para cá. Aqui estão as listas, vocês só precisam supervisionar o trabalho. — Nori lhes entregou os papéis.

— Tudo bem. — Ume respondeu.

Eles trabalharam bastante até tarde da noite enquanto Hinata permanecia naquele quarto escuro e frio. Assim que terminaram, os dois foram à cozinha de Takeshi, e Yori pegou uma maçã e um bolinho escondido. Mesmo que eles tenham feito coisas horríveis, Ume e Yori também tinham coração e não tinham nada contra Hinata.

Eles caminharam até o quarto no fim do corredor e, ao chegarem lá, viram Hinata deitada no chão e fitando o teto. Os dois, novamente, sentiram pena dela, que possuía o corpo todo dolorido pela luta contra Takeshi.

Eles se aproximaram sem que a Hyuuga percebesse, e Yori lhe estendeu a mão, onde havia um bolinho e uma maçã.

— Pegue.

— Não. — a jovem recusou.

— Pegue, anda, antes que Takeshi ou Nori cheguem. — Yori insistiu, e Hinata decidiu pegar.

Estava morrendo de fome.

Ume e Yori ficaram observando a princesa do Byakugan comer e, depois, deitar novamente no chão frio. Estava fraca e ela não sabia muito bem o porquê. Hinata também havia desistido de tentar fugir, ela estava em uma aldeia de renegados, nunca conseguiria sair de lá sozinha.

Ela continuou fitando o nada e, depois, de um bom tempo, adormeceu. Yori e Ume fizeram a mesma coisa devido ao cansaço e, lá mesmo, naquele quarto escuro.

Ao amanhecer, eles saíram do cômodo e foram andar pela aldeia de Takeshi, que não era muito diferente de Konoha. Se uma pessoa que não conhecesse Takeshi fosse lá, pensaria que era uma aldeia comum, com um líder normal.

Mas a realidade era bem diferente.

Quase no fim da tarde, os dois foram, novamente, ao quarto em que a Hyuuga estava, mas apenas a vigiaram. Não trocaram uma palavra sequer.

O quarto ficou silencioso até o pôr do sol, que foi o momento em que Nori adentrou o local.

— Vim buscar a Hyuuga, Naruto, Sasuke e Sakura já estão quase aqui. — Nori disse ao ajudar Hinata a se levantar e amarrando as suas mãos em seguida. — Você e Ume podem ficar aqui, não precisamos de vocês na batalha no momento.

E bateu a porta ao saírem, deixando Yori e Ume sozinhos no quarto. O Satoshi encarou a porta e, depois, desviou os olhos para a kunoichi ao seu lado.

— Ume, preciso falar com você e é algo muito sério.

. . .

Sakura continuava lutando taijutsu com Mikoto e Kushina ao mesmo tempo, mas ela já estava começando a ficar cansada. Mikoto previa seus ataques com o Sharingan, e Kushina atacava simultaneamente — e seu taijutsu não era nada ruim.

Hinata continuou a lutar, no estilo Hyuuga, contra Neji, que desviava facilmente de seus golpes e atacava rapidamente. A princesa do Byakugan estava tendo dificuldades por vários motivos.

Um: Neji era considerado o gênio do clã Hyuuga devido às suas habilidades avançadas.

Dois: Hinata estava fraca e com dores pelo corpo.

Resumidamente: Ela estava em desvantagem.

.

.

Sasuke lutava taijutsu com Fugaku e, assim que seu pai tomou distância, o Uchiha mais novo usou o Amaterasu. Enquanto as chamas negras envolviam Fugaku Uchiha, Itachi ativou seu Susano'o e foi para cima de Sasuke, que fez o mesmo e encarou seu irmão.

Susano'o contra Susano'o.

As defesas de chakra trocaram golpes e, quando Itachi ia desferir um mais forte no Sasuke, o jovem Uchiha usou o Shinra Tensei, lançando seu irmão mais velho longe.

— Muito bem, Sasuke! — Itachi elogiou enquanto ia de encontro ao chão. — Cuidado! — gritou, então, Sasuke olhou para o lado e viu seu pai vindo em sua direção, mas seus olhos estavam diferentes.

— Mangekyou Sharingan?! — estava surpreso ao ver que seu pai também possuía aquele doujutsu.

— Cuidado, Sasuke. — Fugaku alertou antes de chamas negras aparecerem em volta dele, que usou, rapidamente, o Shinra Tensei de novo e repeliu as chamas do Amaterasu para longe. — Esse é o poder do Rinnegan? — perguntou ao filho.

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— E muitos outros.

— Impressionante! — Fugaku parecia maravilhado, mas logo a expressão sumiu de seu semblante, pois lembrou-se do passado e o quanto diminuiu Sasuke, sempre comparando-o ao Itachi e fazendo-o parecer pouco.

Agora, ele via que estava errado. Agora, ele percebia o quanto seu filho caçula evoluiu, ao ponto de, até mesmo, superar o irmão prodígio. Ao ponto de conseguir lidar com ele e Itachi ao mesmo tempo em um combate violento.

— Sasuke... — chamou a atenção do jovem para o semblante triste dele enquanto trocavam golpes. — Me desculpe, Sasuke.

O caçula encarou o pai sem entender nada, e Fugaku via isso, portanto, continuou:

— Eu sempre te subestimei, sempre pensei que seria fraco e que nunca superaria seu irmão, mas me enganei. Agora, eu vejo o seu potencial, o potencial que sempre esteve escondido dentro de você, mas que, só com o tempo, foi revelado. — encarou o filho enquanto o golpeava, e ele bloqueava. — Desculpe-me por tudo, filho, eu fui um péssimo pai, mas quero que saiba que me orgulho do ninja que você se tornou apesar de tudo e que te amo.

Sasuke apenas continuou a se defender e desferir golpes, mas as palavras de seu pai não saíam da sua mente. Fugaku ativou o Susano'o, e Sasuke fez o mesmo. Quando seu pai o atacou com a espada, ele desviou do golpe e acertou um soco muito forte no Susano'o de Fugaku, que voou longe, desativando a defesa e caindo de costas no chão em seguida.

— Esse é o meu garoto! — elogiou alto o suficiente para que Sasuke escutasse.

E aquilo era tudo que ele sempre quis ouvir.

— Eu sempre soube que ele seria mais forte que eu um dia. — Itachi disse ao se aproximar novamente e, dessa vez, estava com várias shurikens nas mãos.

.

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Naruto lutava taijutsu com Minato quando Jiraya se aproximou dele e ia golpeá-lo com seu cabelo, mas o jinchuuriki do Kurama desviou e acertou-lhe um chute na barriga, mandando-o longe.

— Foi mal, Ero-sennin.

— Não tem problema e não me chame de Ero-sennin perto dos outros. — Jiraya ordenou, irritado, e Naruto deu um sorriso.

Ele sentia falta do humor e do jeito um tanto quanto pervertido do sennin lendário.

Minato se aproximou em um piscar de olhos, como um relâmpago, fazendo jus ao seu apelido e usou taijutsu contra seu filho. Depois, pegou uma de suas kunais especiais, e Naruto acabou precisando pegar uma kunai também, pois, assim, poderia defender-se de todos os golpes de seu pai.

— Cuidado, filho. — Minato avisou quando ia acertá-lo na barriga, mas Naruto foi mais rápido e acertou-lhe um chute no tronco.

— Me desculpe, pai. — pediu enquanto ia para cima do Edo Tensei de Minato Namikaze.

.

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Hinata continuava a lutar com Neji, estava exausta, e o Edo de seu primo estava cada vez mais rápido e violento. Neji tentava avisá-la para bloquear um ataque ou outro, mas a garota já estava quase no seu limite.

Seu chakra também já estava acabando, pois ficou a maior parte do tempo usando o punho dos leões gêmeos contra ele, mas o efeito desse jutsu no Edo de Neji foi mínimo.

Hinata deu vários golpes em seu primo, mas apenas um deles o acertou, fazendo seu braço em pedacinhos, porém o mesmo se reconstituiu em instantes.

— Cuidado, Hinata! — Neji avisou quando se posicionava para acertar um golpe no peito dela e, enquanto isso, Takeshi e Nori assistiam as lutas como se fossem cenas de um filme.

Tarde demais.

Neji atingiu-a no peito, derrubando sua prima no chão e estava se preparando para usar os sessenta e quatro golpes. Hinata não teria como escapar, estava no alcance do jutsu e no chão, fraca e dolorida.

— Estilo tempestade: Jutsu Dragão de Raios!

Um enorme dragão atingiu Neji, jogando-o longe e, ao lado de Hinata, surgiram duas pessoas.

A confusão era evidente na face da recém-Uzumaki. Não só na dela, na de Takeshi e Nori também.

Eles não conseguiam entender porque Ume e Yori estavam ali.

— Idiotas. — Takeshi disse ao se sentar na cadeira dele.

Zombando dos dois ninjas de Konoha.

— E se eles nos traírem? — Nori perguntou, temeroso.

— Eles não vão, porque acreditam que eu os ajudarei. Mas a verdade é que só vou usá-los caso tiver que lutar contra os três e, depois, os controlarei, senão poderão me atrapalhar quando eu destruir o Uchiha e fazer da Sakura um troféu.

— É, eles serão um problema se descobrirem suas reais intenções antes do tempo.

— Eu sei, por isso, vou fingir, até o último momento, que estou ajudando-os.

— O que significa isso? — Takeshi perguntou, irritado. — O que pensam que estão fazendo?

— Eu cansei disso, Takeshi. Você é desprezível! — Yori esbravejou, ignorando a pergunta do irmão e fechando os punhos só de lembrar das palavras dele.

— Você nos enganou e isso não vai ficar barato. — Ume cruzou os braços e encarou a dupla à sua frente, mascarando o medo que sentia deles.

O Misaki deu uma risada da postura dos seus ex-ajudantes.

— Vocês acham que podem mudar algo? Acham que podem me vencer?

Yori o encarou enquanto o inimigo falava, fechando os punhos para conter a raiva que sentia de Takeshi.

— Nós só iremos saber se tentarmos... — colocou-se em guarda, pronto para o combate. — Irmão.

Os olhos de todos se arregalaram no mesmo instante por tamanha surpresa e, até mesmo, as lutas cessaram devido à falta de concentração de Nori, que estava perplexo com a aparição dos dois ninjas.

— Irmão? — Hinata estava confusa.

— Eu disse para ficarem na aldeia… Para o bem de vocês. — Takeshi disse, controlando a raiva que sentia.

— Você não manda em nós, Takeshi. — Ume disse, o que só fez com que o vilão ficasse mais nervoso.

— Logo você me traindo, Yori? — olhou para o irmão, indignado.

Os shinobis de Konoha arregalaram ainda mais os olhos com a cena, como assim ele traindo-o?

— Vocês estavam do lado deles? — Naruto perguntou, ainda com a guarda alta, pois seu pai e Jiraya estavam em sua frente e parados, mas poderiam atacá-lo a qualquer momento.

— Nós estávamos, mas percebemos que fizemos a escolha errada. — o Satoshi disse, calmamente e sem tirar os olhos do oponente a sua frente.

Qualquer descuido, e Takeshi poderia nocauteá-lo.

— Então, vai ser assim, Yori? Vai me trair mesmo? Tem certeza?

— Você pretendia nós trair, Takeshi, então, estamos quites.

O vilão o encarou, dando-se conta de que não devia ter confiado no irmão. Yori já não era mais aquele garoto que cresceu junto com ele, assim como Takeshi não era mais aquela criança tranquila.

— Eu deveria ter imaginado que isso poderia acontecer, afinal, você foi capaz de trair Konoha.

— Eu me arrependo de ter feito tudo aquilo, é por isso que, agora, eu vou consertar o que eu fiz.

Takeshi sorriu debochado para a face determinada do irmão mais novo.

— Acha que vai ser capaz de me derrotar? Eu sempre fui mais forte.

— Sim, mas não sozinho. — Yori o encarava intensamente, pronto para o combate.

— Você acha que junto com eles é capaz de me derrotar? — Takeshi deu uma risada de deboche, que atraiu a atenção de todos e só serviu para aumentar o ódio que possuíam por ele. — Você sabe dos poderes que eu tenho, então, por que insiste em dizer que são capazes de me derrotar?

— Porque, diferente de você e de mim também, os poderes deles vêm da vontade de salvar os outros.

— E é por isso que vamos vencer. — Ume completou, também determinada.

Takeshi deu uma risada novamente.

— Vocês sabem que, mesmo que vençam, serão prejudicados, não sabem? Provavelmente, se saírem daqui vivos, serão presos e nunca conseguirão alcançar o objetivo de vocês.

— De qualquer jeito, não iremos conseguir, já que você pretende matar o Uchiha e ter a Sakura como um troféu. — os olhos de todos se arregalaram com a revelação de Yori, que possuía a postura firme diante da pose intimidante do vilão. — Então, entre eu sofrer ao ver a pessoa que eu amo com outro e vê-la sofrendo pela morte de quem ela ama, eu prefiro a primeira opção.

Os olhos de Sakura encheram-se de lágrimas com as palavras de Yori, porém ela não teve tempo de dizer nada, pois Nori controlou os Edos novamente, fazendo-os voltarem a lutar.

— Ume, ajude-os, vou dar um jeito em Takeshi. — Yori disse, e Ume assentiu, seguindo para onde estava Sakura.

Ou tentar — Yori pensou enquanto fazia alguns selos.

— Sabe que não pode me vencer, não é? — Takeshi perguntou, sorrindo debochado e convencido.

— Não custa tentar. — abaixou-se, não tirando os olhos do inimigo. — Estilo Relâmpago: Jutsu Onda de Raios!

Yori colocou as mãos chão, descarregando uma grande corrente elétrica no solo. Vários raios ficaram visíveis sobre a terra, indo em direção à Takeshi Misaki, o qual pulou para não ser atingido.

Imediatamente, Yori levantou-se do chão e executou uma sequência rápida de sinais de mão.

— Estilo Água: Jutsu Dragão de Água!

Takeshi, com uma velocidade impressionante enquanto via o dragão vindo em sua direção, também executou a mesma sequência de selos.

— Estilo Água: Jutsu Dragão de Água!

Um segundo dragão surgiu no local, esgotando a água de um riacho próximo. Os dois jutsus colidiram, combatendo um ao outro com uma força equivalente.

— Estilo Tempestade: Jutsu Fênix Gigante!

— Droga! — Yori exclamou ao ver o pássaro enorme que se formou no ar enquanto Takeshi permanecia no alto, usando sua telecinesia. A ave, que era do tamanho do Kurama, se dividiu em milhares de fênix menores e foram, um grupo de cada vez, para cima de Yori.

O traidor da Folha deu pulos, cambalhotas e usou o estilo tempestade para combater algumas das aves elétricas, que, assim que se chocavam contra o chão, sumiam em uma pequena poça de raios roxos, eletrizando um raio de um metro ao seu redor, mas não importava quantas caíam, pareciam que nunca acabariam.

— Temos que ajudá-lo. — Naruto gritou enquanto usava uma kunai para bloquear os ataques de Minato e Jiraya simultaneamente — Ou ele morrerá.

— Mas nós estamos com problemas aqui, temos que parar esse jutsu primeiro. — Sasuke respondeu enquanto fazia os selos do jutsu flama do dragão contra Itachi, que lançava shurikens em sua direção e Fugaku.

Ume encarava Kushina em uma batalha de Taijutsu, e Sakura encarava Mikoto, ambas em um combate bem intenso.

— Vamos selá-los. — Ume gritou. — Eu posso fazer.

— Excelente! — Mikoto disse, atacando Sakura.

Ume se distanciou um pouco de Kushina, pegou duas kunais em cada mão e concentrou seu chakra nelas. Ela arremessou as ferramentas ninja na direção da ruiva, que desviou facilmente das armas.

— Isso não será suficiente para me distrair e me selar.

Ume fez um sinal, indicando que ela deveria olhar para trás. As Kunais voltaram na direção de Kushina, que desviou de novo e de novo, e, então, a garota realizou o jutsu prisão de água, aproveitando que a ruiva estava distraída, prendendo-a dentro de uma bolha.

— Excelente! — Kushina exclamou de dentro da prisão de água.

Naruto, que havia acabado de nocautear seu pai e o mestre Jiraya, jogando-os longe com um chute forte, viu sua mãe dentro da bolha e Ume preparando os selos para realizar o selamento.

O loiro foi correndo em direção a elas.

— Mãe! — ele precisava se despedir.

— Naruto, quero que saiba que eu te amo muito, meu filho e que estou orgulhosa de você, pelo homem e ninja que você se tornou. Eu lamento que o nosso segundo encontro tenha sido assim, mas estou feliz por ter tido a chance de te ver de novo e saber que você está casado. Te desejo toda a felicidade do mundo, Naruto. — ela estava com voz de choro, emocionada por ter visto o filho. — Continue sendo quem você é e nunca desista dos seus sonhos... Eu te amo.

— Eu nunca vou desistir, pode deixar, mãe e eu também te amo.

Naruto sorriu terno para a mãe e fez um sinal para Ume, permitindo que a selasse, pois não tinham tempo a perder. No mesmo instante, a garota liberou a prisão de água ao redor da mãe dele e colocou as mãos na terra rapidamente, a qual subiu pelo corpo da mulher e envolveu-a, selando-a permanentemente.

— Adeus, mãe. — sussurrou.

Minato e Jiraya se levantaram e foram para cima de Naruto, que secava as lágrimas do rosto e mantinha o olhar fixo no chão, porém, quando ele ergueu a cabeça e viu os dois shinobis se aproximando, pôs-se a correr na direção deles também e lutou mais taijutsu enquanto Ume seguia até Hinata, que ainda usava o punho suave contra Neji.

— Vou selá-lo. — ela aproximou-se dos Hyuuga.

— Tudo bem. — Hinata falou, com a voz baixa.

Estava triste por estar enfrentando seu primo querido, o qual deu a vida para salvá-la.

— Hinata-sama, não se preocupe, você precisa fazer isso, eu entendo e também já estou morto, então, não faz diferença... Fico feliz por ter realizado seu sonho e, também, por ter se tornado uma boa kunoichi.

— Neji nii-san... — ela sussurrou, com os olhos perolados cheios de lágrimas enquanto bloqueava o golpe dele.

— Eu desejo que seja feliz, Hinata-sama e não quero que fique mal por estar lutando comigo, pense que é só um treino...

Ume fez uma grande sequência de selos e um enorme dragão de água apareceu e foi na direção de Neji, que pulou para trás para não ser atingido, mas o dragão continuou indo em sua direção com uma rapidez enorme.

— Nunca desista antes de tentar, Hinata-sama e não se esqueça, você pode tudo, até o que parece impossível, se você se esforçar e acreditar que pode.

O dragão o atingiu no ar, e Neji caiu no chão, começando a se desintegrar pelo ataque e, como com Kushina, a terra o envolveu, selando-o.

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— Obrigada, Neji nii-san. — Hinata sussurrou, agradecida pelas palavras motivadoras.

— Agora, só falta a família Uchiha, o Yondaime e o mestre Jiraya. — Ume falou ao analisar as outras batalhas. — Mas tenho certeza de que isso não será fácil.

— Também acho.

Hinata observava seus amigos e seu marido lutarem a muitos metros de distância dela, cada um em um canto, em seguida, olhou para o lado contrário e viu Yori ainda desviando dos jutsus de Takeshi, mas, dessa vez, eram jutsus estilo relâmpago apenas.

— Podemos matar Nori e, assim, acabar com o Edo Tensei. — a morena sugeriu

— Não, Ume, não podemos matá-lo, Itachi falou que temos que fazê-lo desfazer o jutsu.

— Então, vamos selar todos eles. — a kunoichi traidora disse, séria. — Primeiro, a mãe do Sasuke.

Hinata assentiu, e as duas seguiram até onde Sakura e Mikoto lutavam uma contra a outra.

"Aguente mais um pouco, Yori, daqui a pouco, iremos te ajudar."

— Sakura-san! — Hinata gritou, e Mikoto olhou para trás e deu um sorriso.

— Ande logo com o selamento. — ordenou, encarando Ume, com seu Sharingan ativado.

— Me desculpe, Mikoto-san. — Sakura disse ao dar-lhe um soco, jogando-a na direção de Ume, que já preparava os selos.

Dessa vez, a terra subiu lentamente, envolvendo Mikoto aos poucos, que sorria agradecida.

— Gostei de você, Sakura. — sorriu para a rosada enquanto sentia os seus membros serem imobilizados. — E deu para ver que meu filho te ama de verdade, então, cuide bem dele e o faça feliz.

— Claro, Mikoto-san. — Sakura sorriu para a sogra enquanto sentia olhos lacrimejarem e via a terra envolvendo o tronco de Mikoto Uchiha.

— E fale para o Sasuke que eu estou orgulhosa do homem que ele se tornou e que quero que ele seja feliz... Diga para ele que eu o amo muito.

E a terra a envolveu por completo, selando-a finalmente.

— Claro que eu digo, Mikoto-san. — Sakura sussurrou, secando uma lágrima solitária que escorria pelo seu rosto.

Ume começou a caminhar, atraindo a atenção dela e de Hinata, que ainda observavam o monte de terra que, antes, era o Edo Tensei de Mikoto.

— Vamos, agora, só faltam Itachi e Fugaku Uchiha, o Yondaime e o mestre Jiraya.

A kunoichi do clã Takara seguia na frente, e as outras duas, mais atrás, todas prontas para o combate.

Imediatamente, ao notar a aproximação das ninjas, Jiraya abandonou Naruto apenas com Minato e seguiu até elas. Sakura, com o Byakugou ativado e as faixas pretas espalhadas pelo corpo, tomou a dianteira e entrou em um combate com o sennin, porém não estava sendo tão fácil. Nem para ela, nem para Naruto e Sasuke.

O jutsu Edo Tensei reviveu ninjas muito fortes e com a força quase igual de quando estavam vivos, o que estava sendo um problema para os shinobis da Folha.

Além de lutar contra os Edos, ainda tinha Takeshi e Nori, que dariam bastante trabalho, então, eles não podiam gastar muito chakra com os revividos.

— Sasuke, isso não vai dar certo! — Sakura gritou, e o Uchiha se voltou para ela sem abaixar a guarda um instante sequer diante dos outros dois Uchihas a sua frente.

— O que quer dizer?

— Que está na hora de pararmos isso de vez. — ela disse antes de golpear Jiraya com força, fazendo-o deslizar metros para trás com a guarda alta, e o Uchiha mais novo entendeu.

— Sasuke, use o Tsukuyomi e o controle para desfazer o jutsu. Você se lembra dos selos, não se lembra? — Itachi perguntou, não deixando de golpear o irmão com os punhos e pés.

— Sim, mas ele não vai permitir que eu chegue perto.

— Deixe isso conosco. — Ume se colocou à frente de Itachi, e Hinata, de Fugaku.

Ambas prontas para o combate enquanto Sasuke tomava distância para usar o Amaterasu, que envolveu os dois Edo Tensei por completo.

— Vou acabar com isso. — o caçula dos Uchihas correu em direção à Nori, deixando Hinata e Ume de olho nos seus familiares caso se recuperassem rápido dos danos das chamas negras, pelo menos, para que Sasuke tivesse tempo de chegar ao inimigo.

Notando a aproximação do Uchiha e que todos os Edos estavam em combate ou impossibilitados de lutar — como o caso de Itachi e Fugaku —, Nori ergueu uma barreira arroxeada ao redor de si para se proteger, mas ele só não contava com a força de Sasuke.

O Uchiha ativou seu Susano'o e, com um soco bem forte, fez a barreira que protegia Nori em pedaços. O ninja renegado se assustou, pois não esperava tal força e tentou fazer um jutsu de contra-ataque, mas Sasuke foi mais rápido assim que fez o Susano'o sumir.

— Tsukuyomi.

Nori ficou paralisado ao fitar o Mangekyou Sharingan de Sasuke, perdido no mundo criado pelo doujutsu do Shinobi. Sasuke mantinha a expressão séria no rosto, concentrado no que fazia.

— Você vai desfazer aquele jutsu. — mandou.

Enquanto Sasuke lidava com Nori, Ume tentou selar Itachi e Fugaku, mas, assim que as chamas do Amaterasu se apagaram, o corpo deles começou a se regenerar mais rápido do que a terra os envolvia.

— Droga! — Ume encarou Itachi e Fugaku, que pararam de frente para as duas garotas, livres da terra que, antes, os prendia.

O irmão de Sasuke possuía o semblante extremamente sério e intimidador, assim como o olhar penetrante e terrível.

Mangekyou Sharingan.

— Cuidado, eu estou fazendo o... — Itachi tentou avisar, mas era tarde demais.

Do olho dele, começou a escorrer sangue, e os alvos eram as duas kunoichis.

— Rato, boi, macaco, tigre, dragão… — Sasuke falou de forma séria, e Nori fez os selos inconscientemente. — E javali.

No mesmo instante, uma luz extremamente brilhante e clara envolveu todos os Edos, inclusive Itachi, bloqueando seu Amaterasu no último instante e salvando a vida de Hinata Hyuuga e Ume Takara.

Nori caiu no chão, desmaiado, pois o Tsukuyomi não era um jutsu qualquer. Era um genjutsu muito forte.

"Droga, Nori, como foi cair em algo assim?" — Takeshi se perguntava enquanto lutava contra Yori Satoshi, ambos dando tudo de si naquele combate.

"Obrigada, Sasuke-kun." — Ume e Hinata pensaram ao mesmo tempo, aliviadas por ter dado tempo de salvá-las.

Aquele poderia ser o fim delas se Sasuke não tivesse sido rápido.

— Sasuke, você foi muito bem. — Itachi falou, ainda com a luz branca ao seu redor enquanto via seu irmão se aproximar. — Me desculpe por ter causado tanto problema, irmão.

O Uchiha mais novo apenas acenou com a cabeça, não era culpa do irmão, nem dos outros Edos ali, todos sabiam disso.

— Me desculpe por isso, Sasuke. — a voz de Fugaku se fez presente, atraindo a atenção de seu filho para si. — E espero que um dia possa me perdoar por não ter sido o melhor pai para você. — era evidente a sinceridade e tristeza do homem em sua voz rouca. — Eu quero que saiba que eu tenho orgulho de você e que virou um grande ninja. O mais forte do clã Uchiha.

Sasuke sorriu bem de leve pelas palavras do pai, feliz por ter seu potencial reconhecido por ele, a única pessoa que o caçula sempre quis que o fizesse.

De fato, a volta deles à vida, por mais que tenha dado trabalho, não foi de tudo ruim — pelo menos, para o Uchiha.

.

.

Sakura olhava confusa para o que acontecia com os Edo Tensei.

— O que está acontecendo? — perguntou.

— Sasuke conseguiu desfazer o jutsu. — Naruto sorriu no fim da fala, observando tanto Jiraya quanto Minato envolvidos na mesma luz que viu seu pai e os outros Hokages no passado.

— Finalmente! — Jiraya exclamou, sorrindo.

Não estava mais aguentando ter que lutar contra pessoas importantes para si.

— Filho. — Minato chamou a atenção de Naruto para si. — Eu sinto muito por isso, me perdoe. — o jovem acenou com a cabeça, mostrando que sabia que o mesmo não possuía culpa no que houve. Nem Minato, nem nenhum dos outros revividos. Os únicos culpados eram Nori e Takeshi. — Antes de ir, eu queria dizer que é para você continuar sendo assim, Naruto. Se continuar seguindo por esse caminho, você um dia será Hokage. O melhor Hokage.

Naruto sorriu para o pai e assentiu.

— Estou orgulhoso por todos vocês terem se tornado grandes shinobis e fico feliz em saber que o Sasuke voltou para a vila. — Jiraya disse, não possuía muito tempo, então, precisava ser rápido. — Continuem assim, vocês podem vencer se colocarem toda a sua fé no que vão fazer. — Sakura e Naruto assentiram, ambos sérios e confiantes. — Naruto, você foi muito bem. — completou antes das almas deles se libertarem, assim como a dos Uchihas e as que foram seladas.

Quando as almas saíram dos corpos revividos, renegados com bandanas de outras aldeias caíram mortos no chão. Esse era um ponto negativo do Edo Tensei, uma pessoa viva era usada como recipiente da alma de uma pessoa que morreu e assume a forma dela. Ou seja, uma pessoa era sacrificada para cada morto que voltava à vida.

Takeshi viu que todos os Edos sumiram e que Nori ainda estava desmaiado, dando-se conta de que teria que enfrentar todos sozinhos ou chamar os poucos renegados que ainda restavam em sua aldeia, mas, mesmo assim, ainda estaria em desvantagem, pois ele estava lidando com ninjas muito poderosos.

Takeshi tomou distância de Yori e olhou ao redor, tentando pensar em algo que pudesse lhe ajudar na batalha, algo que diminuísse suas chances de perder, mas o quê? Eram seis contra um.

Porém, logo, ele sorriu ao pensar em uma idéia. Seis era um número grande, por que não diminuir essa quantidade?

Todos se aproximaram de Yori, que estava em pé, encarando Takeshi e com a cabeça sangrando devido a uma pedra que seu irmão lançou com telecinesia.

— Deixe-me te ajudar. — Sakura colocou-se ao lado dele, concentrando chakra nas mãos na altura de sua cabeça e dando início ao processo de cura.

— Obrigado. — Yori sorriu para ela, que sorriu de volta ao finalizar com ninjutsu médico.

Todos voltaram a encarar Takeshi.

— Como você conseguiu o jutsu Edo Tensei? — Sasuke perguntou, sua voz estava repleta de ódio.

— E como conseguiu fazer um do Jiraya? — Naruto perguntou também.

Takeshi apenas sorriu de canto, calmamente.

— Eu encontrei as informações sobre o jutsu Edo Tensei em um dos esconderijos abandonados de Orochimaru e fui até a aldeia da Chuva, entrei no mar e, depois de procurar bastante, encontrei, no fundo das águas, o DNA de Jiraya.

Sakura o encarava, indignada. Como ele podia usar algo assim?

Ela não conseguia controlar a raiva que sentia, tanto que fechava os punhos com força, ferindo as palmas com as unhas, machucados que logo se curavam devido ao Byakugou ativado.

— Como pôde brincar com as almas deles dessa forma? — ela gritou, raivosa. — Como pôde sacrificar as vidas dos seus ajudantes para fazer tal coisa? Você é desprezível, Takeshi!

— Eu sou desprezível? — ele riu debochado. — Você já percebeu quem está do seu lado? — perguntou, encarando-a mais seriamente agora. — Sasuke Uchiha, um ninja renegado e cruel e que quase te matou no passado. Yori Satoshi, o homem que mentiu para você e que veio até mim, o vilão, para pedir ajuda para afastar o Sasuke de você, e Ume Takara, a kunoichi que também mentiu para vocês, veio até mim junto com Yori e ainda…

Ume arregalou os olhos com o suspense que Takeshi fez no “e ainda”.

Ele sabia o que ela havia feito?

— Cala a sua boca, Takeshi! — ela gritou, temendo pela última parte.

E se ele revelasse o que ela fez?

— É para me calar, Ume? — perguntou, rindo debochado. — Devia ter pensado nisso antes de me trair.

Encarou a garota, que teve a absoluta certeza de que Takeshi sabia demais.

— Pensado no quê? — Sasuke perguntou, sem entender nada.

— Que foi ela quem empurrou a Sakura do monte Hokage.

A surpresa foi geral naquele lugar, ninguém fazia ideia de que Ume era capaz de uma coisa dessas.

— O quê? — Sakura estava extremamente confusa. — Isso é verdade?

Ume se encontrava com os olhos lacrimejados e, em instantes, as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto enquanto o Misaki possuía um sorrisinho vitorioso nos lábios.

— Mas você... Você estava em missão comigo. — Yori olhou para a garota, que chorava descontroladamente em sua frente, verdadeiramente arrependida pelo que fez.

— Ela fez de tudo para parecer inocente, mas Ume é a culpada. — Takeshi completou, satisfeito por ter conseguido o que queria.

— E-eu sinto muito. — Ume olhou para Sakura e disse entre soluços, os olhos já estavam avermelhados por causa do choro.

Yori sentiu uma raiva imensa lhe possuir com a confirmação da garota. Como ela foi capaz de tal coisa?

— Você ficou maluca? — Yori perguntou, nervoso. — Sakura podia ter morrido.

Ela olhou para a rosada, vendo os olhos verdes cheios de raiva e ressentimento, e isso só a fez ter mais vontade de chorar.

— Desculpe, eu não sabia o que fazia, eu estou arrependida. — Ume disse, sincera, olhando para Sakura e, em seguida, para Yori. — Eu estou realmente arrependida.

Yori a encarou com ainda mais raiva e negou com a cabeça, fechando os punhos.

— Você ainda vai se arrepender pelo que fez, Ume. — ele parecia fora de si. — Se nós sairmos vivos daqui, pode ter certeza de que eu vou te fazer pagar.

Yori estava com muita raiva, o que só serviu para fazer Takeshi rir.

— Isso poderia ser evitado se não tivesse se metido comigo, Ume. — riu novamente do semblante choroso da garota. — Você terá o que merece com ou sem a minha vitória aqui, então, não preciso me preocupar. — sorriu debochado e olhou para o irmão. — Já você, Yori, farei receber o que merece com as minhas próprias mãos, irmão.