Perdida por você

Capitulo 5


Julia

Terminando de almoçar vamos para a casa da Lu conversando sobre qualquer besteira que estava acontecendo no colégio, até o momento que ela começa a falar sobre a festa depois da festa que teve ontem, que eu perdi por ter ido embora “cedo”.

—Miga, eu acho que o Ricardo tá apaixonado por ti.

—Que besteira essa menina?

—Serião. Ontem ele não ficou com ninguém e quando percebeu que você não estava lá, ficou só no canto depressivo bebendo e saiu mais cedo.

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—Vish... Espero que você tenha entendido errado... não tem como isso dar certo entre nois...

—Por que Ju?? Ele é mó bacana contigo. Não vai me dizer que tu não gostas dele, que eu sei que gosta faz um bom tempo...

—Eu sei... Mais tarde você vai descobrir porque...

—Quanto mistério... ok né.

Quando ela fala isso, o taxi para no nosso destino, eu pago a corrida e entramos, loucas pra tomar um banho e descansar um pouco. Porem, só foi o tempo de tomar banho que as pessoas foram chegando e iam me questionando cada vez mais sobre o que eu queria falar.

—Gente, calma ai. Quando todo mundo chegar eu conto. – Afirmo pela milionésima vez – Noticia ruim não fica se repetindo muito não – Sussurro essa ultima parte, apesar de que parece que alguns ouviram e me olharam mais questionadores ainda.

Quando finalmente a ultima alma penada chegou, todo mundo sentou correndo no chão para a hora da notícia. Por que eu fui falar que tinha uma noticia para falar para esse bando de apressados?

—Agora começa – Hugo, que foi um dos primeiros a chegar, há algumas horas atrás.

—Então, como vocês puderam perceber, meu irmão voltou para a cidade... E ele trouxe algumas notícias... não muito... animadoras ou boas...

—Para de enrolar porra – Grita Jaque, que está de saco cheio do mistério.

—Eu vou daqui a algumas semanas para BH.

—Que bacana amiga! Como isso é noticia ruim? Que dia você volta? – Hélio diz.

—Esse é o problema... Eu to indo morar com o meu irmão em BH daqui a algumas semanas...

—O QUE? – Todos exclamam juntos e é cochicho pra lá e pra cá, e gritos enfurecidos inconformados e lagrimas rolando no rosto de todos.

—É isso mesmo, meus pais DECRETARAM que eu vou me mudar para lá e nada os convence do contrário... – Digo chorando novamente. – Mas vocês são minha família, e eu venho visitar vocês sempre que eu puder, entenderam? Não ousem se esquecerem de mim!

—NUNCA vamos nos esquecer de você. Nos somos família! – Jaque afirma e Paula confirma.

—Obrigada por tudo gente, amo muito todos vocês! E agora chega de tristeza, vamos aproveitar como se não houvesse amanha enquanto ainda podemos, mas claro, temos que passar nas provas também! – falo rindo e chorando ao mesmo tempo.

Todos afirmam e fazem declarações uns aos outros e assim começa a zoeira de falsos xingamentos, tapas e muitas risadas. Ficamos conversando, tirando fotos, comendo e rindo que nem malucos o tempo inteiro, ate que o Sebastian liga para a Lully querendo meu paradeiro, já que eu não atendo o meu telefone não disse se cheguei ou não e diz que já vai me buscar.

Olho no relógio e já são 1 da manha e todos começam a se arrumar para ir embora, mas com a promessa de que amanha depois da escola vamos nos encontrar no lugar de sempre. E assim fomos embora e quando cheguei no carro, Seb questionou se eu os havia contado e se estava tudo bem e o contei tudo e como eu estava me sentindo. Cheguei em casa já me jogando na cama e apagando, só acordando no dia seguinte com o despertador gritando aos meus ouvidos, que era mais um dia de aula.

As aulas foram chatas e desesperadoras, como todo final de semestre são. No final da aula, antes que eu pudesse sair da sala, Ricardo me puxa para longe da multidão dos corredores principais com uma cara nada boa.

—O que foi bebe? Ta tudo bem? – questiono

—O que aconteceu com você no sábado? Depois que nós nos esbarramos e você me negou, você sumiu.

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—Eu fui pra casa, meu irmão está na cidade e resolvi pedir para ele me levar pra casa lá pras 3 da manhã.

—Ele vai ficar ate quando?

—Nós vamos embora daqui a algumas semanas... – revelo sem olhar diretamente em seus olhos, esperando que a informação do “nós” passe batida, mas não foi o que aconteceu.

—Nos? – ele me pergunta receoso.

—Sim... Eu vou terminar o ensino médio em Belo Horizonte...

—E você não ia me contar isso?

—Ia né Rick, mas não desse jeito

—Eu to apaixonado por você Ju, fica aqui comigo, não me deixa não.

—Oh meu anjo, eu não tenho outra escolha – falo passando a mão pelo seu rosto, como se fosse de algum conforto. – E para esclarecer, eu também estou apaixonada por você. Pena que não vai dar certo nosso romance...

—Nos podemos tentar! BH nem é tão longe assim...

—Vou pensar sobre isso... Mas agora eu preciso ir... Já estão me esperando faz um bom tempo. – Dou um selinho em sua boca e um forte abraço e saio antes dele poder falar mais alguma coisa, com lagrimas querendo sair de meus olhos.

Chego no parque e vejo a galera toda reunida e quando me olham, me agarram em um abraço de urso grupal, em seguida os conto o que aconteceu e me falam para eu dar uma chance para ele, se não der certo, pelo menos tentamos. E em seguida concordo e mando uma mensagem para Ricardo dizendo que podemos tentar.

Depois disso o dia passa correndo, e as 18 todos vamos embora para estudar para as provas que começam na semana seguinte. E assim passou a semana, eu e meus amigos nos encontrando diariamente em qualquer local possível, eu saindo com o meu mais novo namorado (inclusive, Sebastian ODIOU ele) e estudando que nem uma condenada para as provas.

Passada a semana das provas, vem a minha ultima semana aqui. Começamos a arrumar tudo para a minha mudança e o começo das longas despedidas. Me apresentei com o meu grupo de dança, depois dos infinitos ensaios exaustivos, mas tudo ficou perfeito. Vou sentir falta de todos eles, mas para “compensar” meus pais me colocaram em uma companhia em BH que tem de tudo que é tipo de dança possível, academia, e vive em competições nacionais famosas.

Na noite de véspera da nossa partida, todos se encontravam na minha casa, com os olhos e narizes vermelhos, mas tentando aproveitar a ultima noite, sem pensar em dormir ou qualquer outra coisa. Prometendo horários fixos para encontros no Skype, mesmo quando apertar nas provas. Nos encontrar para comemorar a passagem no vestibular de todos, e em datas de aniversários. Só não em feriados, pois a maioria reúne com a família.

Em um mês eu faço 18 anos e vou tirar minha carteira, então vou vim o mais frequente possível para ver todos e dar uns amassos no meu namorado gostosão, que está se saindo um ótimo namorado. Como vou sentir falta dessa minha família... Pode não ser de sangue, mas é de coração, por opção.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.