P.O.V. Isabella Swan

Apertei a campainha e fiquei esperando pacientemente no portão, sabendo que logo ele viria.

— Bella! — Ele exclamou, contente. — Edward estava quase enlouquecendo, entre.

— Obrigada, Eleazer. — respondi, sorrindo.

— Ele está na sala, pode ir.

— Okay.

Andei rapidamente até lá e ao chegar eu vi um Edward de pijamas em cima do sofá mexendo freneticamente ora em seu cabelo e ora em seu celular.

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— Edward? — perguntei, batendo na porta.

— Bella! — Ele exclamou, aliviado, vindo correndo até mim e me abraçando com força. — Você está bem? Onde estava? Eu fiquei preocupado com você e...

— Edward, respira. — interrompi, sorrindo. — Eu estava precisando de um tempo para pensar, um tempo sozinha comigo mesma, okay? Eu estava em casa.

— Mas eu fui lá, você não respondeu. — falou, confuso.

— Eu desliguei a campainha, a internet, ignorei as ligações e mensagens para escutar minhas músicas um pouco e pensar. — respondi, o puxando para o sofá.

Ele não me convida pra sentar eu vou sentando mesmo, não sou obrigada a ficar em pé na casa do namorado.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não realmente, eu só estive sobrecarregada emocionalmente e sem saber como fazer para controlar tudo. E também alguém falou algo sobre você ter me colocado na empresa por ser sua namorada, fiquei um pouco reflexiva, apenas. Precisava pensar sobre o que eu sou, o que eu quero fazer, como vou ter o que eu quero, para enfim voltar à sociedade. — expliquei, brincando com seus dedos enquanto falava.

— Se você está aqui devo acreditar que já tomou todas as suas decisões? — Ele perguntou, deitando no meu colo.

Rolei os olhos mas fiz um cafuné, eu gosto do cabelo dele e ele merecia um agrado pela preocupação, mesmo que desnecessária.

— Sim, eu sou Isabella Swan, quero participar daquela competição de melhor game, quero estar um pouco com meu namorado nesse domingo à noite, quero jogar Renesmee do nosso apartamento. — Ele arqueou a sobrancelha, divertido. — Quero mostrar que eu sou capaz e se eu gostar, fazer uma faculdade e especializar meus métodos de criar jogos.

— Você nem parece a Bella doidinha que chegou aqui no primeiro dia. — Ele comentou, eu dei um beliscão em suas costelas. — Ai! Você é! Você ainda é a Bella doidinha!

— Idiota. — resmunguei, não conseguindo conter o meu sorriso.

— Qualquer coisa que você precisar eu vou estar aqui para te apoiar e ajudar, está bem? Pode contar comigo para tudo. Até para jogar a Renesmee do apartamento. — falou, me fazendo rir. — Sobretudo, estarei sempre ao seu dispor.

Mal ele terminou de falar os cachorros apareceram, correndo como os projetos de Bolt que são.

— Hey, pessoal. Como estão levando a vida? — perguntei, acariciando um por um.

— Muito bem, o Harry comeu duas vezes no almoço porque da primeira ele não comeu o remédio para verme. — Edward resmungou, me fazendo gargalhar.

— É mesmo? Por isso você está feliz assim? — perguntei para Harry, que latiu animado.

— Acho que é um sim. — Edward bufou.

— Não seja resmungão, ele não pesa uma tonelada à toa. — brinquei, ele revirou os olhos.

— Capaz de ser mesmo. — Ele disse. — Eu estava ligando para Renesmee e sabe o que ela me disse agora pouco? Que o celular estava descarregado.

— Ela não tava em casa, nem deve ter se preocupado. — respondi, dando de ombros.

— Ela é terrível. Hey, quem falou sobre eu ter te colocado na empresa? Por um momento havia até esquecido.

— Ninguém que mereça o nosso tempo livre juntos, vamos deixar isso nas mãos do Universo, não vou ficar me atormentando mais por causa dela. — respondi, dando de ombros. — E nem você vai, nós vamos assistir série. — decretei, o puxando para o quarto.

— O Mundo Sombrio de Sabrina?

— Nem ferrando! Vai tirando o cavalinho da chuva porque eu tenho medo, ainda mais à noite. Não mesmo, que tal vermos Galinha Pintadinha Mini?

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— Bella, nós somos crianças ou adultos?

— Aquele desenho tem potencial. — expliquei, fazendo ele rir.

(...)

Acabamos assistindo Friends, depois de tanto debater foi onde entramos em consenso e pedimos uma pizza.

Não demorei muito, depois de aproveitarmos nosso tempo juntos e matar um pouco da saudade eu fui embora, porque ainda era uma trabalhadora e tinha que ir amanhã.

Quem inventou trabalho, afinal?

Ao chegar em casa – depois de tentar abrir a porta do vizinho pensando que era a minha – encontrei Renesmee no sofá mexendo em alguma coisa no celular.

— Hey! — falei, me jogando ao seu lado. — O que está fazendo?

— Lendo fanfic, a única coisa boa para fazer. — Ela falou, dando de ombros. — Já tenho até uma nova teoria para comprovar. — Ela falou, sorrindo demais.

— Que seria? — perguntei, relutante.

— O personagem tá medindo o braço do namorado falso, pra saber o tamanho do...*

— Tá, tô sabendo. — interrompi. — Ainda falou que vai tentar comprovar a teoria, ew. — resmunguei, levando um soco. — Agressiva demais.

— Idiota. — Ela falou, rindo. — Como está aqui isso quer dizer que me perdoou? — Ela perguntou, piscando inocentemente.

— Não sei, você é chata. — falei, sarcasticamente.

— Eu prometo que nunca, nunquinha eu vou fazer algo do tipo de novo, juro de midinho. — Ela falou, estendendo o seu.

— De mindinho? Isso é para a vida toda. — falei, fingindo estar chocada.

— Eu sei, e estou disposta a isso. — Ela falou, também encenando, nós rimos. — Mas é sério, eu quero pedir desculpas pelo o que eu fiz, foi meio idiota, mas agora você está com Edward e eu com Alec.

— Eu perdoo, mas eu peço um pouquinho de tempo para restaurar a nossa confiança, okay? — perguntei, esbarrando nela. — Então você gosta mesmo do Alec?

— Sim! Apesar de quase não entender nada, adoro quando ele é todo nerd, concentrado, e despojado com aquelas camisetas de jogos e série, sabe? Eu não sei, tem vezes que apesar de ser mais nova eu me sinto uma mulher mais velha pegando um colegial e...

— Filtro, Renesmee! — Praticamente gritei, a fazendo rir. — Qualquer dia desses saio traumatizada de uma conversa nossa.

— Até parece que você e Edward não fazem nada. — Ela provocou.

— Mas isso não quer dizer que eu deva sair comentando sobre.

— Você é muito puritana. — Ela falou, me batendo com um travesseiro.

— E você é pervertida por nós duas. — respondi, também batendo nela com outro travesseiro, dando início a uma guerra de travesseiro.

Com um pouquinho de esforço – e alguns mimos, eu espero – eu acredito que eu possa conseguir confiar plenamente nela outra vez.

Assim que cheguei ao meu quarto eu peguei meu caderno de rascunho que tive por todo o High School que eu usei para anotar sobre meus cursos e livros que pretendia ler. Abri uma página em branco e comecei a pensar no que eu poderia fazer para transformar em jogo. Preciso de uma ideia que seja legal e que possua facilidade para desenvolver e imaginar.

Hum... Talvez o que pensei seja a ideia perfeita!