The Last Days

1 dia... Chegou a hora...


1 dia...

Remus fora imediatamente para a casa de Peter, mas ele já havia sido levado, o que os deixaram bem preocupados e já quase contavam com a perda do amigo o que resultava na anulação do feitiço e com isso estariam novamente expostos. Se ele não morresse ele acabaria cedendo à iminente tortura que o próprio Lord das Trevas aplicaria nele com todo o prazer que poderia existir no mundo.

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Estava mais do que claro que aquela era uma noite em que ninguém, a não ser o Harry, pregaria os olhos. Remus foi para algum outro esconderijo depois de ser quase chutado para fora da casa dos Potter que alegavam que aquele era o lugar menos seguro no momento para ele se quisesse permanecer vivo, embora ele duvidasse um pouco se ele realmente quisesse. Por ele, ele ficaria ali e morreria com os amigos se preciso, afinal o que teria a perder a não ser uma vida de sofrimento que vinha a cada Lua Cheia, e a espera dela no resto das fases que ela trazia. Ele até achava que seria melhor para Dorcas, que ele morresse ali.

Claro que ele nunca estivera tão enganado.

Quando o dia amanheceu, eles estavam no modo automático. Mal conversavam, se arrastavam para os lados e mantinham uma tentativa completamente falha de mostrar ao Harry que tudo estava bem, que sentia a tensão no ar e por este motivo não para quieto e chorava a todo instante.

Conforme o tempo ia passando de uma maneira estranhamente arrastada e rápida ao mesmo tempo, eles ficavam cada vez mais irritadiços e abatidos. Eles não queriam ficar assim, mas na situação em que se encontravam isso era claramente inevitável. Poderiam ter a casa invadida a qualquer momento, e isso resultaria na morte deles.

Já era noite quando resolveram sentar um pouco juntos, já haviam posto Harry para dormir e agora estavam sentados abraçados no sofá. Não era preciso dizer uma palavra para saber que ambos estavam com medo do que aconteceria, sabiam que estavam aflitos e que se sentiam completamente impotentes por não terem mais nada a fazer a não ser esperar e torcer para que tudo desse certo, mas até a esperança havia se esvaído de seus dedos como água numa peneira.

Era quase meia noite quando um clarão entrou pela janela e os fez pular de susto, mas era apenas um inocente patrono, que trazia uma mensagem. A voz era de Sirius e estava aflita.

— Se protejam, ele descobriu onde estão! — foi o que bastou para que ficassem aliviados por saberem que Sirius estava vivo, e logo em seguida amedrontados porque sabia que Voldemort estava a caminho.

— Vá para o quarto e proteja o Harry, vou ficar aqui embaixo e farei o que for possível para ganhar tempo para vocês, tentarei mata-lo, mas sabemos que isso é quase impossível! — disse rapidamente empunhando a varinha.

— Certo! — Lily disse — Eu te amo! — disse antes de lhe dar um beijo de adeus e um abraço mais apertado e apaixonado do que jamais dera em toda a sua vida.

— Eu te amo! — disse ele com dor no olhar.

Ele ficou no corredor de frente para a porta, e Lily subiu em disparada para o quarto do filho.

Aquele momento era o último com ele, e ao ver o sorriso inocente que ele dera ao ver a amada mãe seu coração se partiu em zilhões de pedacinhos, ele fora reduzido a areia. Lily nunca soubera explicar o quanto amava Harry, seu coração era só amor por ele, e ele era tão pequeninho para enfrentar o que viria a seguir. Ela sempre sonhara uma vida maravilhosa para o Harry.

Ela esperava que ele fosse para Hogwarts e conhecesse todos os professores que davam as melhores aulas lá, queria que conhecesse os fantasmas curiosos que habitavam eternamente o castelo, os quadros que se mexiam e interagiam com os alunos, até mesmo o Pirraça, O Poltergeist que existia para pregar peças nos alunos. Queria que ele fizesse amizades verdadeiras naquela escola, como as que fizera em seu tempo de aluna... Havia tanta coisa que ela esperava que Harry vivesse, esperava que ele conhecesse o seu verdadeiro amor, e amaria a garota que conquistasse o seu coração sem nem importar se era bruxa ou não, pois ela sabia que muitas pessoas se importavam com isso, e ela ensinaria Harry que nada disso importava.

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Havia tanta coisa que queria ensinar Harry, tanta coisa que queria vê-lo viver, mas que agora não saberia se conseguiria. Talvez não, talvez ela e James morressem naquela noite, mas ela esperava com todo o amor que existia dentro dela pelo filho que ele sobrevivesse de algum modo, para que ele vivesse tudo aquilo que seus pais esperavam que ele vivesse. Não importava se eles estivessem ao seu lado para lhe ensinar e presenciar tudo, o que ela queria era que ele sobrevivesse para viver tudo o que tinha que viver.

Talvez isso bastasse. Se fosse preciso dar a sua vida e morrer lutando para que ele tivesse tudo isso, então que fosse! Ela e James iriam fazer de tudo para que ele tivesse isso.

James lá embaixo sentia, com toda a sua força, que poderia ter uma chance de manter Harry a salvo. Ele sabia que isso contava, sabia que o amor que tinham pelo filho lhe daria força para enfrentar e vencer o invencível, e que eles conseguiriam cumprir sua missão.

A noite, embora fosse verão, estava fria. Talvez fosse apenas sua impressão, mas James sentia que até tremia de frio. Através do vidro da janela, ele podia notar que a rua estava completamente deserta, e por curiosidade impulsiva olhou no relógio para ver que hora era. Faltavam apenas um minuto para meia noite, um minuto para seu filho completar um aninho de idade, e ele iria lutar com toda a sua força e amor que havia pelo seu filho para que ele sobrevivesse àquele dia.

O relógio então bateu meia noite, e no exato momento a porta foi posta abaixo.

Era ele.