Bom, lembram que falei que adormeci?

Pois é. Dormi até 19:45. Foram quatro horas de puro descanso (se você tá aí fazendo conta, eu dormi às 15:30).

Eu tenho o costume de dormir 10:20 da noite, mas, quando fui tentar pegar no sono, fiquei meia hora me remexendo na cama. O sono não veio.

Sai da cama e resolvi ir ao banheiro.

Fui.

Voltei.

Tentei pegar no sono de novo. Não consegui. Resolvi ler o livro que peguei na escola, As Viagens de Gulliver. Li vinte páginas.

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Olhei o relógio. 23:30.

"Será?" pensei "Será que vou ou não vou?"

Por fim, decidi.

Vesti meu uniforme, abri a janela e subi até o telhado.

Meu Sentido-Raposa (é assim que vou chamá-lo, ou abreviando: SR) entrou em ação. Dessa vez não foi sirene de polícia, nem sirene nenhuma. Na verdade foram os mesmos furgões que apareceram hoje de manhã.

Vigiei-os.

Segui eles vigiando-os de cima de prédios e casas até que pararam num posto de gasolina fechado.

"Uau, isso é uma realidade virtual? Por que parece MUITO." pensei.

Fiquei em cima de um outdoor sem ser percebido. Peguei minha arma de gancho (tenho que inventar um "nome" melhor) e atirei no teto do posto.

Subi com a maior cautela. Aproveitando que eu estava com meus fones de ouvidos esportivos, coloquei-os e liguei no meu celular que estava no bolso.

Coloquei uns toques daqueles de espionagem, hackeamento e tal.

Enquanto eu arrumava tudinho, uma moto veio a alta velocidade e parou na frente do furgão.

A pessoa que estava em cima da moto saiu desta e tirou o capacete.

Era homem.

Pausei a música.

Esse homem tirou o capacete e olhou de um lado para o outro.

Os caras do furgão saíram e olharam, também, de um lado pro outro.

Eles estavam um pouco a frente das bombas de gasolina (imagine a cena de Homem Aranha De Volta ao Lar em que o Peter investiga os contrabandistas e você vai entender) então, como eu estava no teto, deu pra ouvir a conversa deles.

— Eai. -- Um falou.

— Tá tudo aí?

— Tá sim. Tudinho. -- O cara que do furgão respondeu pro motoqueiro.

— Ok. O chefe quer essas tecnologias o mais rápido possível. -- O motoqueiro disse.

— Ok, mas, por quê você tá aqui mesmo? -- O outro do furgão perguntou.

— Eu trouxe essa belezinha aqui. -- Disse o motoqueiro tirando um pendrive.

Que bom que eu tenho poderes de raposa, se não, nunca teria visão noturna e mal veria o pendrive.

— Haha... Um pendrive? -- Um cara do furgão falou (ele tinha barba e tava usando touca).

— Seu cabeça! Nesse pendrive tem gravações das câmeras do laboratório da Corporação Merlin. O chefe queria saber o que eles estavam preparando e, voilà.

— Aaaaah tá. -- O de barba falou.

— Vamos agora. -- O motoqueiro disse.

Os do furgão entraram nele e o motoqueiro subiu na moto e, logo, começaram a se movimentar. Coloquei meus fones de ouvido e deixei a música rolar. Na primeira oportunidade, pulei no furgão com cautela .

Trinta minutos se passaram e chegamos. Você não vai acreditar. Era a TecnosCorp. Ela mesma.

Perguntas que vieram na minha cabeça:

A TecnosCorp está envolvida com criminosos?

O que tem EXATAMENTE naquele pendrive?

O que a TecnosCorp tem com a Corporação Merlin?

Quê que tá acontecendo?