Acordei assustada, não tinha se passado meia hora desde a hora que eu fui dormir, olhei para o lado e Draco continuava em um sono profundo, alguém bateu na porta e esperei que não fosse verdade, mas insistiu novamente em bater na porta, levantei frustrada. Era um menino com o rosto magro e claramente cansado, olhei com desprezo para ele, onde o mesmo me entregou uma carta com a caligrafia perfeita que eu conhecia muito bem, fechei a porta na cara dele.
Lumos— murmurei e uma luz saiu da ponta da minha varinha.

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Severo Snape

Troquei de roupa rapidamente e sai do quarto tentei fazer o mínimo de barulho, a sala dos monitores continuavam sem ninguém o que significava que todos estava em suas camas, mas assim que entrei na sala comunal da sonserina alguns alunos do segundo ano ainda estavam acordados.
— O que vocês estão fazendo acordados? - perguntei impaciente.
— E o que você está fazendo acordada também? - uma menina maior que eu com as mãos na cintura questionou.
— Eu não devo satisfação pra ninguém, voltem para as suas camas e quando eu voltar e ver alguém por aqui, posso fazer alguns testes e os primeiros serão vocês isso não é demais?
Suspirei fundo e sai, caminhei pelo corredor frio que era as masmorras mas assim que vi a sala do Snape era perto e agradeci mentalmente por isso, bati na porta mas não esperei que ele respondesse, entrei na sala
— Padrinho, o que você quer falar comigo? - perguntei curiosa.
— Como andam as coisas?
— Eu não acredito - falei indignada e deixei soltar uma risada irônica - seria mais simples perguntar para Draco você não acha? Não sou eu a responsável pelo o que meu pai pediu a ele.
— Já perguntou isso a ele? Eu não obtenho resposta, e você sabe muito bem que ele está atrasado, o Lord Voldemort quer no mínimo que Dumbledore morra não importa como, então porque tanta demora?
— Eu sei muito bem o que meu pai cobiça, não precisa me lembrar! Era só isso que você queria falar para mim?
— Como pode você ser tão parecida com o Lord das trevas sendo que eu te criei por quase metade da sua vida? - ele perguntou e um sorriso surgiu em meu rosto.
— Os poucos momentos que eu convivi com meu pai me mudaram. Ele percebeu essa semelhança, foi quando ganhei sua confiança para ter a marca, assim como você e alguns outros comensais - finalizei orgulhosa - me diz o que você queria, estou começando a ficar com sono novamente.
— Sua - hesitou por um momento mas continuo depois de um instante - sua gravidez.
— Hum...e o que tem?
— Já conversou com o Draco sobre isso?
— Ainda não padrinho, muito cedo. Eu realmente estou com muito sono, vou voltar para meu quarto e dormir. Aliás, se o Potter fizer alguma coisa de errado amanhã em sua aula, de a ele uma detenção, ele tem estado com a curiosidade onde não deve e precisa desvincular sua atenção de mim e Draco.
Sai da sala e percorri o caminho que eu já estava familiarizada, mas logo o menino eleito estava na minha frente guardando alguma coisa estranha no bolso.
— Oras, o que você faz por aqui Potter?
— Errei o caminho para a sala do Diretor Dumbledore.
— Sinto que você não errou de propósito, mas é interessante esse tempo que você tem passado com ele, será que eu devo me preocupar com isso?
— Não é da sua conta Burke - Falou ríspido.
— Você acha mesmo que eu não sei o que está fazendo com o nosso querido diretor? - questionei indo em sua direção - Não seja estúpido Potter! Não ouse tentar me enganar eu já desconfiava a muito tempo, mas estou a procura de provas e agora tenho certeza.
— Então você sabe sobre as Horcruxes?
Por uma fração segundos a ódio que eu sentia não existia mais, meu sorriso apareceu novamente em meu rosto ao ver a expressão confusa do menino.
— Então é isso que o velho diretor anda fazendo, parabéns garoto, Dumbledore acaba de ficar decepcionado com você. Antes que eu esqueça, detenção amanhã na sala do professor Snape depois do toque de recolher. O tempo está acabando.
Voltei para a sala da sonserina e não me surpreendi que agora ela estivesse vazia, a sala dos monitores continuava da mesma forma de antes a única diferença era de que uma das luzes estava acesa.
— Draco - chamei-o assim que entrei no quarto - acorda quero te fazer uma pergunta.
— O que? - sua voz saiu como um sussurro.
— Você pensa em ter uma família?
— Claro, por que a pergunta?
— Apenas curiosidade - falei aliviada - é que ninguém seria louco.
— Louco do que Any?
— De formar uma família comigo! - respondi como se fosse óbvio - não sei como você consegue pelos poucos minutos que passa comigo me aturar, quem quer namorar a filha do lord das trevas? Eu não sou uma pessoa amável Draco, mas fico feliz que você pensa em formar uma família no seu caso é mais fácil.
Deitei ao seu lado, esperando que ele fosse dormir, mas o mesmo se virou ficando de frente para mim, meu coração bateu mais forte assim que vi aqueles olhos cinzas fitado nos meus, respirei fundo.
— Você é doida só pôde. Quero formar uma família com você, e não importa de quem você é filha por mais que isso me assuste todas as vezes nem isso me fez desistir do amor que eu sinto por você. O que você quer me falar?
— É algo bem sério, só não sei se agora é um bom momento.
— Any agora já é uma hora da manhã - afirmou conferindo no relógio - começou agora termina.
— É que eu estou grávida.
A luz que entrava pela fresta da porta não era o suficiente para que eu visse sua reação, da mesma forma fechei meus olhos e pude sentir algumas lágrimas escorrendo pelo meu rosto, o que me lembrava vagamente quando eu tinha contado para meu padrinho, não esperava que ele me abraçasse e dissesse que estava tudo bem.
Tornei a abrir meus olhos e levantei da cama mais uma vez, comecei a andar de um lado para o outro olhando para o teto incrivelmente branco, será que alguém nunca tinha pensado em pintar? Era realmente uma ideia tentadora mas tive que voltar para a realidade. Draco também agora já estava de pé, ele passou o seu braço pela minha cintura me trazendo para mais perto de si.
— Eu sei que foi um momento errado para te contar mas não aguentaria mais fugir de você para evitar de falar isso, na verdade eu não sei o que pensar tem tantas coisas, o principal é matar o Dumbledore e depois eu nem ia mais voltar para Hogwarts mas não vou querer encarar meu pai quando ele ficar sabendo - falei em meio aos soluços.
Por um momento nenhum ousava em dizer nada e era possível escutar o barulho do vento levando as folhas secas das árvores, o som das criaturas nadando no lago e até mesmo a Fênix cantando sobre o céu.
— Você um dia vai me deixar louca Draco Malfoy! - me separei do seu abraço - eu não entendo como eu sinto tantas coisas por você, só por você!
— Talvez você esteja apaixonada - Ele se aproximou novamente, e dessa vez nossos lábios se juntaram sem alguém hesitar, passei minha mão sobre seu cabelo enquanto a sua pousava sobre a minha cintura.
— É, talvez eu esteja mesmo - sussurrei em meio ao beijo.

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