Diário de um Mordomo
Novos deveres
Sophie acorda. Passei a noite em claro em frente a porta de seu quarto esperando-a acordar. Se eu der um passo para qualquer direção, desistirei de falar que a amo. A noite demora uma eternidade a passar. Esse frio em meu estomago se torna cada vez mais intenso. Minhas mãos estão paralisadas e meus olhos se mantêm fixos na porta. Estou determinado a falar que a amo.
Não foi um pensamento repentino. Isso veio crescendo em mim há muito tempo. Mas algo me impede de demonstrar.
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Minha vontade prima de apenas cumprir meu dever. Isso sempre me ajudou, mas agora apenas me desgraça. Agora. Neste momento. Em que espero que a garota mais doce do mundo acorde.
Ontem mesmo a fiz lacrimejar. A poucas semanas atrás esmurrei um rapaz que planejou droga-lá. A dois anos atrás a conheci. Hoje vou me declarar.
O céu começa a clarear. Em poucos instantes o celular de Sophie começa a tocar. Repentinamente a musica para.
Ela acordou.
A maçaneta gira e a porta se abre.
Sophie estranha que eu já esteja acordado parado em pé na frente de seu quarto.
—Wall? - Diz enquanto esfrega os olhos. - O que faz aqui? Não precisa mais me acordar, eu pus um despertador, lembra?
—Sophie - Começo.
—Eu - Diz bocejando.
—ESQUECI DE PASSAR SUAS ROUPAS! - É a primeira coisa que vem em minha cabeça
— ...
Após alguns momentos de silencio constrangedor, Sophie fala.
—Tudo bem. Elas não precisam estar perfeitas. O que tem de café da manhã?
—ESQUECI DE FAZER SEU CAFÉ! - É a segunda coisa que vem em minha cabeça.
— Eu compro algo na escola.
Após outro breve instante sem falarmos nada, Sophie questiona.
—Tem mais algo que precisa me dizer?
—Eu te amo. - Cochicho de cabeça baixa.
—Sophie para de esfregar os olhos e me encara boquiaberta.
—Você o que?
—Eu te amo. - Digo ainda de cabeça baixa.
Sophie fica estática em minha frente.
Levanto a cabeça e a encaro nos olhos.
—Eu te amo, Sophie.
Com um estrondo, a porta do quarto se fecha.
Em silencio, me viro e vou em direção as escadas no fim do corredor. Escuto a porta do quarto abrir novamente. Quando me viro, Sophie já está saltando sobre mim. Nós dois caímos no chão. Eu de costas e ela agarrada em mim, exclamando.
—EU SABIA! EU SABIA! EU SABIA! EU SABIA! EU SABIA! EU SABIA! EU SABIA!
Tudo que posso fazer é sorrir para ela.
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