Começava a anoitecer.

O vapor que deixava a boca dos exaustos jogadores do time de futebol do Colégio Diamonds ficava ainda mais visível, graças a luz dos holofotes instalados nas laterais do campo e atrás de cada gol.

Silêncio.

Nem mesmo os assobios da torcida eram ouvidos. Aflição, medo, apreensão, esperança… inúmeros sentimentos estampados nas inúmeras faces que preenchiam as arquibancadas do estádio.

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A atenção de todos permanecia no jogador que utilizava a camisa dez da Diamonds, Alex Chambers, o seu capitão.

Diante dele estava a bola e, mais à frente, uma barreira formada por quatro jogadores e atrás dela, sua única meta: o gol. Sua noção de tempo já havia se perdido faz tempo, embora soubesse que aquele seria o último lance do jogo. E esse lance estava em suas mãos — ou pés, como preferir.

Sua camisa, encharcada com o suor de um jogo complicado, grudava em sua pele, aumentando o frio que sentia no momento. Seus olhos permaneciam fixos no gol, enquanto gotas cristalinas desciam por sua face. A respiração era lenta, diferente das batidas em seu peito. Sua mente, em branco.

Alex agora esperava pelo apito do juiz, o último sinal que antecipava a sua ascendência como herói, ou a sua queda como vilão. E esse sinal veio, agudo, retirando-o de seu transe. Por um momento o frio de seu corpo direcionou-se ao seu estômago, enquanto um nó formava-se em sua garganta. Pôde sentir os olhos lacrimejarem um pouco, mas, ao invés de deixar as lágrimas descerem por seu rosto, respirou fundo e deu um passo à frente. E depois mais um, que foi seguido por outro, até uma breve corrida ser iniciada e então, ele chutou.