50 Tons de Fanfiction

[DOCTOR WHO] Beautiful


Ela foi a primeira companheira de viagem que ele teve na vida e foi graças à ela que ele acabou interagindo e fazendo amizade com humanos pela primeira vez. Eles eram professores da escola dela, chamados Ian e Barbara. Porém, incontáveis outros vieram depois e ele não acreditava que teriam vindo, se ela não tivesse aberto as portas para isso lá atrás. Susan. Sua criança. Sua menina. Sua adorável netinha.

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Muita gente que o conheceu naquela época o achava bastante ranzinza, mas a verdade é que não havia nada que ele não fizesse pela garota, fosse para agradá-la ou para protegê-la. Partiu-lhe o coração ter de deixá-la, porém ele sabia que ela seria mais feliz assim. Isso, por si só, já provava o quanto ele a amava, pois sua vontade era mantê-la sempre diante dos seus olhos, bem longe de qualquer perigo. Queria vê-la sorrir, mesmo enquanto monstros apareciam, só porque ele a abraçava e ela sabia que ele a protegeria e cuidaria dela, não importava o que acontecesse.

A vida é complicada.

Susan agora já era adulta e tinha a sua própria família para cuidar e provavelmente não sentia tanta necessidade assim do seu abraço de avô. Entretanto, mesmo sabendo de tudo isso, o Doutor podia sentir os seus corações baterem levemente descompassados com a perspectiva de rever a sua garotinha, enquanto ajustava às coordenadas na TARDIS, muito embora ele sentisse que a nave não precisava disso para chegar ao local designado, pois sentia tantas saudades de Susan quanto ele. Quando a TARDIS aterrissou e ele saiu, em frente à casa da menina - para ele, ela sempre seria uma menina, mesmo com os cabelos inteiramente brancos, como estavam agora -, ela o observou por alguns segundos e ele pode notar perfeitamente quando ela o reconheceu.

“Vovô!” O tempo parecia ter congelado, mesmo para ele, que era um Senhor do Tempo, quando ela correu em direção aos seus braços. Ele a abraçou com força.

“Minha criança!” Não havia palavras para traduzir a saudade que ele sentira dela durante todo o tempo em que estiveram afastados. O Doutor tentou gravar em seus corações aquele momento único e maravilhoso.

“O senhor regenerou!” observou a mais nova, apreensiva.

“Algumas vezes.” retrucou o outro, recebendo um olhar de repreensão da neta. “Mas, não se preocupe com isso, deixe-me ver você, minha criança.” Ele afastou-se um pouco dela, para observar-lhe o rosto e as feições.

“Tenho a impressão de que você cresceu.”

“Vovô, eu não cresço mais há anos.” retrucou Susan, sorrindo.

“E não regenerou também. Que bom... Você ainda esconde a verdade deles?”

“David sabe de tudo agora. Ele entendeu meus motivos. Adam também já sabe.”

“Então você e David ainda estão juntos… Bom saber. Se ele houvesse te magoado, eu o perseguiria até o fim do universo.”

“Não exagera, vovô. Nenhum Senhor do Tempo jamais esteve lá.”

“Eu já estive.” Susan o olhou surpresa. “Ou estarei, pela sua linha do tempo. Longa história.”

“Venha, vamos entrar. Assim eu lhe sirvo chá e o senhor pode me contar todas essas histórias longas…” disse a neta do Doutor, enquanto seguiam abraçados para dentro da casa dela. “David, Adam, meu avô está aqui!” anunciou ela, ao entrar na sala, ainda grudada com o avô.

A vida é bela, ele concluiu. Sem perceber, um sorriso brotou-lhe nos lábios.