O rio que nunca seca

No rio que nunca seca sempre era escutada uma linda música tocada em flauta, diz a lenda que há muito tempo, dois amantes viviam em tribos rivais, certo dia, quando a menina colhia água para fazer chá, Pokwang escutou uma música linda de flauta, ela ficou encantada e decidiu subir o rio, ao ver seu músico ela paralisou e deixou a água cair e o vaso quebrar, o barulho interrompeu a música e o homem a olhou deslumbrado, pois nunca na história ele vira uma mulher com cabelos enrolados como azevinhos, a pele tratada pelo sol e olhos verdes como as folhas de macieira.

Todo o dia a partir daquele Pokwang ia até o rio contar histórias para Enger, e ele ia para escutá-las e tocar belas músicas a ela, ele não podia falar, mas suas músicas contavam histórias que pouco a pouco Pokwang começou a entender. Numa noite a lua fala com Enger e lhe diz que ficou encantada com tal amor, tão puro, entretanto... A lua era uma filha de Saturno, e as filhas de Saturno não conheciam sentimentos humanos, ela queria ser feliz como os dois.

Na tarde seguinte depois que o sol se pôs, Pokwang esperara pelo seu amado, mas ele nunca chegara... A lua achava que se roubasse Enger ela se apaixonaria como Pokwang, ao perceber isso, Pokwang chorou um dia e uma noite, no dia seguinte o sol iluminou seu rosto murcho de tanto chorar e a levou para si... As lágrimas de Pokwang encantaram o rio para que ele fosse um eterno vínculo entre Enger e Pokwang. Toda noite escutam-se os bambuzais tremerem com o vento e assim é possível escutar Enger cantando para sua amada.