Agora Ou Nunca

Amanhã mesmo


Amanhã mesmo

Ele estava encharcado e tremia muito, o coloquei para dentro, corri pelas escadas até meu quarto e peguei toalhas limpas, ele ficou encostado na parede e ficou me olhando descer as escadas.

Tirei sua camiseta preta que ficou colada em seu corpo por estar molhada.

— eu precisava te ver — ele falou batendo os lábios.

— você precisa de um banho antes que fique doente — falei tirando sua calça jeans e o enrolando na toalha.

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— Léo eu te amo — ele falou sorrindo enquanto tremia.

— eu — respirei fundo — eu também Ítalo.

Ele sorriu, passei seu braço pelo meu ombro e o ajudei a ir ao banheiro.

Liguei o chuveiro, o desenrolei da toalha e tirei sua cueca, ele deu um sorriso sem graça.

— você vai me dar banho? — ele perguntou ao me ver tirando a roupa.

— vou — disse passando o sabão em seu corpo e o shampoo em seu cabelo.

— você ainda quer saber porque terminei com você?

— agora não — respondi lhe dando um beijo, ele me agarrou e mordeu meu queixo enquanto me pressionava contra os azulejos do banheiro, eu queria gritar de prazer, mas isso acordaria a todos, Ítalo fazia movimentos cada vez mais rápidos, mordi sua orelha e ele fazia cada vez mais forte.

Quando chegamos ao nosso ápice, a água ele me deu um beijo na testa.

— eu senti sua falta — ele disse já deitado em minha cama com minha bermuda jeans.

— eu também, fico feliz de você estar aqui — deitei em seu peito.

— quer passar as férias na minha casa de campo? — perguntou.

— nossa — fiquei surpreso, mas não deveria, pois eu já sabia que Ítalo e sua família tinham muito dinheiro — tudo bem, quando vamos?

— amanhã mesmo se você quiser — ele propôs.

— então vamos — olhei em seus olhos — amanhã mesmo.

Nós dois adormecemos.

Na manhã seguinte acordei com barulho no andar de baixo, Ítalo estava dormindo profundamente.

Desci e encontrei meus pais, Luiza e Felipe tomando café.

— bom dia filho — meu pai disse.

— bom dia — respondi — preciso falar com vocês.

— aconteceu alguma coisa? — minha mãe perguntou.

— sim — respirei fundo — sei que acabei de contar para vocês e que é cedo, mas eu estou namorando.

— quem é ele? — Luiza perguntou.

— o Dr. Castro — meus pais arregalaram os olhos.

— sério? — minha mãe perguntou.

— pelo menos é um homem bom — meu pai respondeu.

— outra coisa — acrescentei — ele dormiu aqui noite passada — meu pai se engasgou com o café — ele veio aqui ontem à noite e estava encharcado, não podia mandar ele voltar.

— tudo bem — meu pai disse após se recuperar — chame-o para tomar café conosco.

— ele ainda está dormindo — respondi — e ele me convidou para passar as férias com ele no campo.

— que máximo — Luiza ficou muito feliz — eu te ajudo a arrumar as malas.

— só nos avise quando chegar lá — disse minha mãe — tá bem?

— ok — subi e encontrei Ítalo sentado na minha cama.

— então vamos? — ele falou alegre.

— você escutou tudo? — perguntei.

— sim — ele se levantou e me beijou — já liguei para a governanta para ela arrumar tudo e se a sua família quiser ir também eles são muito bem-vindos.

— obrigado — o beijei.

Por sorte eu tinha alguns moletons que cabiam em Ítalo, já que os seus músculos faziam minhas roupas ficarem apertadas nele.

Quando descemos Luiza assobiou e bateu palmas. Durante o café meu pai, Ítalo e Felipe conversavam sobre negócios, minha mãe e Luiza foram buscar um bolo na cozinha e eu fiquei admirando o meu namorado ser bem recebido na família.

— vamos ficar super felizes com sua presença no nosso casamento — Felipe o convidou.

— estou honrado — Ítalo era tão simpático que eu poderia me apaixonar por ele todos os dias.

Minha mãe e Luiza voltaram e então Ítalo os convidou para a casa no campo, todos toparam de irem no fim de semana seguinte.

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Corri para arrumar minha malas, com algumas roupas restantes do meu ataque anterior.

— podemos comprar roupas novas pra você — Ítalo propôs encostado na porta.

— esse problema eu soluciono depois — sorri, ele me abraçou por traz.

Quando já estava com as malas prontas caímos na estrada, parecia que o tempo em que nós estávamos separados não tinha existido, eu o amava, ele me amava.

Algumas horas depois, chegamos a cercas enormes, Ítalo buzinou e então o grande portão se abriu, a mansão era a muito bonita, tinha uma piscina ao esquerda, um estábulo a direita é uma fila de empregados.

— achei que o senhor viria de helicóptero — disse uma mulher loira uniformizada.

— quis dirigir um pouco Antônia, este é Leonardo meu namorado — ele me apresentou e corei.

— é um prazer — ela sorriu e me abraçou.

O celular de Ítalo tocou.

— venha comigo — Antônia me abraçou e me levou para dentro da mansão.

As escadas e o chão eram de mármore, a sala de estar era maior que minha casa, tinha um piano, Antonia foi muito receptiva e simpática.

— você trabalha a quanto tempo para a família de Ítalo? — perguntei.

— muitos anos, ele nem era nascido — ela sorriu me guiando até a cozinha — eu fui baba dele e de Douglas também.

— sério? — perguntei — e que tipo de criança ele era?

— sempre foi muito amoroso com a família, mas com as outras pessoas era muito fechado — ela respondeu, e me lembrei do dia em que o conheci, extremamente frio e sério.

— vou voltar a cidade — Ítalo falou nos encontrando — esqueci meu notebook.

— achei que fôssemos ficar juntos — falei sério.

— eu vou de helicóptero, volto logo — ele me beijou — Antônia prepare um ótimo jantar, hoje será uma noite especial! — Ítalo me deu mais um beijo e saiu depressa.

— vou começar os preparativos — ele bateu palmas — mas antes vou levá-lo até o quarto do Sr. Ítalo.

— eu posso te ajudar com o jantar? — perguntei, Antônia arregalou os olhos.

— claro que pode querido — lavei minha mãos e peguei um avental que Antônia me entregou.

Me diverti muito preparando o jantar, quando terminamos Antônia me levou ao quarto de Ítalo, que era enorme, tinha alguns porta retratos, a cama era gigante, seu banheiro tinha uma hidromassagem que caberia nós dois facilmente.

Quando sai do banho Ítalo estava de pé no quarto de terno e gravata, olhei para cama e vi também uma roupa parecida para mim.

— chegou agora? — perguntei.

— tem alguns minutos — ele me beijou — também lhe trouxe umas roupas novas.

— não precisava — fiz biquinho.

— presentes para meu maior presente — ele me beijou — vou te esperar lá embaixo.

— tá bem — enquanto Ítalo saia eu me troquei e quando me olhei no espelho vi que meus olhos estavam com os brilhos de alegria de volta.

Desci as escadas e Ítalo me esperava, Antônia comandou nosso jantar com muita elegância, com nossos pratos favoritos e vinho.

— Léo? — Ítalo falou num tom diferente.

— sim? — perguntei.

— eu não fui buscar meu notebook hoje — ele falou.

— porque você mentiu? — perguntei.

— eu fui até a cidade comprar roupas novas pra você, porque sabia que se te falasse você não iria aceitar — ele sorriu — mas eu também fui comprar outra coisa — ele se levantou e tirou algo do bolso do terno, se ajoelhou abrindo a caixinha preta com uma aliança dourada — Leonardo Gonzales você aceita se casar comigo?