Disintegration
The Same Deep Water as You
Harry era um instante de calmaria em meio a tempestade, silencioso e quieto como Remus jamais pensou que uma criança tão pequena pudesse ser. Chorava apenas o necessário – quando sentia fome ou dor. No início, Remus teve medo de segurá-lo e acabar quebrando algum osso em meio aquele pequeno corpo, mas com o tempo as mãos tornaram-se hábeis e ele já era capaz de segurar o bebê com tranquilidade enquanto Lily preparava o jantar e James e Sirius contavam velhas histórias rindo morosamente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— E você lembra quando Peter se engasgou com a rolha do whisky de fogo?! – gargalhou Sirius com sua risada escandalosa.
James acompanhou-o no riso rolando no carpete vermelho.
— Peter, definitivamente, é o que tem as melhooores histórias!
Sirius recuperou-se da crise de riso respirando fundo algumas vezes e soltou um suspiro.
— Ele não tem aparecido muito ultimamente, não é?
James concordou com a cabeça.
— Parece que a mãe dele está com problemas de saúde, eu me ofereci para fazer uma visita, mas ele disse que não era nada grave.
— A gente pode aparecer de surpresa um dia desses – sugeriu Remus falando em um volume baixo para não acordar o bebê adormecido.
Sirius aproximou-se nesse instante, sentou-se ao lado de Remus no sofá de dois lugares e passou o braço pelos ombros do companheiro, a outra mão pousava gentilmente sobre a cabeça do bebê Harry acarinhando-lhe a fronte com cuidado.
— Ele é tão fofo, nem parece que saiu do saco do Pontas – murmurou o Black em um tom estranhamente dócil.
James girou os olhos e Lily apareceu na porta da sala trajando um avental alaranjado como seus próprios cabelos.
— Pare de dizer vulgaridades no ouvido do meu filho – censurou-o com uma expressão sinistra, mas Remus podia ver que ela ria internamente.
Aquela era uma sensação estranha, ter Sirius ao seu lado enquanto segurava um bebê, e todo aquele ambiente aconchegante que encontrava-se apenas nos lares mais felizes. Era como estar em sua própria casa, com seu próprio filho e aqueles dois jovens atrapalhados que geraram aquela criança eram como seus próprios irmãos.
Remus sentia que, apesar da guerra, ali havia um momento de paz.
[...]
I will kiss you, I will kiss you
I will kiss you forever on nights like this
I will kiss you, I will kiss you
And we shall be together
— Você fica pensando em como James e Lily transam agora que Harry existe?
Remus encarou o rapaz deitado a sua frente por alguns segundos, perplexo.
— Por que eu pensaria nisso, Sirius Black?
Sirius riu, e depositou um beijo casto na bochecha de Remus, voltando logo em seguida a alojar a cabeça no travesseiro compartilhado.
— Eu não sei, às vezes eu fico pensando como seria nossa vida com a adição de uma pessoa para cuidar – devaneou, deitado de barriga para cima e com os olhos vidrados no teto.
— Você está mesmo falando sobre ter filhos?
Sirius riu sem jeito, voltou-se na direção de Remus e acariciou seu rosto com gentileza.
— Já imaginou um pirralho sendo uma mistura de mim e você? O quão incrível isso seria?! – murmurou empolgado.
Remus não pôde evitar de sorrir também, dando ouvidos aos loucos devaneios do outro.
— Você sabe que isso é biologicamente impossível, não é?
Sirius deu de ombros fingindo não se importar.
— Podem inventar uma poção que resolva isso, imagina que legal deve ser ficar grávido!
— Meu Deus, Harry comeu seu cérebro enquanto tentava comer seu cabelo!
Sirius sorriu, um sorriso maroto que combinava perfeitamente com seus olhos cinzentos.
— Quando a guerra acabar muitas crianças vão estão órfãs – Sirius proferiu simplesmente, deixando as palavras pousarem no ar.
Remus entendia o que ele estava dizendo, e mal podia acreditar em sua própria audição. Naquele instante sentiu que ele e Sirius nadavam juntos em águas profundas, por um lado parecia aterrorizante, mas por outro… talvez aquilo fosse o que sempre desejou. Talvez o verdadeiro significado daquilo fosse que Sirius estava o inserindo em sua vida, e dessa vez de verdade, e que talvez aquela relação fosse feita para durar muito tempo – e o mais louco de tudo, um tempo tão longo que poderia chegar ao ponto de durar mais que o amor.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Remus não queria pensar no fim do seu amor naquele momento, então aproximou-se de Sirius e o beijou lentamente, envolvendo todo o seu corpo e sentimentos no ato. Sirius retribuiu o beijo por algum tempo, suas mãos passeavam pelas costas de Remus deixando-o sempre o mais próximo possível. De repente ele separou-se do abraço e colocou-se por cima de Remus, sentou-se em sua barriga, prendeu as mãos do outro contra o colchão e o encarou firmemente. Remus sentiu os arrepios descendo por sua espinha e sorriu nervosamente.
— Que tal a gente tentar fazer nossas próprias crianças? – perguntou Sirius com uma ironia típica.
Remus foi obrigado a gargalhar, embora sua mente não parasse de pensar no quanto desejava os lábios de Sirius passeando por todo o seu corpo.
— É uma ótima ideia...
Sirius sorriu, aquele sorriso que fazia o coração de Remus pular ruidosamente em seu peito, e beijou seu pescoço, seu queixo e seus lábios, puxou a camisa azul pela cabeça de Remus e beijou seu peito e seu abdômen lentamente, provocando pequenos espasmos. Arrancou a calça do pijama e a cueca, e distribuiu beijos pelas coxas torneadas e pela virilha, em uma lentidão que não era própria de si, voltou os olhos em chamas na direção de Remus e apenas aquela imagem já era capaz de queimar os neurônios de Moony todos de uma vez.
Por um momento, Remus achou que teria seus desejos saciados facilmente, mas Sirius afastou-se e beijou-lhe os lábios em uma provocação silenciosa. Remus mordeu seu lábio inferior propositalmente e Sirius apenas riu, as mãos percorriam as coxas desnudas e seus órgãos tocavam-se entre um beijo e outro. Remus sentia seu órgão latejar e sabia que Sirius não se esforçaria para aliviá-lo tão cedo, aplicando uma força repentina empurrou-o contra a cama posicionando-se, agora, sobre o namorado, virou-o de costas sem muita dificuldade, Sirius mostrava-se estranhamente dócil naquelas situações.
— Minha vez, né? – indagou com sarcasmo.
Beijou-lhe os ombros e as costas, lentamente, provocando-o da mesma forma que este fizera segundos antes, buscou o lubrificador e aplicou-o na região anal, em seguida inseriu seu membro na cavidade e permaneceu ali, quieto por um instante, o peito colado nas costas de Sirius e as mãos entrelaçadas nas mãos do namorado, ouvindo sua respiração descompassada e permitindo que se acostumasse a tê-lo ali dentro antes de iniciar a movimentação no interior daquele conhecido corpo.
— Quando estiver pronto…
— Pronto.
Remus o beijou, lentamente movimentou o quadril, sincronizando com precisão todos os toques àquele corpo que, de certa forma, submetia-se ao seu espontaneamente. Não conseguia expressar em pensamentos lógicos aquela sensação, mas sabia que era maior e mais forte do que qualquer coisa que tivesse sentido antes. O atrito de sua pele contra a do outro o excitava não só física, mas também mental e emocionalmente. Todo o seu corpo esquentava, seu coração bombeava mais rápido e uma onda de êxtase tomava conta de sua existência. De repente, haviam apenas Remus e Sirius em todo o universo.
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