O Eclipse Vermelho
Capítulo 5: O Imperador
Peter caiu em um piso duro e gelado, estava se sentindo um idiota por ter encostado no caldeirão, ao abrir os olhos, percebeu que Joe e Mary haviam caído próximos a ele. Eles estavam dentro um imenso castelo de aparência medieval.
— Onde estamos? - Questionou Mary, um tanto intrigada com o que estava vendo. _ Isso é muito estranho, em um momento eu estava na sala do Alkban e agora estou na feira da renascença?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Estou tão intrigado quanto você, docinho! - Murmurou Joe, coçando a cabeça. _ Isso é culpa do Green, se ele não quisesse ser o detetive da noite, estaríamos em casa agora.
Peter levantou a mão e todos se calaram. Eles ouviram muitos passos nos imensos corredores, eles correram em direção das armaduras nos pedestais e ficaram escondidos, observando o que estava acontecendo ao seu redor.
Peter notou que havia duas pessoas andando pelo corredor, conversando em voz alta: um deles era alto e vestia uma armadura de batalha completa, mas o elmo era diferente de tudo o que ele tinha visto, o elmo era feito de raios, o homem que estava por trás do elmo era bonito, mas o seu semblante era assustador.
A outra era uma mulher linda com os cabelos loiros penteados e longos e nas pontas estavam os mais lindos cachos, seus olhos eram diferentes, eles mudavam de cor conforme sua personalidade mudava.
— Você tem que seguir as ordens de Octavius, Parkus, ou ele mandará você para a forca, como fez com o antigo general. - A mulher estava apreensiva, algo fez com que ela falasse em um tom mais baixo. _ Eu sinto que tem intrusos aqui no castelo.
Peter segurou a respiração e olhou para Mary e Joe, que repetiram o ato.
— Você tem certeza, Morgana? - Parkus falou, puxando a espada e olhando na mesma direção de Morgana. - Saiam, não toleramos invasores no castelo, saiam por livre vontade ou por dura pressão.
— Tudo bem, somos mendigos, estamos querendo falar com o rei! - Gritou Joe, Peter olhou para o local onde o garoto estava escondido, mas percebeu que o mesmo não estava ali e sim junto com os generais. - Queremos muito, você pode dar essa chance?
Parkus soltou uma gargalhada assustadora.
— Se a sua vontade é de ver o rei, que assim seja.
Parkus conduziu-os por muitos corredores, até que chegaram em uma escadaria. Enquanto caminhava, Peter observava a decoração do castelo, era uma mistura de cativante porém ameaçadora.
— Não creio que vocês possam sobreviver durante cinco minutos de conversa com o rei, ele é simplesmente impiedoso e não gosta muito de caridade! - Murmurou Parkus, sorridente. _ Normalmente as pessoas gostam de aparecer e mostrar que podem ser superiores a todo mundo, inclusive ao rei, mas isso não vai ser possível. - Apesar das declarações feitas, Parkus não estava contendo o riso diante deles.
— Só queremos conhecer o rei. - Exclamou Mary.
— Um desejo incomum no leito de morte, mas assim seja, donzela. - Parkus respondeu.
Parkus e Morgana pararam diante de uma imensa porta dourada, eles pararam nervosos à medida que o general sorria.
— Espero que ao menos tenham modos diante da presença do rei, ele não tolera ignorância. - Parkus aumentou o tom de voz.
As portas se abriram e eles notaram que o rei ainda estava sentado no trono, olhando diretamente para eles, Peter notou que o rei era uma pessoa bonita porém maligna. Ele era loiro, com os cabelos penteados para trás, ele estava usando um sobretudo preto e em sua cabeça estava uma coroa dourada encrustada de diamantes.
— Deve ter uma razão muito importante para simplesmente entrar em meus aposentos! - O rei falou e sua voz ecoou de uma forma surpreendente. _ Quem são estes garotos?
Parkus iria começar a se explicar, porém Joe se adiantou e começou a falar, o rei ergueu a mão e o mesmo se calou imediatamente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Eu estava falando com o general, não lhe dei autorização para se mexer, sequer para falar. - O rei murmurou.
— Majestade, estes três estavam escondidos e queriam falar com o senhor, apenas autorizei.
O rei se levantou do trono e andou na direção dos garotos, seu oolhar recaiu para Joe, ele analisou os três com o mais profundo desprezo e andou ao redor de todos eles.
— Normalmente, eu não converso com o povo, mas vocês três parecem ser muito incomuns para ser mendigos! Eu estou muito desconfiado da pretensão de vocês, eu me chamo Octavius, sou o rei de Órion. - Octavius estava sério á medida em que observava os garotos.
Mary deu um sorriso.
— Você é aquele covarde que matou o irmão para assumir o império? Eu estava lendo na sua galeria. - Para horror de Peter, Mary ainda continuava sorrindo.
Octavius deu uma estrondosa gargalhada.
— Meu irmão era covarde demais para perceber o real perigo que se encontrava logo abaixo do nariz dele, ele era um porco imundo que precisava ser abatido com a maior força, eu fiz um favor a ele, assumi e escravizei milhões durante esses anos de reinado, destrui impérios que queriam me ver morto, massacrei reis em nome de um bem maior, Órion é invencível em um campo de batalha. - Octavius voltou a se sentar no seu trono. - Parkus, mande-os para a forca.
— Talvez, sua ignorância o torna mais fraco, imperador, se os seus generais estão aqui, quem está guardando os portões reais? - Questionou uma voz conhecida, quando Octavius localizou, percebeu que era Alkban.
— Meninos, eu vim buscar vocês! - Exclamou Alkban.
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