Narrativas

Capítulo Único


Escreve bonito o moço. E suas palavras me deixam sem graça. Mais vermelha do que as bochechas se apresentam quando ele ri.

Gosto do jeito. Tímido, mas observador. Suas palavras encantam e conquistam sem fazer alarde algum. Um minucioso envolvimento dos fatos. Da coisa toda. Nada escapa da timidez daquele olhar. Nem da vista, muito menos das pontas dos dedos. Aliás, estes percorrem caminhos mais rápidos do que qualquer outra coisa.

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É uma narrativa gostosa de ler (e de viver), além e aquém de qualquer imaginação.

O moço sabe bem conduzir histórias. E antes que se perceba, não há mais como parar. Já se está inserido em um universo que diverge tanto de tudo, que a curiosidade em conhecê-lo aflora e o caminho de volta, desaparece.

É o contraponto que me prende.

Minha narrativa é pesada. Os pontos nem sempre estão nos lugares devidos e as vírgulas surgem em excesso. Uma esquizofrenia de frases soltas em meio à falas que não me cabem. A ordem nem sempre direta e períodos longos demais. Sujeitos confusos e predicados sem nexo.

Uma narrativa carrancuda, que se perdeu no tempo. Um pretérito que cansou de tentar ser mais-que-perfeito. Um futuro que se perde numa prolixidade e que não trilha um caminho reto. Personagens tortos, com mais baixos que altos e indefinições dos atos. A fonte que fala demais e ninguém consegue contê-la.

Um texto longo e complexo, sem inter-títulos e subs totalmente pobres.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.