Cotidiano

Intuição Inuzuka


Começou como um sonho comum onde Kiba saía para correr e brincar na floresta com Akamaru, divertindo-se corriqueiramente como costumava fazer quando moleque. Às vezes, demorava demais para ir para casa, e Hana enviava seus três cães atrás dele para repreendê-lo – isso quando ela própria não ia atrás dele para evitar que Tsume em pessoa o fizesse!

Kiba sempre se divertia nesses momentos, tirando algumas lutas contra a irmã onde, inevitavelmente, acabava perdendo por conta da experiência mais avançada da primogênita de Tsume.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Todavia, naquele sonho as coisas não foram daquela maneira.

Ele e Akamaru brincavam na floresta quando ouviram um barulho, como kunais se chocando. Imediatamente, pediu silêncio do amigo canino e os dois foram averiguar, apenas para ver que quatro ninjas se digladiavam sem que conseguisse identifica-los por conta de suas máscaras e pelos movimentos rápidos.

A única coisa clara para Kiba, é que a pessoa que estava de costas para ele estava em desvantagem, visto que os outros três lhe atacavam de maneira impiedosa.

Somente quando ela caiu com um dos joelhos apoiados no chão é que pôde reconhecer o rosto exaurido de Inuzuka Hana.

Kiba tentava aproximar-se para ajudar a irmã, mas de repente todos os seus membros eram paralisados e a voz sumia. Hana olhava em sua direção, gritando em desespero enquanto era torturada e dilacerada por aqueles assassinos impiedosos que queriam dela uma resposta a respeito da localização de alguma coisa.

− PAREM! – gritava Kiba a plenos pulmões. – ELA NÃO SABE DE NADA, PAREM, SEUS MALDITOS DO CARALHO! DEIXEM A MINHA IRMÃ EM PAZ! DEIXEM A MINHA IRMÃ EM PAZ!

Em algum momento, os gritos roucos se transformavam em lágrimas. Kiba tentava se soltar do aperto sufocante, mas não conseguia. Akamaru era tão inútil quanto ele, incapaz de se mover ou de acatar suas ordens.

Incapaz de fazer nada, Kiba apenas assistia enquanto torturavam e assassinavam sua irmã.

− Kiba! Kiba! – Shino o balançou fortemente pelos ombros três vezes antes que o outro garoto despertasse, as lágrimas tingindo a tintura em seu rosto.

− S-Shino? – Atordoado, o garoto tentava se situar a respeito da presença do namorado ali. Reconheceu que estava no próprio quarto, cercado pelos lençóis e coberto de suor. – O que aconteceu? O que você...

− Senti que havia algo de errado. – mentiu, para não dizer que seus insetos presentes na gola do casaco do namorado haviam lhe alertado. – Sua mãe saiu para resolver umas coisas e você disse que eu não precisava vir, lembra-se?

Kiba anuiu com a cabeça, os olhos ainda ardendo com as lágrimas que marcavam o rosto trigueiro.

− Sonhei com a Hana sendo torturada. Foi horrível, eu... – Sentiu a garganta fechar. Shino o abraçou. Duas semanas haviam se passado desde que as buscas haviam sido suspensas. Inuzuka Hana ainda era uma figura desaparecida entre tantas outras.

− Não pense nisso agora, Kiba, eu estou aqui. – murmurou baixinho. Não sabia o que dizer, só esperava que a cunhada voltasse para casa, ainda que não estivesse sã ou salva.