Cotidiano

Não custa nada se precaver


Kiba decidiu que se dedicaria, então, a aprender o ofício da irmã. Não como veterinário, mas como treinador de cães. E ela disse que o primeiro passo, era aprender a lidar com eles com o uso de algum instrumento que os deixasse obedientes.

A família Inuzuka tinha uma flauta que preferia usar ao invés dos apitos comumente utilizados para treinar cães, e Hana ensinou o básico para o irmão, dizendo que Kiba teria que se empenhar sozinho no restante pois ela andava ocupada.

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Então, quando foi para a casa de Shino, sob o pretexto de treinar, o namorado achou estranho. Afinal, Kiba nunca havia se interessado no ofício de treinar os cães.

− Ouvi uma conversa entre Kakashi-sensei e minha irmã. – Kiba disse, após uma bateria de exercícios, enquanto Shino permanecia compenetrado no próprio estudo, já que decidira seguir a carreira de professor. – Ele disse para ela que uma guerra está chegando até nós, Shino, e talvez ela tenha que abandonar o posto na clínica para ajudar.

Shino notou a preocupação do namorado para com ela. Sabia como Kiba era ligado à família e como coisas assim eram difíceis. Ele suspirou, aproximando-se e passou um dos braços ao redor do corpo de Kiba, puxando-o para mais perto.

− Sabe que somos ninjas, Kiba. Nenhum de nós está livre dos grilhões da guerra quando ela se aproximar. – disse. Não era uma forma de tranquiliza-lo, mas de expor a realidade. – A única coisa que podemos fazer, é nos preparar para isso. Como você está fazendo.

Kiba sabia disso. Repousou o instrumento sobre o próprio colo enquanto as garrinhas faziam fiapos no casaco de Shino. Aburame nem se importava com isso, apenas achava graça.

− Só queria que as coisas fossem diferentes, sabe? Kakashi-sensei acha que foi o Sasuke que atacou o Pakkun. Ou que foi a Akatsuki. Ou os dois juntos. Imagina como o coitado do Naruto não deve estar com isso? – Kiba se aninhou perto de Shino. Nem podia imaginar como reagiria caso a situação fosse consigo e Shino fosse um traidor!

Ele, por sua vez, ficou em silêncio, ruminando aquela informação, que casava com o que seu pai havia lhe dito.

− Estaremos preparados e juntos durante a guerra se ela acontecer. Isso é o que importa. Não deixarei nada acontecer a você ou a Akamaru. – Shino prometeu.

Kiba olhou para o namorado, os olhos lacrimejando por um momento, mas se recusou a chorar. Seria forte.

− Obrigado por estar aqui. – murmurou contra seu pescoço e depositou um beijo ali. Ficaram assim por um momento, apenas o silêncio entre eles, antes que Shino articulasse uma resposta:

− Sempre. – Shino disse, abraçando-o de maneira protetora.

Quando Kiba afastou-se para treinar um pouco mais, Shino soltou mais alguns insetos espiões para que ficassem de olho nele e em Akamaru, além de observarem os arredores da vila para que não estivessem totalmente desprotegidos, embora imaginasse que seu pai e outros Aburames tivessem tomado medidas semelhantes.

Não custava nada ser um pouco mais precavido.