Versos Frios

Ódio


Ódio

Não queima o tempo todo

Não toma o controle do corpo

Nem deixa a alma no lodo

Mais que selvagem, felino

Senta no escuro de olho aberto

Caçando o que nem imagino

Guardando um coração deserto

Toda dor o alimenta

Sua sede só aumenta

Melhor que viver por instinto

É conhecer o ódio que alenta

Ódio que arde faminto

Que corre no sangue

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Que eu já nem sinto

Ódio

Queima no coração devagar

Toma o controle da alma

Faz o corpo continuar

Ódio que não perde a calma

Também a alma pode elevar

Sorte daquele a quem o amor promove

Corre longe e feliz como o cão

Não abre os olhos na escuridão

Se satisfaz com qualquer ilusão

E quando cansa se dissolve

Enquanto o ódio nunca morre

Se transforma e desenvolve

Acende o vazio que me envolve

Pois é ele o combustível

É o ódio que me move.