BloodLust

Escola da Pesada, parte I


Diana caminhava pelo cemitério sozinha. Sua patrulha havia terminado e ela ouviu os sinos da igreja indicarem duas horas. Ela estava exausta, mas J’onn insistia para ela patrulhar um pouco mais, pois a atividade do outro caçador aumentou nas ultimas semanas. Seja quem fosse, parecia uma maquina de destruição. Por onde passava, deixava seu rastro.

Prestes a sair do cemitério, ela ouviu o que parecia o grito de uma mulher. Diana correu para o local de onde vinha o som. Chegando lá, ela viu uma mulher ruiva lutando em meio a um grupo de vampiro. Chegando mais perto, ela viu que era Shayera. Mesmo não gostando da garota, seu dever era ajudar.

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No entanto, antes que pudesse mirar sua besta em um dos vampiros, Shayera se soltou, socando um dos vampiros que a seguravam com força surpreendente. Ela girou e chutou outro. Um terceiro tentou segurá-la, mas ela sacou uma estaca de sua cintura. A ruiva o derrubou e perfurou seu coração. O vampiro era pó.

Diana aproximou-se mais para ver a cena.Um dos vampiros restantes fugiu, já o outro tentou cortá-la com um punhal. Shayera gritou quando a lamina cortou sua pele. Raiva tomou conta dela e seu rosto mudou. Seu controle se esvaía a cada dia e assim, o vampiro era pó.

Diana, ainda surpresa, teve como única reação carregar sua besta e atirar. Shayera ouviu e conseguiu desviar. Ela correu na direção de onde a flecha veio e derrubou alguém. As duas garotas rolaram pelo chão quando Shayera percebeu que era Diana. Seu rosto voltou ao normal e ela apenas fugiu, escondendo-se na escuridão.

*****

Diana reuniu com J’onn e seus amigos na biblioteca. Ela contou a eles sobre seu encontro desagradável com a versão vampiresca de Shayera.

─Apenas não entendo porque ela fugiu. Ela não parecia um vampiro típico.

─Tem certeza? ─Era John. ─Eu já a vi hoje.

Duas cabeças vermelhas passaram pelo corredor do lado de fora. A presença dos amigos foi notada por Clark.

─Pois eu acabei de vê-la.

Diana olhou para trás, a tempo de ver o vislumbre de um cabelo vermelho.

─Ah, mas ela vai se ver comigo!

─Diana! ─Bruce correu atrás da namorada.

J’onn também seguiu sua caçadora, assim como seus amigos.

Wally e Shayera andavam pelo corredor. Passaram-se apenas algumas horas desde o encontro de Diana e Shayera. E, mesmo sem se falar nas ultimas semanas, Wally era seu único conforto. Ela precisava muito dele.

─Como ela te viu?

─Eu não sei, Wally. Ela apenas estava lá.

─O que disse a ela?

─Nada, eu fugi.

Diana vinha pelo corredor com Bruce a seguindo. Ela agarrou o ombro de Shayera e bateu a ruiva contra a parede. Wally e Bruce tentaram separar as garotas, mas elas começaram uma verdadeira briga. Logo uma multidão se reuniu em volta do grupo, incentivando.

*****

Os quatro adolescentes estavam na sala do diretor. As garotas ainda se olhavam como se fossem voltar a brigar a qualquer momento.

─A senhorita Hol tem um histórico bastante... colorido, e esta não é a primeira vez que a senhorita Prince está com problemas... ─O diretor começou. ─Fico surpreso que dois rapazes brilhantes como vocês se envolveram com jovens tão problemáticas.

Bruce apenas deu de ombros. Shayera encarou o homem mais velho com desdém.

─É tudo?

─Os rapazes terão apenas uma advertência, mas vocês, senhoritas, terão uma pena mais grave.

Após algumas broncas, os adolescentes seguiram caminhos opostos. Wally levou Shayera para um local onde estavam a sós.

─O que foi isso?

─Eu não comecei essa briga. ─Ela cruzou os braços. ─Não me venha com sermões.

Mas o ruivo balançou a cabeça.

─Seus olhos... ─Observou.

─Amarelos? ─Shayera deu de ombros. ─É normal quando me encontro num ambiente hostil, como agora.

─Sem brincadeiras, Shay. Se precisar, eu...

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─Tudo bem, Wallace. ─Afastou-se dele. ─Não preciso de ajuda.

*****

A noite de pais e mestres chegou, e Shayera e Diana trabalhavam para arrumar o local. Era parte do castigo delas. Bruce estava lá para evitar que sua namorada arrumasse mais problemas, e Wally foi pelo mesmo motivo. O ruivo escrevia em um cartaz, mas Shayera não tirava os olhos dele. Ele percebeu e olhou para cima.

─O que foi, Shay? Ainda pensando na briga de gatas?

Ela meio que riu.

─Briga de gatas?

Wally continuou a escrever.

─Você é bonita, Diana também. Briga de gatas...

─Acha ela bonita? Mais bonita que eu?

─N-não... olhe, meus pais chegaram.

Mais que depressa, Wally correu para seus pais. Para sua sorte, eles chegaram no momento certo. Shayera ficou sozinha, andando pelo salão, e sentindo como se fosse observada. Havia alguém, ou algo, observando a movimentação na escola. Ela sabia, podia sentir.

Discretamente, ela caminhou para o lado de fora. Bruce viu quando Shayera seguiu e, conhecendo sua namorada, gostaria de descobrir o que a ruiva aprontaria. Ele também achava que havia algo de errado.

Bruce caminhou pelo pátio vazio da escola, mas então escutou um barulho, algo entre as arvores. O vampiro saltou para ele e o derrubou, tentando mordê-lo. Mas, quando o vampiro virou poeira, ele olhou para cima e viu Shayera. Ela o ajudou a se levantar.

─Eu não sei o que sua namorada é, no entanto, não é hora para discussão. Tem um monte dessas coisas pela escola.

Eles viram quando um grupo se encaminhava para a escola.

─Preciso das minhas armas. Estão na minha casa.

─Não dá tempo. ─Retrucou. ─As coisas de Diana estão na biblioteca. É mais rápido.

─Biblioteca? Coisas?

─Explico pelo caminho.

─Espere! Wally está no salão.

─Ele ficará bem. Agora temos que ir...

Shayera assentiu. Os dois adolescentes então correram para a biblioteca.

*****

O grupo de vampiros entrou no salão e fechou as portas. Todos os presentes olharam o estranho grupo. Mas Wally e Diana sabiam melhor. Calmamente, eles trancaram a porta. Um dos professores se aproximou.

─Eu não sei quem são, mas vocês não podem...

Ele não pode terminar, como o maior dos vampiros presentes trocou seu rosto normal pelo vampirico e afundou seus dentes no pobre homem.

─Ah, merda! Todo mundo saindo daqui.

Trocando um olhar com Diana, os dois adolescentes guiaram os professores e pais para dentro da escola ou seria um verdadeiro banho de sangue.