Juntos e Misturados

Capítulo 13


—Atenção pessoal. – Edward chegou apitando na cozinha.

—Que merda é essa? – Bella gritou com ele, tampando os ouvidos. – Apita isso de novo e jogo essa panela em você. – ameaçou erguendo o objeto.

Edward além de estar com o apito usava um boné do exército e uma camiseta que dizia: obedeça ao mestre.

—Sem estresse, querida. – pediu dando um beijo nos cabelos dela. Ele e Luke tinham praticamente se mudado para casa das garotas. Faltava menos de dois meses para a data prevista do nascimento da neta dele e ele achava que o filho e a enteada/nora, precisavam de um pouco de choque de realidade. Ele amava os dois, mas ele e Bella concordavam que eles eram dois grandes folgados e já estava mais do que na hora de verem como seria a vida de pais.

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—Sem estresse? – ela bufou e colocou um prato cheio de panquecas na mesa. – Não são nem oito horas e você já está todo animado apitando nos meus ouvidos. – reclamou levando as mãos ao ventre, já bem proeminente para os quase quatro meses de gestação.

—Desculpa, mas estarei instalando um novo projeto nessa casa. – ele pegou uma cartolina e fixou na porta da geladeira.

—Acabou a mordomia? – Emily leu as palavras destacadas. – O que isso quer dizer?

—Exatamente o que está escrito. – Edward pegou o prato de panquecas e colocou sobre o balcão. – Acabou a mordomia e agora os dois terão que se virar.

—Ah pai, fala sério. Desde quando temos mordomias? Trabalho igual um escravo lá na loja e depois tenho que ir treinar.

—Acho é pouco, garoto folgado. Vocês dois acham que Bella e eu somos seus empregados? – Bella sentou para apreciar as palavras do noivo, estava gostando daquilo. – A partir de hoje, as tarefas serão divididas. – ele se virou para a noiva. – Amor, faça a gentileza de anotar aqui as tarefas de cada um e inclua a Maia também, ela vai chegar no próximo final de semana.

—Com o maior prazer. – Bella pegou a tabela das mãos dele.

—E, além disso, teremos o curso intensivo para pais de primeira viagem.

—Já sabemos como trocar um bebê. – Luke reclamou revirando os olhos.

—Acha que só porque fez aquele cursinho meia boca sabe de alguma coisa? – ele riu do filho e tirou um chicote que estava pendurado no bolso.

—Agora está exagerando amor. – Bella estendeu a mão para pegar o chicote estilo Indiana Jones.

—Achei que fosse dar um ar mais sério. – ele fez um bico fofo e entregou o objeto.

—Vai assustar as crianças.

—Tudo bem, mas o apito fica. – Edward pegou uma caixa que estava no chão da cozinha e colocou sobre a mesa. – Esse é o bebê de vocês. – pegou uma boneca e estendeu para eles. Luke a pegou pelo pé, deixando o bebê pendurado e Edward teve que usar o apito para censurá-lo. – Isso é jeito de pegar a sua filha?

—Desculpa pai. – ele gaguejou quase deixando o bebê cair. – Vou segurar direito. – avisou se atrapalhando todo com a boneca. – Como que carrega isso?

—Assim. – Bella deu meia volta na mesa e demonstrou, os dois olharam com atenção.

—Esse é um bom momento para tirarem fotos de como se faz, ou vão querer deixar a filha de vocês cair? – os dois se apressaram em pegar o celular. – Muito bem. Instalei um dispositivo dentro da boneca e quando apertar isso aqui. – ergueu um controle. – Ela vai começar a chorar e é função de vocês dois, a fazerem parar de chorar. Vou entregar um cartãozinho dizendo o que o bebê tem e terão que se virar para resolver a situação. Só será permitido fazer uma pergunta. Então, sejam espertos. – Edward não deu tempo para eles pensarem muito e apitou os deixando apavorados.

—Posso tomar meu café primeiro? – Emily perguntou e Edward apertou uma buzina assustando os três.

—Acaba de gastar a sua pergunta. – apontou para ela. – E a resposta é, pode qualquer o que conseguir preparar. Sua mãe e eu comeremos aquele prato de panquecas enquanto vocês prepararam o café de vocês.

—Sim, senhor. – Luke resmungou levantando e Bella passou o bebê para os braços de Emily.

—Você se superou, amor. – ela deu um beijo nele e pegou as panquecas. Edward deu um sorriso maquiavélico e apertou o controle.

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—O bebê está chorando. – o barulho era estridente e o jovem casal olhou aflito para a boneca. Edward apenas estendeu um cartão para eles que dizia: o bebê fez cocô.

—O que a gente faz? – Emily olhou para o namorado em busca de ajuda. – Eu não aprendi muito bem como se troca.

—Deixa comigo. – Luke pegou o bebê e colocou sobre a mesa.

—Vai trocar o bebê na mesa da cozinha? É sério isso? – Bella perguntou segurando o riso, ela amaria cada segundo daquele treinamento.

—Leva lá para o banheiro, amor. – Emily sugeriu feliz por ter tido aquela “brilhante” ideia.

—É claro. Cadê a fralda, pai?

—O filho é de quem? – ele devolveu a pergunta.

—Não temos fraldas. – Lule olhou desesperado para a namorada. A filha nasceria logo e eles não tinham fraldas. Pelo menos era isso que eles achavam, mas Bella e Edward já tinham comprado tudo para a neta e para o filho. Eles teriam um menino.

—Então vai comprar. – Emily pegou a boneca nos braços enquanto o namorado saia correndo. – E me traga uma rosquinha. Dá para desligar isso? Está me incomodando. – ela pediu balançando o bebê.

—Não sei. Dá para desligar um bebê, Google? – ele perguntou ao celular.

—Não. – foi à resposta obtida. Ele deu de ombros e fez um sinal para ela de: se vire.

—Isso é tão injusto. – ela grunhiu e saiu da cozinha.

—A vida não é justa querida. – Bella gritou para filha e se virou para Edward que gargalhava. – O que foi?

—Coloquei graxa no cocô do bebê, eles vão ficar horas tentando limpar. – ele quase caiu da cadeira de tanto rir.

—Como você é mau. Estou adorando isso. – ela também riu.

Luke e Emily levaram exatos 54 minutos para fazerem o bebê parar de chorar. Eles apresentaram com orgulho, a boneca limpa e respiraram aliviados quando Edward apertou o botão para desligar o barulho. Mas, infelizmente, o sossego deles durou apenas dois minutos, pois o bebê voltou a chorar.

—O que foi dessa vez? – Emily gritou irritada e Edward apenas entregou um cartãozinho e dessa vez dizia: o bebê está com fome. – O que a gente dá para ele?

—Dá cereal. – Luke respondeu exasperado, ele estava atrasado para o treino.

—Sério que quer dar cereal para a nossa filha? É assim que vai ser?

—Quer saber, Emily? Estou cansado e tenho mais o que fazer. Você cuida dessa criança chata. – ele jogou a boneca para ela e Edward se levantou irritado.

—Senta aí agora. Os dois. – ordenou sem dar margem para discussão. – Não é assim que banda toca Luke. Os dois precisam estar unidos para cuidarem desse bebê. Estou cansado de ver os dois apenas esperando que façamos algo. Vocês não são mais crianças e precisam ter responsabilidade. E se de alguma forma estão se esforçando para fazer algo, está muito pouco aqui. Se não dão conta de cuidar de uma boneca, como vão cuidar da Vanessa? – os dois abaixaram a cabeça, envergonhados. – Luke vá para o seu treino e esfrie a cabeça. Emily vá fazer as suas atividades e depois sua mãe quer te ensinar algumas coisas. – ele levantou deixando os dois a sós.

—Desculpa, Ems. Estou sendo um idiota com você, mas prometo que vou ficar ao seu lado e vou esquentar o leite para o bebê antes de ir treinar.

—Obrigada. – deu um beijo no rosto dele. – Vou lavar as vasilhas. – ele pegou o bebê nos braços e começou a balançá-lo enquanto preparava o leite. – Veja se a temperatura está boa. – ele pingou uma gota na mão da namorada.

—Está sim. Aqui está a mamadeira. Será que tem que desinfetar antes? – perguntou lendo o rótulo da embalagem.

—Seu plano está dando certo. – Bella e Edward estavam na porta espionando os dois.

—Ainda bem, porque ele está só começando.

[...]

Luke deu um pulo da cama acordando assustado com o barulho de “choro” do bebê.

—Que horas são? – Emily espreguiçou na cama.

—Duas e quinze da manhã, mas que merda. – Luke pegou o bebê no colo e se abaixou para pegar o pequeno cartão que estava no chão.

—O que é agora? – ela perguntou estendendo a mão para pegar a próximo instrução. – Está em branco.

—O que a gente faz agora? – o choro aumentou e eles olharam um para o outro sem saber o que fazer. Eles olharam a boneca e ela estava limpa.

—Deve ser fome. – os dois desceram para preparar a mamadeira e mesmo após alimentar o bebê, ele continuava chorando.

—Não sei o que pode ser. – Luke levou às mãos a cabeça. – Vamos perguntar ao papai. – ele subiu as escadas e bateu a porta do casal, mas não obteve resposta. – Estamos por conta própria.

—Eles não estão quarto? – Emily perguntou balançando o bebê.

—Se estão, não querem responder, mas tenho certeza que o papai está ouvindo.

—Por que os bebês choram? Temos que tentar tudo até ele parar. – Luke digitou no mecanismo de buscar.

—Precisa comer.

—Já tentamos isso.

—Fralda suja. Já tentamos isso também. Está com sono.

—Será? – ela balançou o bebê tentando fazê-lo dormir, mas não deu certo também. – Qual é o próximo item da lista?

—Precisa arrotar. Me dá aqui. – Luke colocou a boneca na posição indicada. – Também não é isso. – falou irritado, mas controlando o tom de voz. – Dor de barriga. – os dois se olharam e pesquisaram como fazia para resolver o problema da dor de barriga do bebê.

Os dois passaram a madrugada toda tentando fazer o bebê parar de chorar e só conseguiram por volta das 6 horas. Edward encontrou o jovem casal dormindo apoiados na mesa da cozinha. Ele até ficaria com pena deles, mas o treinamento não poderia parar. Seria uma semana muito interessante.

—De pé, pessoal. – gritou soprando o apito. – A fase dois começa agora.