Asas douradas - Fremione

Capítulo 22 - Entre o certo e o fácil


Capítulo 22 – Entre o certo e o fácil.

Desde a partida dos gêmeos, Hermione tem focado bastante em seus estudos e também no plano de resgate de Nick. Draco Malfoy passava informações quase que diariamente sobre a movimentação na mansão Malfoy. De fato, ainda não confiava completamente no loiro, mas se ele era a melhor (talvez a única) chance que tinha de resgatar Nicholas, ela o ajudaria.

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— Esteja preparada, Granger. – o sonserino sussurrou quando trombou com a castanha em um corredor vazio. – Eles estão planejando algo grande, é nessa hora que precisamos agir.

— Certo. Mantenha-me informada. – Hermione sussurrou de volta e voltou a caminhar normalmente. Sua mente estava trabalhando na velocidade da luz e tudo o que ela precisava naquele momento era do conforto dos braços de Fred.

Já em seu quarto, sozinha dessa vez, Hermione se jogou em sua cama e suspirou alto. Estava cansada, essa era a verdade. A castanha retirou de baixo do travesseiro a carta que recebeu de Fred e voltou a lê-la pela trigésima vez.

“Para a mais bela moça do mundo mágico;

Começo essa carta com um pedido de desculpas por ter ido embora sem ao menos te avisar sobre a data de minha partida. Não fique com raiva de mim, Mia. Eu simplesmente não sou muito bom com despedidas (George então, nem se fala!).

Não é um adeus e jamais será. Eu amo você e tenha certeza de que não importa a distância entre nós, os nossos corações sempre estarão ligados um ao outro. Realmente, se me contassem que daqui a alguns meses eu seria um romântico bem clichê eu mandaria a pessoa para um lugar não muito agradável.

Não desista, meu anjo, fortaleça e alcance o topo do mundo.

Ps.: Essa última frase eu roubei de um livro trouxa, até porque algo tão profundo nunca sairia da boca de Fred Weasley.

Amo você,

Freddie.”

Hermione sorriu e limpou algumas lágrimas que caíam sob seu rosto. O sorriso dele estava vivo em sua mente e quando as coisas pareciam muito difíceis para ela, Hermione sempre se lembrava das risadas dele. Ah, como sentia a falta dele.

*****

Fred sorriu quando Hermione invadiu seus pensamentos. Só Merlin sabia o quanto sentia falta de sua castanha. Ah, se a vida fosse fácil... ele a sequestraria e a levaria para conhecer os lugares mais incríveis do mundo mágico.

— Eu sei que o nome Hermione não sai da sua cabeça, mas se você não se concentrar, fica difícil de localizar essa família. – George murmurou. Os gêmeos estavam de mãos dadas e sentados no chão de uma floresta.

— Foi mal, mano. – Fred sorriu e fechou seus olhos se concentrando em qualquer rastro de magia que pudesse sentir. – Não dá, ainda falta força.

— Temos que expandir nosso núcleo mágico então. – George concluiu e se levantou enquanto tirava algumas folhas grudadas em sua calça. – Vamos voltar para a loja primeiro e então pensamos em um treinamento.

— Certo. – Fred suspirou e fez o mesmo que o irmão. – Isso vai demorar mais do que o esperado.

— Nem me fale. – George bagunçou os cabelos.

*****

“Senti sua falta.” – Leo sorriu enquanto abraçava Hermione. Os dois se encontravam em um campo verde que parecia não ter fim.

“Você quem não vem mais me visitar.” — ela apertou o menino.

“Fiquei sabendo através de Hope sobre o plano de resgate de Nick.” – falou depois de se soltar da castanha. – “Confesso que parte de mim está ansioso para que Nicholas possa finalmente ter sua liberdade, mas parte de mim está angustiado porque é um plano muito arriscado e a vida de muita gente está em jogo, inclusive a sua.”

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“Não se preocupe comigo, Leo.” — ela sorriu – “Eu devo minha vida a ele. Farei de tudo para resgatá-lo.”

“Eu confio em você. Estarei te olhando das estrelas.” — Leo ficou na ponta de seus pés e tocou a testa de Hermione com a ponta de seus dedos e então ela foi levada dali.

******

“Ah, o amor. Qual é o poder do amor? Você com certeza não sabe e temo que nunca saberá o significado desse sentimento tão doloroso, mas tão viciante. O laço entre um ser divino e um mero humano é repleto de sentimentos, dentro deles, o amor. Não feche seus olhos para o óbvio.”

Hermione lia com atenção o diário que recebeu de Malfoy e tentava entender qual era o verdadeiro significado das palavras ali escritas. Seria apenas um desabafo? Ou estaria Abraxas Malfoy se referindo ao ritual?

A castanha levou um susto quando uma coruja negra apareceu em sua janela. Abriu rapidamente para que a ave entrasse. Só pela postura daquela bela coruja, Hermione tinha a certeza absoluta de que era uma coruja Malfoy. Desistiu de acariciar suas penas negras ao receber algumas bicadas e logo abriu a carta que, sinceramente, estava mais para um bilhete.

“18 de junho. Esteja preparada.”

Sentiu seu coração apertar e sua mão suar levemente. Rapidamente ela pegou um papel em sua gaveta e escreveu uma carta para Fred avisando-lhe o dia do plano. Entregou a carta para a coruja Malfoy que ainda estava ali e pediu para que levasse até Fred Weasley. Apesar de parecer ofendida por receber ordens de alguém que não era seu dono, a coruja negra partiu com a carta no bico.

******

18 de Junho

— Não, Lea. – Hermione falou pela vigésima vez. – Eu não posso permitir que você vá. Eu preciso de você aqui para que possa dar cobertura para mim e o Malfoy.

— Você está dizendo isso porque eu sou nova, mas eu tenho meus poderes de anjo caído e esses eu sei controlar melhor que você! – rebateu a loira indignada.

— Eu sei disso. Só que você acha que vou deixar você correr o risco de perder o controle de seus poderes na toca dos comensais sendo que é isso que eles estão atrás? – a mais velha questionou – Você fica. – completou firme.

— Não me conformo com isso. – a pequena bufou.

— Pois pode começar a se acostumar com essa ideia. – Hermione falou. As duas estavam andando pelos corredores de Hogwarts, mais especificamente indo em direção a passagem secreta que leva até Hogsmeade.

MIONE! – Harry surgiu correndo assustando as duas. – P-preciso de você. – ele falou ofegante.

— Se eu fosse um dos gêmeos com certeza teria te zoado pelo duplo sentido dessa frase. – Hermione riu nervosa. Imagina se ele estivesse chegado quando Malfoy estivesse se juntado a elas? – O que aconteceu, Harry? Você está pálido! – Ela falou mais séria ao notar a situação de seu amigo.

— É o Sirius! – ele falou ainda tentando recuperar o fôlego. – Ele foi atraído até o ministério e foi atacado por comensais. – ele falou rápido.

— Hun? – Lea questionou confusa.

— Eu consegui entrar na mente de Riddle por alguns segundos e vi Sirius sendo torturado! Eu tenho que ir até lá.

— E como você pretende fazer isso sozinho? – a loira perguntou.

— Ele não está sozinho, Hope. – Rony apareceu atrás com alguns membros da AD. – Nós vamos com ele.

— Luna! – Hope exclamou e foi abraçar a irmã.

— Precisamos de você, Mione. – Harry falou e segurou a mão da castanha que tremia levemente.

— E-eu... – ela sentiu seu corpo travar enquanto sua mente trabalhava na velocidade da luz. Ir ao resgate de Sirius ou Nick? – Bosta. – ela xingou e deu um soco na parede. Xingou mentalmente ao sentir a dor do impacto e sentir filetes de sangue escorrerem por entre os dedos.

— Mi! – Ginny exclamou surpresa e se aproximou da amiga, segurando sua mão machucada e recitando alguns feitiços de cura. – O que tem na cabeça para fazer isso?

— Desculpa, Gi. – Hermione sentia seu corpo todo tremer.

“Vai haver uma hora que você vai ter que escolher entre o certo e o fácil.” As palavras de Nicholas invadiram sua mente. Como pode haver a definição de certo e fácil quando a vida de pessoas queridas está em jogo?

— Mione. – Harry se aproximou e colocou as duas mãos no rosto da amiga. – É a vida de Sirius. Não estou entendendo o porquê de você estar agindo assim.

— Porque eu tenho escolhas para fazer e em todas as opções a vida de alguém está em risco. – Hermione sorriu triste e sentiu seus olhos encherem de lágrimas.

— Mia, vá. – Hope também se aproximou. – Eu sou o suficiente.

— Não, eu já disse que você não pod...

— Mia! – exclamou – Eu sei dos riscos que estou correndo, mas não posso ficar presa, não mais. Eu quero lutar por aqueles que eu amo e defendo. – ela falou mais calma e a castanha sentiu suas lágrimas escorrerem pelo seu rosto.

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – Harry bagunçou seus cabelos nervoso. – Mas que droga!

Granger. – uma voz rouca surpreendeu todos ali e quase todo mundo franziu a testa ao ver Draco Malfoy com os braços cruzados e encostado na parede.

— Harry, eu sinto muito. – Hermione chorava junto de seu coração igualmente quebrado e segurou com delicadeza o rosto de seu amigo antes de ficar na ponta dos pés e beijar sua testa. – Vai dar tudo certo, acredite. – ela falou antes de se afastar e sair correndo na direção de Malfoy que a segurou delicadamente pelo cotovelo e a conduziu até a entrada da passagem secreta. Hermione olhou uma última vez seus amigos que a olhavam chocados e seu coração se quebrou mais ainda ao encontrar raiva e decepção nos olhos de seu melhor amigo e irmão. – Eu sinto muito mesmo, Harry.

E assim, ela partiu junto de Draco Malfoy.