Asas douradas - Fremione

Capítulo 16 - Especial GxA


Capítulo 16 – Especial GxA

George andava sozinho pelos corredores de Hogwarts. Já havia passado do horário, mas conhecia muito bem a rotina de Flitch para ser pego. Muitas coisas haviam acontecido: o Torneio Tribuxo, o começo e o fim do namoro de seu irmão e claro, Hermione Granger.

Era o último dia em Hogwarts antes de voltar para casa, por isso decidiu respirar um pouco de ar fresco. O ruivo murmurava alguma canção qualquer quando o som de choro chamou sua atenção. Era fraco e precisaria de uma boa audição para escutá-lo, o que não era um problema para ele que tinha seus ouvidos treinados para ouvir o som de sua mãe se aproximando do quarto dos gêmeos na Toca. Se aproximou do armário de vassoura e cuidadosamente abriu a porta, com a intenção de ver quem era. Para sua surpresa, era a ex namorada de seu irmão: Angelina Johnson.

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Angelina era uma garota forte e nunca a viu chorar durante os anos. A garota negra estava sentada no fundo do armário com a cabeça coberta por suas mãos.

— Quem está aí? – ela levantou seu rosto. George pôde perceber o exato momento que a expressão dela mudou de assustada para alívio. Ela se levantou e voou na direção dele numa velocidade que deixaria a Firebolt de Harry com inveja. – Por favor, não me deixe.— foi aí que o ruivo percebeu que ela não estava o enxergando, mas sim Fred.

— Angie, eu não... – ele foi interrompido pelos lábios dela. O beijo era algo calmo como se quisessem conhecer lentamente cada canto da boca do outro.

— E-eu sinto muito, Fred. – a garota logo se separou. – Eu sei que ambos concordamos em nos separar e que não estamos prontos para ter um relacionamento sério, mas eu me sinto muito sozinha. – ela chorava e George permaneceu calado. Se o desabafo faria Angelina se sentir melhor, então ele fingiria ser Fred. – Eu sempre tive medo de rejeição e por isso agia de forma tão controladora e ciumenta. Me desculpe. Me desculpe. – ela repetiu as últimas palavras pelo menos umas cinco vezes. George suspirou e abraçou a grifinória, fazendo carinho nos longos cabelos dela.

— Não te quero ver chorar, okay? – ele falou e ela balançou a cabeça.

— Obrigada. – ela se afastou e limpou as lágrimas. – Obrigada mesmo, George. – ela tentou sorrir antes de sair correndo. George ficou estático no lugar. Como ela descobriu que era ele e não Fred?

*****

George Weasley ficou as férias sem comentar sobre a cena daquela noite. Evitava pensar nela também e tentava se distrair com outras coisas, sem sucesso. Desejava voltar para Hogwarts o mais rápido possível e conversar com Angelina sobre o que aconteceu. Sempre gostou de resolver as coisas cara a cara e por esse motivo, não mandou nenhuma carta à grifinória.

Pediria para conversar, esclareceriam os pontos e então seguiriam com suas vidas. O plano parecia perfeito na mente de George, mas ao voltar para sua amada Hogwarts, tudo aconteceu de forma oposta. Se encontraram no mesmo armário de vassouras e ao invés de conversarem, se beijaram.

E assim foi indo, se encontravam uma ou duas vezes durante a semana no início, mas logo se tornou algo diário. Não haviam conversas, não haviam explicações, era simplesmente desejo. Porém, uma hora teriam que sentar e conversar sobre o que estava acontecendo.

— Angie, precisamos conversar. – George disse entre beijos. Ela já se encontrava sem a camiseta e a roupa do ruivo estava quase tendo o mesmo destino.

— Agora? Tem certeza? – ela questionou enquanto passava suas mãos pelo cabelos ruivo dele.

— Cedo ou tarde teríamos que ter essa conversa, não tem com escapar. – ele se afastou e ela bufou. Ajeitou seus cabelos bagunçados e vestiu sua camiseta. Os dois se acomodaram no espaço pequeno do armário de vassouras. – O que nós temos? – foi direto.

Desejo. – ela respondeu também direta. Ela encontrou o olhar dele e desfez sua pose de durona. – Não há sentimentos específicos no que temos, George. – suspirou. – Eu mesma não sei como chegamos a esse ponto.

— Eu vou ser claro com você. – ele estava sério. – Eu gosto de você de uma forma que não imaginava. Eu tenho certeza do que sinto. A pergunta certa é: E você?

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— George... – ela suspirou. – Não vou mentir. No começo, eu não enxergava George e sim Fred. – ela disse sem graça. – Você era a forma que eu encontrei de voltar a ter o que eu tinha com Fred. Eu usei você, não que eu sinta orgulho disso.

— E agora? Eu ainda sou Fred para você? – ele questionou. Já desconfiava disso, mas ouvir direto dela fez seu coração doer.

— Não. – ela foi sincera. – Não sei te dizer quando exatamente que isso mudou, talvez tenha acontecido logo no começo, só não queria admitir.

— Isso significa...?

— Que eu gosto de você também, bobão. – ela sorriu. George suspirou aliviado e abriu um enorme sorriso também. Abraçou a morena e acariciou seus cabelos.

— Tem uma coisa que eu sempre fiquei na dúvida. – ele falou. O ruivo estava encostado na parede com a amada deitada no meio de suas pernas, apoiando as costas no tronco dele. – Como você soube que era eu na primeira vez que me beijou?

— Quando me abraçou. – ela disse envergonhada. – Entenda, meu namoro com Fred foi construído na base de ciúmes e insegurança por minha parte então eu soube que era você quando eu me senti em casa.

— Eu tenho a namorada mais linda do mundo. – ele sorriu e beijou a nuca dela.

— Namorada, é? Não estou sabendo dessa história. – ela disse marota.

— Podemos resolver isso, não? – ele falou malicioso e Angelina gargalhou.

*****

O casal de pombinhos optou por manter o relacionamento em segredo por enquanto já que era algo novo para ambos e não queriam a opinião alheia atrapalhando em nada.

George também não contou a seu irmão sobre seu namoro, mas tinha certeza que teria seu apoio. Além de que Fred já se encontrava apaixonado por um certo anjo.