Buon Natale
Natal Inesperado
P.O.V. Alec Volturi
Corro rapidamente pelo corredor do meu apartamento olhando o meu relógio de vez em quando. Sinto um baque que quase me fez virar para trás e vi que me bati em uma parede. Porcaria!
Não, tinha que ser eu. “Venham para casa, passamos o natal todos juntos aqui.”, parece que eu não penso.
Quando finalmente pude entrar em casa, eu vi que são sete da noite. Corri pro telefone e peguei a agenda, procuro um restaurante na lista e vejo Great Dinner, tento ligar mas dá desligado. Droga!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Tento mais quatro restaurantes e nada, decido ligar para o último, Green Place, e esse chama.
— Boa noite, aqui quem fala é Anthony Masen, em que posso ajudar? – Escuto uma voz masculina e suspiro de alívio.
— Boa noite, eu gostaria de saber se vocês estão fazendo entregas essa noite.
— Sim, senhor, até às 22:00.
— Ótimo, eu gostaria de fazer uma encomenda. – Calculo rapidamente o que seria necessário para mim, Jane, Demetri, Emmett e Rosalie e faço os pedidos.
— Até às 22:30 estaremos aí, senhor Volturi. Boa noite.
Desligo o telefone animado, depois olho ao redor e me desanimo novamente.
Minha árvore de natal tem apenas algumas bolas, com os enfeites ainda em caixas. Há roupas espalhadas pela sala, pacote de salgadinho, doce e alguns copos, meus projetos do trabalho de marketing estão espalhados pela mesinha de centro e posso ver algumas partículas de poeira voando.
Isso é que dá ser um procrastinador nato. Puxo as mangas de minha camisa social e suspiro.
— Bem, Alec. Agora mãos à obra.
(...)
Botei a estrela no topo da árvore e suspirei satisfeito. Arrumei a bagunça, lavei a louça, troquei as roupas de cama e a capa do sofá, espanei a poeira e ainda terminei de decorar minha árvore de natal. Foi um belo progresso. Peguei uma guirlanda e coloquei na porta, olho no relógio e são 21:43h, onde eles estão?
Aproveito e vou tomar um banho bem relaxante depois de tanto trabalho, quando saio visto uma calça jeans e apenas uma camisa polo, uma vez que o aquecedor está ligado.
Pego meu celular e vejo que há algumas mensagens:
Jane: Oi, irmão lindo, maravilhoso que cabe dentro do meu coração.
Alec: Fala logo, o que é?
Jane: Então, quando nós estávamos saindo a família do Demetri chegou aqui, não vai dar para a gente ir. :/ Mas prometo que amanhã nós passamos aí. :)
Alec: Okay. Tudo bem, feliz natal para vocês. :*
Esfrego os olhos nervosamente, pelo menos Rosalie e Emmett ainda vem. Vejo que ainda tem mensagem e visualizo:
Emmett: Cara, deixa eu te falar, não vai dar para a gente ir. :/
Alec: O quê? Por quê? Aconteceu algo?
Emmett: Sim, a mãe da Rosalie chegou e convocou que ficássemos na casa dela. ¬¬°
Alec: Nossa, e Jane e Demetri também não vem. :(
Emmett: Quer vir para cá?
Alec: Não, de boas, feliz natal para vocês. ;)
Boto meu celular em cima da mesinha de centro e me jogo no sofá. Seria muito tarde para fazer um macarrão instantâneo e hibernar?
O interfone toca e eu o atendo.
— Boa noite. – Eu falo.
— Boa noite, aqui é Renesmee Masen do Green Place, eu vim trazer sua encomenda, senhor Volturi. – Uma voz doce falou.
Bato a mão na testa, havia esquecido completamente disso.
— Ah, claro, você poderia subir? É o terceiro andar.
— Sim, senhor.
Desligo e vou para o espelho, arrumo meu cabelo e fico na porta esperando. Logo ouço uma batida e abro a porta, vendo uma mulher ruiva, de olhos verdes, um pouco mais baixa que eu – com auxílio de saltos – e vestindo um vestido cinza.
— Senhor Volturi? Aqui estão as coisas. - Ela diz, me estendendo algumas sacolas.
Olho pra elas tristemente, acho que vou ter que dar pela vizinhança, eu não vou comer tudo sozinho.
— Senhor Volturi? - Ela chama minha atenção, parecendo preocupada.
— Ah, é, quanto é mesmo?
— Deu duzentos dólares.
Pego minha carteira no bolso e de repente uma ideia passa pela cabeça.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Para onde você vai agora? - Pergunto, minha cabeça maquinando. Enquanto pago a encomenda.
— Vou para casa passar o natal. - Falou como se fosse óbvio.
— Sabe, você não quer ficar aqui?
— Você está louco? Bebeu? - Perguntou, olhando para os lados. - Isso é coisa do Anthony, não é?
— Anthony?
— Meu irmão, mas por que quer que eu entre? Vai me matar? Sequestrar? Me vender no mercado livre? Eu nem sou bonita. - Ela falou atropelando as coisas e depois da segunda frase eu já havia me perdido. Droga de lerdeza.
— Quê? Não, moça. É que eu estou sozinho aqui em casa e vou passar o natal sozinho pra comer isso tudo. - Explico rapidamente, e ela me olha confusa.
— Hum, deixa eu ver se entendi. Você está sozinho aqui, e está me chamando para ficar com você? Um desconhecido?
— An... Sim?
— E o que faria ficar? – Ela perguntou, arqueando a sobrancelha.
— Bem, eu sou uma boa pessoa, vou ficar solitário e tem comida. – Abro um grande sorriso e ela começa a rir, me empurrando para o lado.
— Okay, vou ficar até às onze porque vou para a casa dos meus pais. – Ela falou, já entrando e ficou em dúvida para que cômodo ir.
— A cozinha é à esquerda.
— Obrigada. – Ela disse indo para lá, eu fechei a porta e a segui.
— Já que não estamos mais em relações profissionais posso perguntar uma coisa? – Ela perguntou, me encarando com seus olhos brilhando em curiosidade.
— Pode. – Respondi hesitante.
— Por que pede tudo isso de comida se vai comer sozinho? Ou você pede isso tudo e quer comer a entregadora?
— É o quê? – Ela só pode estar louca, vou procurar o filtro dela porque isso não pode ser normal.
— É, esqueminha. Mas essa aqui não, até porque eu sou cozinheira. – Ela comentou.
— Bem, respondendo a sua pergunta, eu estava esperando alguns amigos e minha irmã aqui em casa, mas eles deram furo. – Comento emburrado. – Vamos para a sala.
— Okay, seus amigos e nem sua irmã não te chamaram? Se fizessem isso comigo eu dava um gelo.
— Sim, minha irmã não sabe que estou só, e Emmett me convidou, mas eu não queria ir. – Digo e dou de ombros. – E você? Por que abriram o restaurante na véspera de natal? Não que eu esteja reclamando, é que liguei para uns cinco antes de vocês.
— Bem, é que o restaurante é novo, então decidimos abrir. – Ela comenta, sentando-se no sofá.
— Ah, eu nem te ofereci um vinho, aceita?
— Eu não deveria, estou dirigindo. – Ela diz, hesitante.
— Vamos lá, você pega um táxi, posso pedir para colocarem seu carro na minha vaga reserva.
— Está bem, está bem. Um pouquinho não vai fazer mal, só espero não contar todos os meus segredos. – Ela disse, divertida.
— Bem, você já não tem filtro algum sóbria. – Comento e vou para a cozinha buscar as taças e o vinho.
— Hey, Volturi! Olha a intimidade. – Ela falou, indignada.
— Bem, Masen, você que começou. E pode me chamar de Alec. – Digo, voltando e nos servindo.
— Pode me chamar de Renesmee, ou Ness.
— Ness, sou preguiçoso. – Digo e ela ri.
— Comemore que eu vim entregar, sua véspera de natal vai ser muito melhor com Renesmee Masen presente. – Ela diz, dando uma piscadinha divertida.
— Falando nisso, você disse que é cozinheira, por que estava fazendo entrega?
— Eu perdi no ímpar/par, porque só estávamos Tony e eu no Green Place para cozinhar e entregar, um de nós tinha que vir, porque dispensamos o entregador por ser natal.
— Ah, sim. Meus pais moram na Itália, então não tive como ir. – Digo, sorrindo saudoso.
— Eu percebi o sotaque. – Ela deu um gritinho animado. – Os meus pais são daqui de New York mesmo, os pais deles que são da Califórnia, então passamos o natal nós quatro aqui. – Ela explicou, sorrindo.
— Bem, por que Green Place? – Pergunto curioso.
— Porque eu e Tony amamos verde, de qualquer tom, então montamos um restaurante com vários tons de verde. – Ela explicou.
— Algum dia preciso ir lá para ver com meus próprios olhos.
— Sim, será um prazer. Mas você sabe muita coisa sobre mim, o que você faz?
— Trabalho em uma empresa de marketing, eu que fiz a nova propaganda da Coca-Cola. – Digo orgulhoso.
— Não brinca! Eu amo aquela propaganda, você é um gênio.
— É o que dizem. – Digo, dando uma piscadinha. – Mas o trabalho foi em equipe, ao todo somos 7.
— Ah, sim. No restaurante somos eu, Tony, Seth, e Jasper na cozinha, e Mike entregando. Temos uma boa relação e até que temos movimento, um sonho realizado. – Ela diz, parecendo feliz.
— Fico feliz por vocês. – Digo sinceramente.
Nós ficamos conversando por mais algum tempo, Renesmee não é tão má, ela na verdade é uma mulher incrível. Falou sobre o que aprontava na infância com Anthony, como fazer bombinhas caseiras no quintal e deixar a mãe louca. Falou sobre sua vida atual e como ela está gostando. (Inclusive falou que está solteira, o que me deixou até mais alegre.)
Eu também falei sobre mim, minhas proezas com Jane e meus desejos, rapidamente uma garrafa e meia de vinho se foi, estávamos rindo de mais uma coisa louca que fizemos na infância quando olhei no relógio e vi que são 23:17h.
— Ness, já são onze horas. Você não disse que tinha que ir? - Pergunto, me desanimando.
— Bem, eu tenho que ir, mas você não tem que ficar. – Ela falou, se levantando e pegando minhas mãos.
— Como assim? – Ser lerdo é uma droga.
— Vem comigo, vamos para a casa dos meus pais. – Ela chama. – Por favor, por favor, por favor.
— Não, Ness, não quero ser intrometido.
— Por favor, Alec, não vou te deixar aqui sozinho.
— Não, Ness.
— Vou ter que partir para medidas drásticas. – Ela ameaçou, se aproximando.
— Como o quê? – Pergunto confuso, ela me enforcaria?
— Não. – Ela sussurrou e me deu um selinho. – Por favor. – Diz e me dá mais um. – Por favor.
Agarro sua cintura e a puxo mais para perto, profundando o beijo, a deixando o mais perto possível de mim.
Seu beijo estava com gosto de menta e vinho, mas mesmo assim estava espetacular. Quando nos separamos para respirar ela perguntou:
— E agora? Você vai? – Ela perguntou baixinho.
— Desde que não me leve para um cemitério, pode me levar a qualquer lugar.
— Bem, eu não, mas meu pai e meu irmão podem fazer o serviço. – Ela brincou.
— Não me faz desistir.
— Nunca, vamos logo. – Ela me deu mais um selinho e me puxou pela porta.
Nunca fiquei tão feliz de ser abandonado no natal, porque o Papai Noel providenciou um presente para mim, e não poderia ser mais perfeito que esse.
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