Por favor, não pense que a protagonista desta história é uma frágil garota de olhos bonitos e corpo chamativo. Ela não vai se encaixar no clichê de princesa no alto da torre esperando por um príncipe. Mesmo antes de nascer, ela lutava. E talvez seja por isso que nasceu para ter uma alma rubra.

— Papai, por favor, papai! – Uma mão pequena e ossuda segurava desesperadamente em um casaco verde completamente molhado.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Eu prometo que volto, Kate. – Um pai totalmente desesperado empurrava sua filha para longe, para uma mão desconhecida.

— Não, papai, não me deixe aqui. – Kate sentiu uma mão grossas segurar seu corpo, puxando-a para trás, suas unhas arranharam o casaco dele que lentamente foi levantando caminhou sem olhar para trás, tentado ignorar os gritos e choro de sua única filha.

Kate tinha apenas dez anos quando a Polônia foi invadida pelos nazistas. O seu bairro foi completamente destruído. Eram tempos de guerra, tempo das grandes doenças e de muita neve. Ela veria sua mãe ser brutalmente assassinada, e por muito tempo, Kate vai se perguntar por que sobreviveu. Muitos podem dizer: “Não era seu dia”, mas isso não é verdade. Ela não trazia dentro o fio prateado da morte; o dela tinha a cor rubra da vida eterna.