A Proposta

Capítulo 29


Gustavo posicionou a tesoura no laço rosa que selava a porta da frente e disse, orgulhoso:

— Está aberto o Novo Centro Rio Grande do Sul.

Aquele era o terceiro Centro que abriram, e havia mais dois por vir, um em Recife no Pernambuco e outro em São luís do Maranhão.

A multidão aplaudiu entusiasmada, e o rosto mais feliz era da sua amada mulher, apoiada em Dulce, agora com 9 anos, batendo a mão na coxa em vez de bater palmas. A outra mão segurava a barriga enorme que despontava do vestido.

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Ao passar a tesoura para o gerente que Cecília indicara para aquele centro, ele foi para o lado dela e, no caminho, pegou Artur, de 2 anos, no colo.

O rosto do menino estava coberto de chocolate.

Ele tirou um lenço do bolso e tentou limpar um pouco. Era engraçado pensar que, três anos antes, ficaria horrorizado se tivesse um filho tão bagunçado.

Dulce estava com a mão na cintura de Cecília. Ela não desgrudava da mãe, era formidável o vínculo que elas tinham.

Sua esposa sorriu para ele, mas havia dor em seus olhos.

— Lembra que eu disse de manhã que achava que ia estourar?

Ele arregalou os olhos.

— Está na hora?

Ela assentiu.

— Papai me dá o Artur, eu cuido dele – disse Dulce, puxando o menino dos braços de Gustavo. Ela segurou-o no alto e estalou a língua.

Gustavo ficou na dúvida se devia deixa-la carregar o menino.

Ela ainda era tão novinha!

Mas sorriu e não viu problema naquilo.

— Filha, sua tia Estefânia vai com cuidar de vocês enquanto eu estiver com a mamãe, está bem? – perguntou ele, segurando a mão de Cecília.

Ela apertou com tanta força que ele fez uma careta e quase sentiu a contração.

— Tudo bem pai, vão logo. Parece que que minha irmãzinha está para chegar. - Os olhos de Dulce brilharam. – Eu cuidarei do meu irmão. Cuida da minha mãe, amo vocês. – Segurando firme o menino, que esperneava para descer.

Ela se despediu dos dois e passou a mão pela barriga de Cecília.

Dulce parecia que ia explodir de animação, enquanto os olhos de Gustavo estavam emocionados.

Desde a conversa no quarto, a relação dos três, agora quatro e mais tarde cinco, havia melhorado muito. O nascimento de Artur cimentara o novo elo entre eles.

Os quatro adoravam ficar entre eles conversando, brincando, se divertindo...

Dulce não tinha mais a insegurança em relação ao amor que sentiam por ela. Pelo contrário, vivia saltitante pela casa, feliz com a chegada do irmão. E quando soube que iria ganhar uma irmãzinha, até chorou de tanta felicidade.

Ela não tinha mais reservas, confiava nos pais e contava sobre tudo.

E sobre o irmão, ela o adorava e virava uma leoa para defendê-lo.

E Artur amava tanto a irmã que tinha vezes que só ela para acalmá-lo.

Era lindo de ver como eles se amavam.

Cecília e Gustavo se orgulhavam da relação que os irmãos tinham.

— Ligue para a Fátima – disse Cecília, arfando. Ela conseguiu dar um sorriso. – Acho que esta está com pressa. – Dando um beijo em Dulce e Artur. – Cuidem um do outro, eu amo vocês.

E exatamente a 1 hora e 38 minutos depois, Sofia dos Santos Lários veio ao mundo. A mãe estava cansada, mas delirante de felicidade. O pai não sabia quem beijar mais, se sua linda esposa ou sua linda filhinha.

A irmã mais velha estava ao lado da mãe o tempo todo depois que Cecília foi para o quarto da maternidade. Já Artur dormia feito pedra depois de ficar exausto de tanto brincar.

Dois dias depois, já estavam em casa e seus sonhos eram preenchidos com toda a felicidade que conheciam.