POV Nessie

Eu tinha mesmo feito aquilo?

Era a pergunta que rondava a minha mente, enquanto eu corria em direção a um odor meio repugnante, mas que parecia ser bom. Fechei os olhos e fiz como Jake mandou. Corri rapidamente até o animal, que percebi ser um viado, e de repente, senti minha garganta arder como nunca. Abri a boca, ameçando um rosnado e segurei firme o animal. Cravei os meus dentes em seu pescoço, como imaginei que fariam, e suguei seu sangue.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

(...) [N/A: Eu não quis detalhar muito, pois é um pouco nojento isso :P]

- Nessie? - Ouvi uma voz roucamente conhecida pronunciar, próxima ao rio que eu havia achado pelas redondezas, onde eu limpava minha face. - Você está aí? - A voz repetiu.

Eu não queria responder, pois sabia quem era o dono da voz: Jake. Eu tinha certeza que coraria ao vê-lo, pois lembraria do nosso beijo. Eu não precisava passar por mais esse momento embaraçoso hoje.

Estava agachada na beira do rio, pensando com os meus botões, quando de repente, a terra cedeu e eu caí naquele rio gelado.

Ele parecia fundo, mas graças ao meu lado vampira, eu sabia nadar, mesmo nunca tendo praticado. Levantei a cabeça, em busca de ar e percebi que a correnteza me levava em seu curso.

Lutei contra a mesma, mas ela parecia me puxar bruscamente para sua nascente, enquanto eu nadava contra a correteza, sem sucesso.

- NESSIE! - Ouvi a voz apavorada de Jake pronunciar. Nessa hora, a correnteza me puxou fortemente e, por um descuido, acabei me afogando. Voltei a superfície, meio atordoada, juntando todas minhas forças para ir contra a correnteza, mas quando percebi isso não era mais necessário.

Braços fortes me cercaram, e eu me senti um calor me preencher: Jake.

O abracei com todas as minhas forças, mas logo me separei, para nadarmos à borda. Ele segurou a minha cintura com uma mão e a outra nadou até a borda. Eu apenas me aconcheguei em seu calor, enquanto sentia seus musculos se contraírem devidos aos movimentos. Abanei a cabeça negativamente, pois estava prestando atenção em coisas inadequadas e quando vi, estava deitava na grama, com Jake ao meu lado.

- Você está bem? - Perguntou ele, fitando o céu, assim como eu. Tentávamos acalmar a respiração devido ao susto.

- Estou sim, obrigada. - Falei sinceramente.

- Não há de que. - Ele ponderou falar mais alguma coisa, mas acho que desistiu.

- Desculpe-me. - Respondi. Eu não queria tratar sobre o assunto do beijo, mas era necessário eu me desculpar por aquilo. Foi tudo por uma aposta, mas o que eu temia admitir para eu mesma, era que eu queria aquele beijo mais do que tudo. Corei com o meu pensamento atrevido e ele me encarou divertido.

- Desculpá-la pelo o que? - Perguntou com um sorriso torto em seus lábios carnudos.

- Pelo beijo. - Respondi encabulada. Abaixei o olhar, e fitei as copas das árvores que nos rodeavam. Pensei que eu podia ter reformulado a frase melhor. Eu podia ter dito pelo o que eu havia me arrependido: da aposta.

- Você não queria não é verdade? - Ele perguntou, com a voz mais rouca do que o normal. Me atrevi a fitá-lo, mas ele não me olhava. Seus olhos possuiam lágrimas contidas e automaticamente, me senti mau por faze-lo sofrer. Mas pelo o que ele sofria?

- Você está chorando? - Perguntei chocada.

Ele corou em baixo de sua pele avermelhada e deu um sorriso fraco, me fitando.

- Não estou. -Respondeu.

- Eu lhe magoei? - Perguntei temerosa. Não sei porquê, mas só de pensar em isto, meu coração já se contraía de dor.

- Acho melhor voltarmos. Já caçou, não é? - Perguntou ele, fitando o crepúsculo do dia. Eu nem havia reparado que já estava anoitecendo. Mas não deixei de reparar que ele mudara de assunto.

- Sim, já. Vamos logo, que os meus pais já devem estar me esperando. - Eu disse levantando-me e tentando limpar os vestígios de sujeira em meu vestido.

- Você não achou que o que aconteceu aqui foi parecido com o que aconteceu no penhasco? - Ele perguntou, enquanto se levantava. Fiz uma cara de interrogação e ele respondeu. - Penhasco, Embry, lembra? - Falou e eu assemelhei as palavras.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Claro. - Corei ao pensar que quase nos beijamos lá, mas aqui, não acontecera nada, infelizmente. O que é isso, Renesmee? Me repreendi.

- Você tem orgulho de seus pais não é? - Perguntou ele.

- Como? - Respondi com outra pergunta.

- Você falou com tanto orgulho quando disse \"os meus pais já devem estar me esperando\". - Ele respondeu.

- Ah, sim. Pelo o que eu pude ver, eles são as pessoas mais dóceis do mundo. - Respondi sorrindo. - O que você acha deles? - Logo ri ao terminar a frase, pois Jake fez uma careta. Durante esse momentos, caminhávamos lentamente até a Casa dos Cullen.

- A Bells arraza, mas o Edward.... - Ele fez novamente uma careta. - A gente se bica de frente. - Eu ri pelos termos que ele usou. - Digo, ele lê os meus pensamentos, isso além de roubar a minha privacidade, ainda me deixa desconfortável. A gente nunca se deu bem mesmo. - Ele resmungou.

- Por que? - Perguntei.

- Eu não posso mentir para você, Ness. Mas por favor, não me pergunta sobre esse assunto. - Pediu ele.

- Por que não? - Perguntei curiosa. Já disse que odeio quando as pessoa dizem que sabem de algo, mas não podem contar? Era isso que o Jake estava fazendo, como esfregar um chocolate na minha cara, e comer tudo sem dividir. Ri de minha comparação.

- O que é tão engraçado?

- Não muda de assunto. Por que você e o meu pai nunca se deram bem? - Perguntei.

- Quando eu era menor.. - Começou ele e riu. - Isso soou estranho. Deixe me corrigir. Quando eu tinha dezesseis anos... é. - Ele assentiu para si mesmo. - Sua mãe se mudou para cá. Ela ainda era humana e se apaixonou por seu pai. Mas... - Ele respirou fundo.

- Mas? - Perguntei.

- Mas ele a abandonou depois de um tempo, pois não queria machucá-la. Eu me aproximei dela e nos tornamos amigos. Seu pai pensou que ela havia morrido, pois a loira burra disse a ele que Bella se atirou de um penhasco.

Tapei minha boca com a mão, devido ao susto.

- Mas eu a salvei. - Glorificou-se. - Enfim, é uma longa história. No final, seu pai voltou e não gostou da minha aproximação com a sua mãe. É isso.

[N/a: Gente, o Jake foi MUITO evasivo, mas se vocês notarem ele atingiu o seu objetivo. Não mentiu para a Ness, mas nao contou que foi apaixonado pela Bella.]

- E papai não gostava disso, certo? - Perguntei.

- Não. - Ele riu.

- Atá. - Suspirei. Pelo menos, ele me contou, mas eu senti que alguma lacuna se formou nessa história. Quando chegasse em casa, perguntaria aos meus pais sobre sua história de amor.

- Entregue em casa, senhorita. Agora preciso ir. - Disse Jake apressado, enquanto saímos dentre as árvores, envolta da casa.

- Obrigado novamente, Jake. - Murmurei, dando um sorriso envergonhado. Claro que agora, em casa, eu não poderia penasr em nosso beijo, mas não podia evitar de lembrar o gosto de sua boca na minha. De sua lingua na minha, em uma batalha ardente e sensual... Renesmee! O que é isto menina? Me reprimi.

- De nada. Tchau, Ness. - Ele disse, dando um beijo demorado em minha bochecha e logo depois um suspiro.

Ele rapidamente desapareceu na floresta e logo após ouvi um uivo. Sorri e caminhei em direção a casa. Enquanto subia as escadas, fui surpreendida por minha tia Rosalie.

- Querida! - Ela sussurou horrorizada. Percebi que o meu vestido estaa todo molhado, devido ao incidente do rio.

- Oi, tia. - Dei um sorriso amarelho.

- O que aconteceu? - Perguntou ela.

- Eu caí em um rio próximo. - Murmurei envergonhada.

- Você está bem, querida? - Perguntei ela me abraçando. Tia Rosalie me parecia muito afetuosa e uma pessoa muito carinhosa.

- Sim, ela está. - Disse meu pai, aparecendo do nada pela porta, com uma expressão séria e o maxiliar trincado.

- Pai, você está bem? - Perguntei.

- Querida, acho que já entendi. Mas vá tomar um banho caso se não pode se resfriar. - Disse ela, me puxando pela mão.

- Tudo bem, tia. Mas não precisa me arrastar. - Falei rindo.

Fui até o meu quarto, onde tomei um banho relaxante de banheira, fiz a minha higiene completa. Saí apenas de toalha do banheiro, onde fui até o meu closet nem um pouco exagerado que Alice tinha feito.

Resolvi vestir um vestido tomara que caia, azul bebê. Coloquei uma tiara branca e deixei os meus cabelos naturais, com os cachos pendendo em minha cintura. Desci as escadas correndo, pois estava com muita fome, de comida humana obviamente.

- Oi mãe, pai. - Vi que eles estavam na cozinha, preparando algo.

- Oi filha. - Os dois responderam simultaneamente, com sorrisos estampados na face.

- O que vocês estam fazendo aí? É para vocês? - Fiz um biquinho e ri, afinal eu era a única na casa que comia comida humana.

- Sim, filha. E acho que não vai sobrar. - Minha mãe disse brincalhona. Eu ri.

- Cadê o tio Emmett e o tio Jasper? - Afinal, eu ainda não tinha visto eles pela casa.

- Estão atrás de sua tia Alice. Ela sumiu hoje pela floresta e vi pelos os seus pensamentos que ela não a levou para caçar. - Ele fez uma carranca engraçada.

- Ela está no shopping, pai. - Respondi revirando os olhos.

- Só podia. - Minha mãe resmungou.

- Vou ligar para o Jazz. - Meu pai disse, pegando o celular rapidamente.

- Quem está cantando? - Perguntei ao ouvir uma voz de sinos se aproximar, com uma cantoria assoviada.

- Sua avó Esme. Ela está limpando novamente a casa... E ouvindo a nossa conversa. - Respondeu meu pai, sorrindo um lindo sorriso torto.

- Isso mesmo, meu filho. Eu gosto de limpar, ok? - Ela falou próxima a sala.

- Já está pronta a comida? - Perguntei, sentindo a minha barriga reclamar de fome.

- Ainda não. Sabe que Carlisle acha que, pelo seu grande convívio com os humanos, isso a fez ser mais humana. Sua parte humana prevalesceu, mas se você tivesse crescido conosco, sua parte vampira teria se destacado. Talvez assim eu agradeça algo aos Volturi. - Disse meu pai.

- Nunca mais repita isso. - Eu sussurei, abraçando-o. - A melhor coisa que teria acontecido, seria eu crescer em meio aos meus familiares. Eu nunca renegaria a minha origem. - Eu disse.

- Filha, que palavras lindas. - Disse minha mãe, vindo me abraçar.

- Só podia. - Disse meu pai, rosnando.

- O que houve, Edward? - Minha mãe se alarmou com a súbita mudança de humor de meu pai.

- Jacob. - Ele falou e me encarou. Será que o Jake tinha pensado no beijo?

- EM QUE, RENESMEE? - Meu pai berrou alterado. Ele estava quase vermelho de raiva (se isso fosse possível para um vampiro), e começou a caminhar em minha direção. - O. ele. fez? - Perguntou Edward com o maxiliar trincado.

- Calma, Edward. - Minha mãe disse, contendo-o. - O que aconteceu, Nessie?

Me aproximei dela e a toquei. Relembrei da aposta que fiz com os guris quileutes e depois apenas pensei \"eu precisava comprir a promessa\".

- E aí pessoal? - Disse Jacob, entrando na cozinha e colocando a mão na barriga. - Hmm, comida. - O silêncio presenciou-se, minha mãe encarou meu pai, que apenas permanecia de olhos fechados, tentando se acalmar.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Foi tudo uma aposta? Um beijo? - Edward sussurou baixinho.

Eu não sabia o que responder, pois Jacob estava estático e eu não queria ferir os seus sentimentos. Mas ele nem devia sentir nada por mim, então resolvi falar a verdade. Pelo menos, o que eu achava ser uma inofensiva verdade. Mas às vezes, a mentira é necessária.

- Sim. - Assumi.