Dear Dollophead

Golden wires


Querido cabeça-dura,

Há um par de inúmeras coisas as quais eu não me recordo corretamente com relação à minha vida em Camelot.

Não consigo me lembrar das instalações do castelo, mesmo que eu tenha percorrido cada centímetro daquele local; por vezes, me foge a mente o cheiro da comida recém preparada da cozinha ou o tamanho do salão principal.

Não consigo me lembrar da floresta, mesmo que eu tenha perdido a conta de quantas vezes você me arrastou para lá - seja em missões ou em caçadas que, ao meu ver, eram estúpidas e sem sentido.

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Sabe, Arthur, as vezes, eu sequer consigo me recordar de nossos amigos em Camelot.

É claro que eu me esforço para não esquecê-los, porém quando se tem alguns milênios de vida fica difícil, sabe?

Algumas vezes, eu não me lembro do sorriso de Gwaine ou da altura exata de Percival. Eu também não me recordo ao certo do comprimento dos cabelos de Leon, nem do tom da voz de Elyan.

Eu nem ao menos me lembro dos olhos de Lancelot - olhos estes que foram um dos únicos a ver quem de fato eu era.

Tenho que admitir que, as vezes, eu também não me recordo da voz de Gaius ou do rosto de Guinevere.

Mas eu nunca vou me esquecer a maneira a qual seu cabelo loiro parecia ser feito de puro ouro à luz do sol.

Para ser sincero, eu ainda me lembro de cada detalhe seu.

Eu ainda me lembro do som sonoro da sua risada e da coloração de azul cobalto dos seus olhos. Eu ainda me recordo a dificuldade que era te tirar da cama pela manhã e, até mesmo, a maneira irritadiça a qual você chamava meu nome pelos corredores do castelo - o que era bem incômodo, mas admito que sinto falta.

Talvez, Arthur, você seja o único o qual eu vá me lembrar em todos os detalhes.

Espero te reencontrar em breve,

Merlin.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.