O par perfeito

Porque você me amou


“Você me deu asas e me fez voar... Você tocou minha mão e eu pude tocar o céu... Eu perdi minha fé, você devolveu-a de volta pra mim... Você disse que estrela nenhuma estava fora de alcance... Você me apoiou e eu fiquei de pé... Eu tive seu amor, eu tive isso tudo... Sou grata por cada dia que você me deu... Talvez eu não saiba tanto, mas eu sei que isto é verdade... Eu fui abençoada, porque fui amada por você...”

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(Because You Loved Me – Celine Dion)

♪♫♪♫♪♫♪♫

Checo mais uma vez as horas em meu relógio de pulso. Caminho em direção a mesa do meu marido e não o encontro.

— Janet, viu o Peeta por aí? – pergunto a agente, que digita algo em seu computador.

— O Odair o chamou.

— Obrigada.

Sigo até a sala do Finnick e encontro os dois conversando algo sobre algum caso.

— Acha que consegue rastrear, o celular do Wayser?

— Você está mesmo, duvidando de minhas habilidades tecnológicas?

— Claro que não, Finn.

— Ok. Então apenas observe. – Finnick estrala os dedos e começa a digitar algo em seu super computador.

— Posso atrapalhar os garotos por um instante? – Me revelo e logo meu marido se vira para mim, me lançando um daqueles sorrisos, que ainda me deixam de pernas bambas.

— Finnick está conseguindo pra mim, o paradeiro daquele traficante do nosso caso do mês passado.

— Aquele que conseguiu nos despistar?

— Esse mesmo.

— Isso vai demorar? – pergunto um tanto ansiosa.

— Talvez, por que?

— John, vai jogar às 15h30. Até meu pai estará lá. – Ele coça a nuca e penso que se esqueceu do nosso compromisso. – Esqueceu do seu filho, Mellark?

— Claro que não. E, pra provar de que não me esqueci, amarrei essa fita verde no meu pulso. – Peeta ergue o braço esquerdo e afasta a manga do terno, e da camisa de baixo, deixando seu pulso à mostra. – Ele me enviou mensagem há meia hora.

— Que bom. Liguei pra Merliah e ela também está indo pra lá.

Peeta conversa um pouco mais com Finnick e logo saímos do departamento, rumando para escola do nosso caçula, que está com treze anos.

Quando o tempo passou tão rápido?

Não posso nem acreditar que, muito em breve, Merliah estará indo pra faculdade. Ela ainda não se decidiu, mas sei que fará uma boa escolha.

— Hoje de manhã, John me perguntou do uniforme. – Peeta conversa comigo durante o trajeto.

— Eu sei. Já tinha lavado e passado.

— Você é uma mulher incrível, sabia? – Ele tira a mão direita do volante e pousa em minha perna.

— E você, é o melhor marido e pai do mundo. – Observo seu sorriso e mais uma vez me derreto.

— Independente do resultado do jogo, que tal irmos comer pizza? – sugere.

— Adoraria e sabe que nossos filhos vão adorar também.

Chegamos até a escola e avistamos nossa loirinha acenando da arquibancada para nós. Merliah, é loira como o pai. Seus olhos são azuis como o infinito oceano em dias de sol. Suas características é uma verdadeira mistura de nós dois. Diferente de John que tem os cabelos castanhos, com uma leve ondulação nas pontas e olhos cinzentos como os meus.

— Olá querida – cumprimento minha filha, com um beijo e abraço.

— Que bom que vocês chegaram.

— Pensei que seu vô estaria aqui – comento me sentando ao seu lado, enquanto Peeta a abraça e fica com ela aconchegada em seus braços.

— O vovô, passou no serviço da vovó Effie e está vindo com ela.

— Ah, que bom que ela está vindo. – Olho em direção ao campo e vejo meu menino se aquecendo. Como se soubesse, que estávamos o observando, ele olha em nossa direção e acena.

— Vou buscar cachorro-quente. Quem vai querer?

— Eu vou com você, pra te ajudar, papai.

✗✗✗

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Após o jogo, que aliás, o time do meu filho venceu, fomos jantar numa pizzaria. Ao chegarmos em casa, pego nossas correspondências. Noto um envelope diferente dos demais. O analiso e há apenas o destinatário, que é para mim.

Katniss, você é uma mulher incrível. Sempre que a vejo meu corpo parece paralisar. Sua determinação e coragem apenas me fazem apaixonar ainda mais por você. Quero muito que você seja minha e somente minha. Sei que tem um marido e filhos, mas não me incomodaria de dividi-la. Se apenas me der uma chance, te farei a mulher mais feliz do universo. Apenas pense na minha proposta...

Atenciosamente, R.

— John, devolve meu celular agora!

— Mãe, o Luke chamou a Liah pra sair... eles estão namorando... eles estão namorando...— A voz do meu filho, me faz voltar a realidade.

O impacto daquelas palavras datilografadas, me impressionou.

— Cala a sua boca, garoto! Devolve meu celular.

— John, devolve o celular da sua irmã e vai pro banho – adverte Peeta, indo em direção ao nosso quarto.

— Mãe, prepara um chá pra mim, por favor? – Merliah se aproxima de mim e me encara por um tempo.

— Claro, vou preparar agora mesmo. – Deposito as correspondências em cima do balcão da cozinha. Escondo o bilhete que endereçaram a mim, por baixo dos outros envelopes.

— Você está bem, mamãe?

— Hã... estou bem sim, querida – respondo, tentando não transparecer minha ansiedade. - O que seu irmão quis dizer, com o Luke ser seu namorado? – Ela me olha sem jeito e arrasta a banqueta do balcão para se sentar, enquanto me movimento pegando a chaleira para preparar o chá.

— Mãe, não sei o que faço – ela desabafa. – O Luke, é meu melhor amigo, mas também tem o Aidan...

— O que tem o Aidan? – noto seu rosto ruborizar.

Luke, é o filho mais velho da Madge com o Gale e, é um ano mais novo que Merliah; enquanto Aidan, é o filho mais velho da Annie e do Finnick, e este tem a mesma idade que minha filha.

— Ele me convidou para ir ao baile.

— E o que respondeu?

— Disse que eu ia pensar, pois, o Luke também me convidou e a Clarice gosta dele... o que eu faço mãe? – pergunta infiltrando as mãos, em seus cabelos, como Peeta faz quando está tenso.

— A Clarice sabe, que o Luke te convidou? – ela nega com a cabeça. – E o que você pretende fazer com relação ao Aidan?

— Eu quero ir ao baile com ele. Gosto da companhia e...

— Está gostando dele?

— Não mamãe... quer dizer... até gosto dele, mas não quero pensar nisso agora. Tenho que me concentrar nos estudos.

— Você está certa querida, mas tente não magoar nenhum dos dois e se realmente quer ir ao baile com o Aidan, é só ser sincera com o Luke e sugerir dele ir com a Clarice.

— Será que isso daria certo?

— Pelo menos tente.

— Tá legal, mamãe. Obrigada pelas dicas.

— De nada, minha filha linda. – Me aproximo dela e afago seus cabelos e acabo por beijar suas bochechas rosadas.

— O que tem o Luke e o Aidan? – Peeta adentra a cozinha, já de banho tomado e seus cabelos estão lindamente alinhado.

— Ah, papai não me faça repetir a história toda.

— Lembre-se de que, você tem permissão para namorar apenas com trinta anos... – Ele pega as correspondências de cima do balcão e começa a verificar uma por uma. Me adianto em pegar o último envelope. – O que é isso? Outra fatura exorbitante do cartão de crédito? – graceja me dando um beijo no rosto.

— Não é fatura, e no mês passado, eu e a Merliah precisávamos de fazer aquelas compras, tá legal?

— Ok. Não está mais aqui quem falou. – Peeta volta o olhar para nossa filha. – E como vão seus dois amigos?

— Vão bem, papai. Depois a mamãe te atualiza.

— Tudo bem.

Termino de preparar o chá para Merliah e dou boa noite a ela, para eu poder tomar meu banho, mas antes passo no quarto de John para dar-lhe um beijo.

— Boa noite, filho. Mais uma vez, parabéns pela vitória de hoje.

— Valeu mãe. Adorei ter vocês lá torcendo por mim.

— Sempre estaremos com você, querido. – Ele beija meu rosto e volta a fazer as lições escolares.

Após tomar meu banho, Peeta já se encontra deitado com aquele olhar de que precisamos conversar. Conto a ele sobre o envelope e mostro a mensagem escrita. Ele analisa de cenho franzido e pelo seu olhar sei que vem sermão.

— Não quero que fique sozinha. Nem para ir ao banheiro. Está me entendendo?

— Amor, às vezes, é só um fã neurótico.

— Isso me assusta ainda mais. Amanhã vou pedir para o laboratório analisar e ver se tem impressões digitais. – Ele coloca o envelope na mesa de cabeceira e me puxa para seus braços. – Que tal namorarmos um pouquinho. Nem me lembro qual foi a última vez...

— Quer mesmo que, eu refresque a sua mente, senhor perfeição?

— Ah... sabe que pode refrescar sempre, minha memória, Sra. Mellark.

✗✗✗

A semana passa rápido e quando estou finalizando um relatório de campo, meu celular toca. Olho no visor e vejo ID não identificado.

— Alô? – Atendo receosa e logo escuto uma voz eletrônica.

— Quero que me encontre no Central Park. Vá sozinha.

— Não vou fazer, o que está me pedindo – digo com a voz trêmula.

— É melhor reconsiderar Katniss, ou talvez eu pegue sua filha para dar um passeio.

— Deixe-a em paz... – Coloco a mão sobre a boca reprimindo o choro.

Felizmente, Peeta surge em meu campo de visão, e pelo seu olhar, nota minha aflição. Ele faz um gesto com as mãos para eu segui-lo. Chegamos até a sala de Finnick e Peeta cochicha algo para nosso amigo, que imediatamente digita algo em seu computador. O Odair faz um joia erguendo o polegar e sei que conseguiu algo.

— Se não aparecer aqui, vou passar no colégio de sua bela filha— ele ameaça.

— Está bem, eu irei, mas como irei saber quem é você?

— Pode deixar que me apresentarei. Basta sentar-se no mesmo banco em que sempre fica lendo, enquanto seus filhos patinam e andam de bicicleta.— Me assusto com suas diretas. Pelo visto, ele tem me perseguido há tempo. E por que, se manifestou somente agora?

— Estarei lá.

— Daqui a uma hora.

Ele desliga e Finnick pega meu iPhone e o conecta em seu computador.

— Que idiota é esse? – pergunta e Peeta o coloca a par. – Acho que consigo isolar essa voz eletrônica. – Ele digita e dá um sorriso animado. – Consegui, yes!

Finnick aperta o play e escutamos a voz nitidamente.

— Espera... conheço essa voz, Marvel! – Peeta enrijece todo seu corpo e cerra os punhos.

— Mas por que, ele está atrás da Katniss? E por que, agora? – questiona Finnick.

— Talvez ele queira vingança, por termos arrasado com o grupinho deles. – Minha voz soa vacilante.

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— Ele não vai conseguir, o que quer. Vou falar com o Boggs, agora mesmo e montarmos um perímetro no Central Park.

E assim, que chego no Central Park, me sento no banco, onde sempre observei meus filhos se divertirem.

— Pode passar o tempo que for, você continua linda. – Congelo quando sinto ele se sentar ao meu lado.

— O-o que você quer? – gaguejo.

— O que sempre quis, na época em que trabalhávamos juntos... – Marvel avança tentando me beijar, mas logo Peeta e uma equipe de agentes, abordam ele.

— Parado e mãos atrás da cabeça! – vocifera Peeta.

— Sempre o galante agente, Mellark – zomba Marvel, fazendo o que Peeta pediu.

Dois agentes se aproximam e algema Marvel.

— Você está bem? – Peeta senta ao meu lado e começa a acariciar meu rosto.

— Estou bem... pode me levar pra casa?

— Claro, meu amor. Vamos pra nossa casa.

A semana transcorre tranquila e na sexta a noite tanto, a família Odair, como os Hawthorne, veem jantar em casa.

— Conversei com meus pais essa semana, e estão convidando a todos, para passarmos uma semana lá. – Peeta lança o convite e todos adoram a ideia.

— Vamos combinar a data certinha. Vou adorar espairecer minha mente – comenta Gale com um suspiro.

Após o baile no colégio de Merliah, iniciará as férias de verão. Eu, Madge e a Annie, planejamos muita diversão. Piqueniques a beira do lago. Saídas a noite no festival, que há na cidade e muitos quitutes preparados por nós e minha sogra. Nossos filhos se divertem e pra mim, é recompensador.

— Mãe, posso falar com você um minuto? – Merliah entra no quarto, quando estou ajeitando a cama para dormir.

— Diga filha. – Sento na beirada da cama e ela acompanha o gesto.

— Conversei com o Luke e ele entendeu que devemos continuar sendo bons amigos, na verdade, melhores amigos. E disse que, não está chateado com o Aidan, falou que entende os sentimentos dele por mim. – Seguro as mãos dela entre as minhas.

— Estou orgulhosa de você, filha. O Luke é um bom amigo.

— Ele é, mamãe. E disse que, irá convidar a Clarice para ir ao baile.

— Que bom, e por falar em baile, amanhã vamos fazer compras. Precisamos encontrar um vestido bem lindo pra você e vamos presentear o Aidan, com uma gravata.

Nos abraçamos e Peeta entra no quarto.

— Também quero dar um abraço, nas duas mulheres que tanto amo. – Sinto os braços de Peeta ao nosso redor e movo meu pescoço para beijar seu rosto.

Merliah nos dá boa noite e se retira. Não contamos a ela e nem ao John sobre o episódio com o Marvel. Não precisamos assustar os dois. Já é difícil, serem filhos de dois agentes, não precisamos assustá-los ainda mais.

— Peeta, como o tempo passou tão rápido? Temos uma filha adolescente e um filho pré-adolescente.

— Querida, o incrível é olharmos para trás e ver o quanto conquistamos juntos. A cada dia constato mais que somos perfeitos um para o outro – ele graceja, e me aconchego em seus braços.

— Você é um homem espetacular.

— Hum... e que tal nós dois disputarmos um round?

— Agora?

— E por que não?

— Nossos filhos podem...

— Vão achar que estamos treinando. – Ele se levanta e estende a mão. – Vem, melhor de três. O vencedor escolhe o prêmio.

— Qualquer prêmio? – analiso seu rosto e ele assente com a cabeça. – Sabe que sempre venço você.

— Não vai se achando. Como um cavalheiro que sou, sempre deixei você vencer.

— Mentiroso.

Coloco um shortinho solto e um top de ginástica. Ele já se encontra de camisa regata e short. Caminhamos até a área externa do nosso amplo apartamento e entramos na academia, não tão grande, mas com vários equipamentos de exercícios.

Ajudamos um ao outro, a colocar as faixas nas mãos. Nos posicionamos no meio da sala, em cima do colchonete de ginástica, longe o suficiente dos aparelhos de exercícios. Cumprimentamos e iniciamos nosso embate corpo a corpo. Torço meu pescoço, de um lado para o outro, enquanto me aqueço e acabo por desviar de um golpe, revidando a seguir girando meu corpo com uma estrela.

— Pensei que, com o tempo você enferrujaria – comenta ele, enquanto continua a avançar.

— Pois pensou errado, querido. – Consigo dar uma rasteira e uma chave de fenda. – Touché, amore mio. – Me sentindo vitoriosa, roubo um beijo dos seus lábios.

— Espere, o descendente italiano aqui, sou eu... – Peeta me surpreende, girando nós dois e em segundos, está por cima de mim. – Como sempre, canta a vitória antes do tempo, *dolce perfezione... – Só para me provocar, cochicha bem próximo ao meu ouvido.

— Você está usando golpe baixo, amore.— Consigo reverter nosso impasse e me coloco em cima dele o prendendo com minhas pernas. – Arte da sedução, valendo? – Para fazê-lo provar seu próprio veneno, rebolo em seu colo e ele solta um gemido.

— Eu me rendo! – Peeta ergue os braços os jogando para trás.

— Hum... você se entrega rápido demais.

— Mas pudera, você me torturando deste jeito. – Ele se apoia nos cotovelos e me inclino para beijar seus lábios. – Topa dar um mergulho na piscina?

— Ah, se topo...

Vamos até a área da piscina e deixamos toda a iluminação na penumbra. Tiramos as poucas peças de roupas e mergulhamos juntos. Ao emergimos ele me toma em seus braços.

— Você é incrível.

— Tenho que admitir, que você também é.

Não importa quanto tempo passe, nosso amor é a perfeição absoluta, como algo divino. Desfrutamos lealmente cada momento que passamos juntos. É algo real em nosso ser, nossos filhos queridos são a prova viva... somos o par perfeito. Não por mérito, mas porque é isso, que significamos um para o outro.

Italiano – *dolce perfezione— doce perfeição

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.