O Último Segredo do Tempo – 3ª temp.

Um Bom Homem Vai À Guerra – parte 1


No Asteroide Demon’s Run...

Rose Tyler pegou sua bebê, sua linda filha, nos braços. Ela a nomeou de Melody Mary Tyler. Dar nome à sua própria filha foi uma das poucas coisas que Madame Kovarian permitiu que Rose fizesse.

Rose foi avisada que teria dois minutos para se despedir de sua filha, já que Madame Kovarian queria que Melody fosse criada por outra família, como parte dos planos. Rose ainda não sabe quais planos eram esses, mas já sabia que não era coisa boa.

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Ela não queria perder tempo e focou em Melody. “Queria poder dizer que você será amada. Que você estará segura, bem cuidada e protegida. Mas este não é o tempo para mentiras. O que você será, Melody, você será muito, muito corajosa. Mais corajosa do que eles fingem ser.” Rose lançou um olhar para Madame Kovarian e seus guardas. “Porque tem alguém que está vindo. Não sei onde ele está, ou que está fazendo, mas confie em mim, ele está vindo. Este homem nunca vai nos abandonar. E nem mesmo um exército pode ficar em seu caminho.”

Rose olhou pela janela do seu quarto onde estava sendo mantida refém e viu o exército de Madame Kovarian sendo preparado. Eles estavam em código amarelo desde o nascimento de Melody e, até agora, o Doutor não apareceu. Rose nunca iria perder as esperanças.

Madame Kovarian se aproximou de Rose com dois guardas armados e a certa impressão de levar Melody embora. Rose implorou, mas Kovarian manteve sua expressão fria e forçou Rose a pôr a bebê no berço branco portátil.

Rose quis ficar até o último segundo ao lado de Melody. “Ele é o último da espécie. Ele parece jovem, mas viveu centenas de anos. Quando o conheci, ele já tinha 900 anos. Eu sei que ele vai cumprir sua promessa e vai nos encontrar. Você nunca estará sozinha!” Rose se abaixou e deu um beijo na testa da filha antes de voltar a falar. “Porque este homem é seu pai. Ele tem um nome, mas o Universo o conhece melhor como o Doutor!”

O tempo da despedida já havia acabado e Melody foi levada embora.

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Na TARDIS...

“Doutor, o que você vai fazer agora?” Perguntou Rory.

“Vou chamar reforços.” O Doutor foi imediatamente aos controles e digitou as coordenadas para algum lugar. “Rory, por que não veste aquele uniforme de Centurião?”

“E por que eu faria isso?” Rory quis saber.

“Porque provavelmente iremos pra guerra e preciso de um exército. O uniforme te deixa mais bravo.”

Rory foi fazer como o Doutor disse. Amy continuou na sala de controle aguardando.

“Se tiver algo que eu possa fazer, é só me falar.” Amy assegurou seu apoio ao seu amigo.

Vários minutos depois, Rory retornou vestido conforme a lenda do último Centurião.

“Eu estou pronto! O que eu devo fazer agora?” Anunciou Rory.

“Vou te levar à Storm Cage e você vai falar com a River Song, mas só o que eu mandar. Amy pode ir com você. Eu preciso me concentrar em algumas localizações.”

O Doutor materializou a nave em Storm Cage, como ele havia dito. Rapidamente, o casal deixou a TARDIS depois que o Doutor contou seu plano. Eles esperaram pela River no local indicado e não esperaram muito.

Os alarmes estavam soando e o casal ficou preocupado que guardas da prisão iriam encontrá-los lá como invasores, mas ouviram a voz da River se aproximando.

River saltitava até o telefone mais próximo sem notar a presença de Amy e Rory nas sombras.

“Desliguem isso! Eu estou invadindo e não fugindo.” River disse ao telefone. “Aqui é River Song, de volta à minha cela e vou querer meu desjejum na hora habitual. Obrigada.” Ela desligou e continuou cantarolando e saltitando. Os alarmes pararam de soar como River pediu. “Vocês estão vestidos de romanos agora? E quem é a dama do lado?”

“Dra. Song?” Rory se aproximou da luz. “Somos nós. Rory e Amy.”

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“Desculpe-me, mas já nos conhecemos?” Perguntou Amy à River. “O Doutor falou de correntes temporais.”

“Sim, sim. Já nos conhecemos. Olá!” River respondeu e se aproximou deles, revelando seu vestido vitoriano. Ela tinha uma cara de preocupada.

“Qual o problema?” Perguntou Rory notando algo de errado nela.

“É meu aniversário! O Doutor e Rose me levaram para patinar no gelo no Rio Tâmisa em 1814. A última das grandes feiras árticas. Stevie Wonder cantou para mim na Ponte de Londres.”

“Stevie Wonder cantou em 1814?” Amy perguntou surpresa.

“Sim, ele cantou. Mas nunca deve contar isso a ele.”

“O Doutor também nos trouxe aqui.” Contou Rory.

“Sim, mas de um ponto diferente no tempo.” River foi à sua cela, mas espiou seu diário azul. Ela parou de repente. “Demon’s Run.”

“O que você disse?” Rory quis saber.

“Demon’s Run. Eu sou do futuro, então eu sei do que se trata.” Respondeu River. “Por que está usando isso?”

“Foi ideia do Doutor.” Respondeu Rory.

“Claro, as regras de contato dele. Flutue como borboleta, ferroe como abelha.”

“Pareço ridículo.”

“Pensou em saltos altos?”

Amy não quis perder mais tempo e interrompeu a conversa. “O Doutor precisa de você. Eles levaram Rose... e o bebê deles.”

River ficou de costas e eles não viram a expressão de dor no rosto dela.

“O Doutor disse que vai juntar algumas pessoas. Nós vamos atrás dela, mas ele precisa de você.” Contou Rory.

“Não posso.”

“Como é?” Questionou Amy depois de alguns segundos processando o absurdo que River disse.

“Pelo menos ainda não.” River se virou para eles. “É a batalha de Demon’s Run. A hora mais negra do Doutor. Ele se elevará mais do que nunca, mas ele vai tombar bem mais longe. E não posso estar com ele até que chegue o final.”

“Por que não?” Perguntou Rory.

“Porque é assim.” River Song entrou em sua cela, mas continuou conversando com eles. “É o dia em que ele descobre quem eu sou.”

“Não imaginava que teríamos que insistir.” Disse Amy indignada.

“Por favor, não insista.” Pediu River.

“Vamos, Amy, voltar pra TARDIS.” Rory pediu e Amy concordou. Era melhor deixar o Doutor decidir o próximo passo.

Eles voltaram à TARDIS e o Doutor ainda estava nos controles.

“E então? Cadê a River?” Perguntou o Doutor não desviando seu olhar dos painéis.

“Ela não vem.” Disse Amy.

“Como assim, ela não vem?” O Doutor se indignou.

“Ela disse que era o aniversário dela.” Contou Rory. “Mas falou algo sobre Demon’s Run e que não podia estar conosco.”

“Demon’s Run? Não sei do que se trata. Quer saber? Não preciso dela! Eu tenho outros amigos! Prepare-se, Rory, porque tenho outra missão pra você.”

“Tudo bem, então. O que quer que eu faça?”

O Doutor sempre gostou do Rory, pois ele sempre está à disposição.

“Você vai falar com os Cybermen enquanto eu faço a parte difícil.”

Rory tinha péssimas lembranças dos Cybermen, desde o que dia que os enfrentou como um romano.

“E desde quando falar com Cybermen é a parte fácil?” Perguntou Rory.

“Você se dará bem. Só faça o que eu mandar.” O Doutor transmitiu confiança e Rory confiou nele. Confiou que o Doutor sabia o que estava fazendo e ele não se arrependeu.

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Aconteceu que o Doutor estava apelando para uma Cyber-Legião. Apelando de uma forma agressiva e autoritária, mas ninguém poderia julgar, pois ele teve sua esposa e filho/filha sequestrados. E não é qualquer um que moveria o Universo para resgatar sua família.

Por isso, Rory entrou feito um estouro pelas portas de uma das cyber-naves, com um espírito protetor e autoridade de um centurião. Ele foi saudado com vários Cybermen de pé apontando as armas para ele.

Rory só olhou para eles sem recuar. “Eu tenho uma mensagem e uma pergunta, ambas do Doutor. Onde está Rose Tyler?” Rory só recebeu silêncio como resposta, mas foi alertado que isso aconteceria. “Não precisam nem fingir que não sabem!” Rory caminhou até uma enorme janela de vidro onde dava pra ver outras cyber-naves à distância. “A 12ª Cyber-Legião monitora este quadrante inteiro. Vocês escutam tudo. Então, é só dizer o que eu preciso saber e é melhor dizer agora, e seguiremos nosso caminho.”

“Qual é a mensagem do Doutor?” Um cyber-líder perguntou e várias cyber-naves explodiram do lado de fora, por trás do Rory.

“Querem que repita a pergunta?”

Agora eles vão falar!, pensou Rory.

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Em Demon’s Run, soldados clérigos esperavam por uma guerra. Embora parecesse que nunca haveria a tal guerra, eles receberam ordens para manter código amarelo. Os soldados ouviram rumores que abalariam as emoções de qualquer soldado. Mas não os clérigos. Os clérigos são corajosos e cumpridores de ordens.

Dois soldados discutiam sobre os rumores enquanto caminhavam pela base, ocupados com seus deveres.

“Uma Cyber-Legião inteira!” Exclamou surpreso um dos soldados ao seu colega. “Ele acabou com toda a Legião! Só como exemplo!”

“Estamos sendo pagos para lutar contra ele, não elogiá-lo. Elogiar custa bem mais!” Avisou o colega soldado.

“É, mas Digger disse que ele expulsou os Atraxi do planeta e os chamou de volta só pra dar uma bronca!”

“Lutar contra ele. Não elogiá-lo.”

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O Doutor começou a montar seu exército. Ele ficou muito chateado com River Song por ela ter recusado ajudá-lo. Ele fez uma nota mental para questioná-la depois. Mas ela não estava errada sobre Demon’s Run. A informação que os Cybermen passaram era sobre um lugar – um asteroide – chamado Demon’s Run e era para lá que o Doutor iria.

Antes, ele precisava formar o exército.

Primeira parada: Bar Intergaláctico.

“Por que estamos aqui?” Perguntou Amy observando as inúmeras espécies alienígenas em um só lugar. Ela estava do lado direito do Doutor e Rory do lado esquerdo.

O Doutor não respondeu. Ele apenas se concentrou em encontrar um rosto conhecido no meio de tantos alienígenas. Foram vários minutos de procura e o Doutor estava quase desistindo, achando que talvez estacionou no tempo errado.

Até que...

“Vocês não parecem alienígenas e humanos são raros por aqui.” Uma voz falou por trás e o Doutor imediatamente se virou. Amy e Rory também se viraram curiosos em saber quem era. “Mas eu não estou reclamando.”

“Capitão Jack Harkness!” Disse o Doutor feliz.

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“Me conhece, senhor? Ou ouviu falar de mim? Espero que coisas boas.” Jack lançou seu famoso sorriso e usava seu famoso casaco da Segunda Guerra Mundial.

“Nos conhecemos quando eu tinha outro rosto. Eu sou o Doutor.”

Capitão abriu o maior sorriso de todos ao saber que era seu amigo Doutor e o abraçou forte.

“Ah, Doutor. Eu senti muita falta sua! E da Rose também! Onde ela está?”

O Doutor se entristeceu, mas não perdeu o foco. “É por isso que estou aqui. Preciso de você agora!”

“Pode contar comigo para o que for, Doutor. Mas primeiro...” Jack se virou para Amy e Rory. “Meu nome é Jack Harkness e vocês são?” Ele estendeu sua mão.

“Eu sou Amy e este é Rory.” Amy apertou a mão dele. Rory foi o próximo.

“Jack! Não comece! Não temos tempo para isso!” O Doutor protestou.

“Mas eu só quero conhecê-los. Faz tempo que não vejo uma ruiva.”

“Oie, ela é minha esposa.” Reclamou Rory.

“E qual o problema?”

O Doutor saiu resmungando e todos o seguiram até à TARDIS.

Na nave, o Doutor explicou o que aconteceu com Rose e sobre a gravidez para Jack e este ficou furioso com quem quer que fosse o responsável. Jack já havia ouvido falar sobre a Carne no futuro e nunca concordou com isso.

“Então você é Jack?” Perguntou Amy. “Rose já mencionou seu nome uma vez.”

“Rose e eu somos amigos. Eu a salvei e ela me salvou.” Disse Jack.

“E por que o Doutor te encontrou em um bar?”

“Porque lá é meu lugar de refúgio. A Terra, em geral, não me quer por lá.”

“Ok, já estamos desmaterializando.” Anunciou o Doutor.

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A próxima parada foi em Londres, em 1888.

Uma mulher entrou em sua mansão e a empregada veio recebê-la. Era Madame Vastra chagando após uma noite de trabalho.

“Voltou cedo, madame. Outro caso resolvido, creio eu?”

“Mande um telegrama para o Inspetor Abberline na Yard. Jack, o estripador, matou sua última vítima.” Falou Madame Vastra.

“Como o encontrou?”

Vastra levantou seu capuz, revelando ser uma Silurian, uma alienígena reptiliana. “Fibroso, mas gostoso. Não vou precisar jantar.” Falou ela.

“Parabéns, madame. Embora...” A empregada chamada Jenny ficou um pouco nervosa. “Algo surgiu na sala de estar.”

Madame Vastra foi apressada para saber o que era. Ela não ficou surpresa com o que viu.

“O que significa?” Perguntou Jenny.

“Significa que uma velha dívida está para ser paga.” Madame Vastra respondeu e se aproximou da TARDIS. “Faça as malas, Jenny. E vamos precisar de espadas.”

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A próxima parada da TARDIS foi no meio da Batalha de Zaruthstra, em 4037 d. C.

Um Sontaran chamado Strax estava servindo como enfermeiro como penitência para restaurar a honra de sua unidade de clones. Mas, talvez essa penitência tenha acabado quando o Sontaran ouviu o familiar barulho da TARDIS se materializando.

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Dorium Maldovar não perdeu tempo e certamente não esperou confirmar se os rumores estavam certos. Ele se apressou em fazer as malas e deixar o Bar Maldovarium para trás.

Ele deu uma última olhada de despedida por todo o seu bar, um bar que ele levou anos para construir uma reputação e se tornar conhecido pelo Universo.

“Adeus.” Ele disse tristemente.

“Parece estar fechando o local, Dorium.” Disse uma voz por trás dele. Ele se virou rapidamente e viu que era a famosa e cruel Madame Kovarian. “O que você ouviu?” Ela perguntou.

“Que você cutucou uma fera poderosa, Madame Kovarian, e não conseguiu fugir.” Dorium ficou intimidado com os guardas de Kovarium apontando suas armas pra ele, mas ele contou a verdade. “Eu admiro sua coragem, mas gostaria de admirar de longe.”

“Esperamos por um mês e ele não fez nada.” Disse Kovarian confiante.

“Acha mesmo? Há pessoas por todo o Universo que devem favores a esse homem. Você pegou a mulher que ele ama e a criança deles. Agora mesmo, alguns devem ter achado uma cabine azul esperando por eles, em suas portas.”

“Acha que ele está formando um exército?” Perguntou um Coronel intrigado que acompanhava a Madame Kovarian.

“Você acha que não?” Disse Dorium com uma risada. “Se aquele homem está cobrando favores... Deus ajude vocês.”

“Por quê?” Perguntou o Coronel.

“Coronel Manton, todas as histórias que ouviu sobre ele não são histórias. São verdades!”

“Vamos! Estamos perdendo tempo aqui!” Disse Madame Kovarian se levantando e pronta para partir.

“O asteroide onde fez sua base...” Disse Dorium interrompendo a partida de Kovarian e seus guardas. “Sabe por que o chamam de ‘Demon’s Run’?”

“Como sabe a localização de nossa base?” O Coronel perguntou com suspeita.

“Os Monges Decapitados. Eles são velhos clientes meus.” Informou Dorium. “Há um velho conto, o mais antigo. ‘Demônios fogem quando um bom homem vai à guerra’.”

Madame Kovarian e o Coronel se retiraram, juntamente com os guardas, e deixaram Dorium sozinho para fechar o bar. Apenas levou o tempo de pegar sua maleta que Dorium ouviu um barulho característico que não esperava ouvir, que rezou para nunca ouvir.

“Oh, não! Não, não, não, por favor! Eu não!” Ele lamentou enquanto a TARDIS materializava na frente dele. “Você não precisa de mim! Por que precisaria? Sou velho e gordo e azul! Nãããão!”