The Bear
Thank You
Entreguei o ursinho de pelúcia para a garotinha, que o abraçou sorridente. Sua mãe me agradeceu, deu o dinheiro contado e logo saiu da loja com a filha.
— Tchau tio. – a garotinha disse e eu apenas acenei. Não pude evitar de sorrir ao ver ela feliz, mesmo que com tão pouco.
— Com licença, vocês têm pelúcias do urso Ryan? – olhei para o lado e dei de cara com a garota mais linda que eu já tinha visto na vida.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Hã... Claro, claro. – a guiei para as prateleiras tentando controlar meu nervosismo. – As pequenas estão em falta, só temos essas médias ou grandes. Mas elas não são recomendadas para crianças menores de três anos.
— Ah não se preocupe, a criança em questão tem vinte e três anos. – ri da careta dela – Meu amigo é muito viciado nesse bicho, queria dar um pra ele, por mais que ele já tenha uns dezesseis.
— Nossa! Então ele gosta mesmo.
— Você não faz ideia.
Ficamos conversando mais um pouco sobre bichinhos de pelúcia enquanto ela escolhia qual Ryan daria para seu amigo – que descobri se chamar Namjoon.
— Se ele não gostar, nós podemos trocar. Mas tem que trazer a nota.
— Ah tudo bem, ele vai gostar. – ela riu e eu devolvi o troco.
— Obrigado.
— Eu que agradeço. Até mais, Hoseok.
— Até... – parei no meio da frase, pois lembrei que não tinha perguntado o nome dela.
— ______. – disse seu nome sorridente antes de sair da loja. Eu apenas acenei e sorri.
***
—_____ veio aqui ontem e eu já mal podia esperar para vê-la de novo. Mas sabe-se lá quando isso vai acontecer novamente, pois não é sempre que se presenteia alguém com bichinhos de pelúcia.
Começo a arrumar o balcão atentamente e ouço alguém entrando na loja. Não dou muita atenção, porém logo para tudo o que estava fazendo quando escuto uma voz conhecida na minha frente.
— Bom dia, Hoseok.
— Oi _____. – sorri ao vê-la novamente – Namjoon não gostou do urso?
— Na verdade ele amou. – fiz uma careta confusa, estranhando o fato de ela estar aqui, mas não reclamei. – É que hoje eu vim comprar um pra mim.
— E o que você gostaria?
— Por acaso tem algum unicórnio? – a garota disse meio envergonhada.
— Vários. – a levei para a prateleira e enquanto _______ escolhia, nós começamos a conversar. Felizmente descobri que tínhamos muita coisa em comum.
— Vou levar este.
— Ótima escolha! – a guiei até o a caixa, fiz a operação da compra e logo ela me pagou. Mas antes que fosse embora, a mesma me deu um beijo na bochecha. Só deu tempo de eu balbuciar um “até mais”, que ela saiu como um furacão meio envergonhada.
***
— Tio, eu quero ver aquele ali. – a garotinha que eu estava atendendo apontou para um ursinho na parte de cima da prateleira. – Pega pra mim?
— Claro. – peguei o urso e a entreguei.
— Ah, você está aí! – me virei dando de cara com ______. – Oi Hoseok.
— Oi ______. Como vai?
— Bem e você?
— Bem também. Esta é a minha irmãzinha. – sorri para a garotinha que correu para ______ e mostrou o ursinho de pelúcia.
— Eu quero esse.
— Hoje não. A mamãe já está nos esperando para ir pra casa.
— Por favor ______! – a garotinha fez uma carinha triste, porém a mais velha tentava dizer que não poderiam comprar pois não tinham dinheiro naquele dia. Obviamente ele cochichou a última parte, mas eu acabei ouvindo. – Tá bom! – a irmãzinha de _____ entregou o urso de volta para mim com uma expressão triste.
— Até mais Hoseok.
— Ei, espera! – chamei antes de elas saírem.
— O que foi? – me abaixei na frente da garotinha e entreguei o urso.
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— Hoseok, não precisa fazer isso...
— Tudo bem. Ela parece ser adorável. – mexi de leve nos cabelos da pequena.
— Você tem certeza?
— É claro.
— Pois bem, então agradeça ao moço.
— Obrigada tio Hobi. – ri do apelido que ela disse ao me abraçar forte.
— De nada pequena.
— Avisa pra mamãe que já estou indo. – a garotinha assentiu e saiu pela porta. – Obrigada, Hobi. Mas isso não vai te prejudicar? – neguei com a cabeça – O que posso fazer pra te recompensar?
— Não precisa fazer nada, ______.
— Por favor, me deixe fazer algo. – ela fez um biquinho fofo e eu não pude evitar de sorrir.
— Que tal você sair comigo para tomar um café? Num lugar sem ursos pelúcias dessa vez. – nós rimos.
— Combinado. – trocamos o número de telefone e antes de ir embora, ______ encostou seus lábios nos meus, num rápido selinho e me abraçou – Obrigada, você foi muito gentil. – disse e saiu andando, me deixando para trás com a mão na bochecha e um sorriso bobo no rosto.
— Eu é que agradeço.
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