Metamorfose

Metamorfose Ambulante


Cismei em ser essa metamorfose ambulante,
Ontem eu tive cólera e hoje eu tenho amor.
Amanhã ou semana que vem mostrarei rigor,
Mas pode ser que daqui a pouco eu seja agoniante.

Cismei em ser essa metamorfose ambulante,
Que ninguém me obrigou a ser,
E também não me impediram de viver,
Porém não me deixam ser uma estrela brilhante.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Teve essa pedrinha no caminho de manhã,
Que ontem era um pedregulho.
À noite ela virou um cometa
E amanhã eu sei que vira entulho.

O Sr. João falou de paixão ontem,
Depois trocou e falou de amor.
Finalizou gritando “aprontem,
Mas não esqueçam de dar valor!”

Meu pai no jantar queria cantar suas peripécias,
Dona Nelsa resmungou e ele calou.
Eu sorri imaginando as façanhas,
Me peguei as concluindo com vigor.


Dez primaveras passaram e eu apenas corria.
O relógio balançava no meu pulso,
Enquanto o meu peito ardia,
E no final de tudo eu me despedia de mais um dia.


Cismei em ser essa metamorfose ambulante,
O tempo podia tentar, mas não ia me consertar.
Decidi ser essa aura jovem esvoaçante,
A casca enrugava, mas o coração continava fumegante.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.