Olhar

Quando você me olha nos olhos


Quando você me olha nos olhos eu sinto vontade de rir.

Olhos tão meigos, tão inocentes, transbordando o desejo pelo desconhecido enquanto suas bochechas encarnam um tom rosado envergonhado.

Não a julgo.

Como a senhorita poderia imaginar o perigo por trás de um sorriso culpado após o esbarrão acidental encenado nas calçadas acidentadas em frente a nossa pensão?

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Como poderia imaginar que o homem que te deseja “bom dia” ou “boa noite”, ao encontrá-la nas escadas sujas de paredes descascadas, na verdade, sente vontade de rir ao se encontrar sozinho no seu apartamento?

Ah, minha doce Elizabeth, não é amor o sentimento que me instiga, que me atrai.

É o desejo visceral de arrastá-la para o meu apartamento, jogá-la sobre o tapete puído que adorna a minha sala, enquanto de seus olhos, o brilho da excitação resplandece. Da sua garganta jorrará o sangue proveniente do corte rápido e preciso antes do pânico mudar seu olhar.

Ah, doce olhar do desespero. Apenas a minha imaginação me excita. Ficou louco. Com vontade de transgredir o andar que nos separa para sentir a textura do seu sangue nas minhas mãos.

Mas sou paciente minha cara senhorita.

Sou paciente para aguardar pelo momento perfeito.

Nada menos que o perfeito será o nosso gran finale.

Enquanto isso, permanecerei no meu teatro de bom rapaz de sorriso largo e sincero, o mesmo que encanta as senhoritas que hoje adornam com partes dos seus corpos a minha geladeira.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.