O intervalo finalmente chegou. Sanji preparava a mesa improvisada colocando o enorme obentô, Luffy gritava estar faminto, como sempre. Usopp contava suas histórias para o pequenino, que sempre acreditava ser verdade, e para a doce Kaya, que encantava-se com as histórias do amigo. Brook tocava seu violino, acompanhado da estranha dança de Frank. Vivi conversava com Robin, Nami, Koala, Perona e Ana. Kohza e Sabo também conversavam.

—Jura? Não sabia que eles eram irmãos... _Ana falou.

—São sim! Luffy, Sabo e Ace! Bem, não são de sangue, mas isso não importa! _Koala falou sorrindo.

—O pai de Luffy é o Dragon e o de Ace Gol D Roger! _Nami falou sorrindo.

—E o Sabo? _Ana perguntou.

—Dragon o adotou quando todos eram bem pequenos! _Koala olhou para o loiro, que parecia empolgado na conversa.

—Qual a ligação de tio Shanks e Luffy? _Ana perguntou.

—Tio?! _Robin olhou.

—Ele era um amigo de meu tio...

—Shanks era muito amigo de Dragon e era tratado quase como um filho para Roger, embora a diferença de idades dos dois não fosse tanta... A diferença a mesma da idade de Cora-san e Tral... _Disse Nami.

—Então Luffy é... O garotinho por quem Tio Shaks perdeu o braço? _Ana sussurrou.

—Braço?! Você sabe essa história? _Koala perguntou.

—Tio Shanks sempre me falava de um garotinho que sempre se metia em confusão... _Ana sorriu.

—Mas voltando aos três... Eles se parecem em algumas atitudes, como... _Vivi comentou.

—Comer! _Nami e Koala riram juntas.

—Mellorines! Qual a bebida que desejam? _Sanji pôs o prato de cada uma com delicadeza.

—Chá pra mim, por favor Sanji-kun. _Robin sorriu.

—Suco! _Ana, Nami e Perona sorriram.

—Também gostaríamos de chá! _Koala falou olhando para Vivi e para Kaya, não muito longe.

—Hai! _O cozinheiro rodopiou.

—Sanjii, wara henta! _Luffy falou com uma voz manhosa.

—Paciência! _Sanji encarou o mugiwara.

—Yo! _Law entrou na sala.

—Tralfy! _Ana sorriu. _Bepo-chan!

—Hi Ana! _Bepo sorriu.

Os dois sentaram-se a mesa e lancharam também. Mais tarde todos se dispersaram.

Robin andava ao lado do espadachim.

—Kenshi-san por que resolveu vir comigo para a biblioteca hoje?

—Não tinha nada mais interessante para fazer! _Ele era sempre tão grosso, que Robin já se acostumara, principalmente quando sua grosseria era tentando esconder um ato que lhe causasse vergonha.

—Hai, hai! _Ela sorriu. _Sabe que vou ler, não é?

—Hai! É sempre isso que você faz! _Ele resmungou. _L-leia pra mim d-dessa vez?

—HEEE?! _Isso não era algo normal vindo dele. E quando a morena o encarou o viu corado, com isso ela sorriu. _Claro!

—N-não é que eu queira... Não me leve a mal... É que não tenho nada melhor para fazer! _Ele gaguejou.

—Hai, hai! _Ela sorriu. Ele era alguém bem complicado, mas bem simples de entender as vezes.

Os dois seguiram até a biblioteca, escolheram o livro e sentaram-se em uma área com pufes e almofadas pelo chão, longe das mesas. Robin leu para ele.

—Luffy! Usopp! Chopper! Não corram pelos corredores! _Nami gritava mais atrás.

—Mas vamos perder o besouro dourado que o Usopp viu! _Luffy e Chopper choramingaram.

—Não importa! Não corram, me entendeu Luffy? Não acredite sempre em tudo que o Usopp fala, Chopper! E Usopp pare de contar mentiras! _Nami gritou irritada.

—Gomensai! _Os três falaram com medo.

—Garotos não crescem nunca? _Nami falou consigo mesma, então notou Kaya sorrindo. _Não sei como você o aguenta?

—Usopp é gentil! _A garota sorriu olhando-o. _Embora seja muito mentiroso... Às vezes!

Nami sorriu olhando a loira.

Vivi estava na sala de música tocando piano com Kohza. Faziam isso desde pequenos.

—Os negócios dos nossos pais não vão muito bem! _Kohza comentou. _Acha que teremos que...

—Nos mudar para onde estão? _Vivi assentiu.

—Isso também... Esquece! _Ele a encarou e voltou a tocar.

Na sala ao lado, Brook tocava seu violino, na companhia de sua própria melodia.

Koala e Sabo haviam sido chamados para ajudar o professor de teatro, Dragon.

—Lugar preferido? _Bepo perguntou.

—Qualquer um onde eu possa estar em contato com a natureza! _Ana sorriu. _E o seu, Bepo-chan?

—Hum... Qualquer lugar que não faça calor! _Ele olhou para trás e viu Law sério. _Capitain? Tai jovu?

—Hai... _Bepo e Ana trocaram olhares.

—Sabe Bepo-chan, seu capitão é muito sério! _Ana pendurou-se em seu pescoço olhando o Tralfagar. _Eu gosto mais quando ele sorri!

Bepo assentiu sorrindo, Law os encarou sério.

—Acho o sorriso dele é lindo! Além do fato dele ficar bem mais simpático! _Ela continuou.

—Sabe Ana-chan, acho que isso é falta de carinho... Feminino! _Ele segurou o riso, quando Law corou um pouco.

—Ahh... Será mesmo? Será que ele sorri se tiver um pouquinho de carinho? _Ana soltou Bepo e foi em direção ao Tralfagar. _O que eu faço?

—Um cafuné? Não. Um abraço? Não. Já sei! Um beijo... _Bepo a encarou.

—Um beijo? Pode ser! _Ela sorriu ficou na ponta dos pés e deu beijo na bochecha de Law.

—Não era bem isso que tinha em mente, mas parece que funcionou! _Bepo encarou o capitão com um sorriso no canto da boca.

—Seu capitão é meio difícil, Bepo-chan... Ele ainda está preocupado com o que pode acontecer, mas o que ele não vê é que assim ele vai perder os melhores momentos do presente pensando no passado... _Ele a encarou e ela puxou sua mão sorrindo. _Vamos! Tá tudo bem...

Bepo sorriu seguindo os dois. Law encarou as duas mãos dadas e pensou que só por alguns minutos poderia esquecer os problemas, mas isso não era possível. Não com problema lembrando-o de sua existência. Donflamingo parou ao lado dos três.

—Não pensem que me venceram! _Ele leva a mão até rosto da garota, e no momento que ela pensa em afasta-lo Law segura a mão do loiro.

—Não pense que vai fazer o que bem entender! _Law o largou e saiu de perto dele. _Sinto muito, mas não posso esquecer dos problemas!

Ana o encarou e suspirou ao lado de Bepo. Os três subiram, em silêncio, para o terraço. Não tinha nenhuma nuvem no céu.

—Law, o que aconteceu? _Ela perguntou de repente soltando da mão dele. _Alguma coisa com certeza aconteceu! E tem haver comigo e Donflamingo! Mas você não fala o que é!

Ele a encarou, mas não abriu a boca.

—Viu? Você nunca diz nada a ninguém e fica sério quando encontra ele ou não! É sério Law, se tiver algo que me inclua também eu quero saber...

—Essa não é uma opção!

—E ficar com essa cara preocupando os amigos, é uma opção? Bepo-chan, eu e todos os seus amigos estamos preocupados e não poder fazer nada nos deixa mal, não é Bepo-chan? _O garoto assentiu. _Você acha realmente que continuar assim é uma opção?

—Você não entende!

—Como eu vou entender se você não fala, Law? _Ana esperou ele dizer alguma coisa, mas não ouviu nada. Desapontada se virou para porta e a abriu. _Tudo bem! Saio Bepo-chan!

Ela fechou a porta e desceu. Tinha certeza que fazia parte do mistério que o Tralfagar escondia e tinha direito de saber o que era, mas o que a deixava incomodada era o fato dele estar daquele jeito.

—Capitain se queria mantê-la longe, finalmente conseguiu! _Bepo também desceu.