Falso namoro

Enigmas


— Espera, Luna. – Malfoy a segurou pelo braço impedindo dela prosseguir.

— Olha, eu já falei que é Lovegood para você. – Disse num tom seco que fizera o sorriso do garoto desaparecer. – Não lhe dei o direito de encostar em mim, me solta, por favor. – Luna falou ficando cada vez mais séria e por um momento sentiu saudades do garoto a insultando, era bem melhor que isso.

Malfoy não teve tempo de retrucar, pois uma voz furiosa soou atrás deles.

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— Você ouviu a minha namorada, solta ela ou quebro a sua cara, Malfoy. – Harry falou ficando de frente a eles visivelmente irritado.

- Não tenho medo de você, Potter. - Disse se afastando dela contra gosto. Harry havia destruído seus planos de beijá-la, mas não demonstraria. - Não sei que tipo de namoro é esse. - tirou sarro levantando uma das sombrancelhas. - Nunca vi se beijarem.

- Sem problemas, Malfoy. - Harry falou puxando Luna delicadamente pela cintura e aproximou seu rosto dela diminuindo completamente o espaço e sem prévio aviso encostou seus lábios nos dela num beijo urgente e preciso. O beijo era intenso bem diferente que imaginou, pois só queria dar um selinho.

Mas ter os lábios macios e quentes dela em contato com o dele fizera o estômago do garoto revirar e seu coração batia descompassado. Aquele beijo o fez perceber o inevitável estava apaixonado por Luna Lovegood.

O beijo terminou com os dois ofegantes e Draco Malfoy presenciou tudo chocado, pois até aquele momento pensou que tinham inventado o namoro, porém a forma como beijavam extinguiu qualquer dúvida existente aqueles dois se amavam.

Malfoy ergueu a cabeça com superioridade deixando os dois sozinhos naquele corredor.

- Luna, eu...

- Está tudo bem. - Ela falou ofegante pelo beijo repentino.

No entanto, não poderia negar que sente alguma coisa pelo amigo, por agora não sabia dizer o quanto aquele sentimento forte significava, porém estava a cada dia mais intenso.

***

Na manhã seguinte, tivera jogo de quadribol pelo qual Luna torcia para grifinória, mesmo o time oposto sendo Corvinal. O chapéu de leão na cabeça chamava a atenção das pessoas que estavam nas arquibancadas. Alguns até apontavam para si sussurrando coisas um para outro falando mal dela que ignorou, aquilo não a afetava mais.

O final da partida foi eletrizante Harry quase não conseguiu pegar o pomo por pouco não perderam. A grifinória comemorou no salão principal depois da partida pela qual Luna fora convidada que aceitou.

A festa era somente entre os alunos da grifinória, porém ninguém a destratou ou expulsou dali. Era por essas pequenas atitudes que Luna queria ser grifinória, os alunos eram gentis e receptivos não descriminavam ninguém pela forma que vestia ou por ser diferente, ali todos eram tratados igualmente. Olhou para o trio e Gina sorrindo era a única casa que conseguiu amigos.

Harry aproximou dela sorrindo largamente e estendeu um copo de cerveja amanteigada que ela aceitou prontamente.

- Está gostando da festa? - Perguntou sentando ao lado dela.

- Sim. - Respondeu dando um gole da cerveja. - Parabéns pela vitória, eu sabia que conseguiria.

- Estava pensando em você quando peguei aquele pomo. - Falou olhando ela com seus olhos verdes intensamente. - Então acho que peguei o pomo para você, mesmo ganhando contra sua casa. - Falou colocando a mão na testa. - Me desculpa Luna, eu fiz sua casa perder e...

- Não tem problema. - Falou sorrindo fazendo a tensão do garoto esvair. - Eu estava torcendo para a grifinória.

- Por que gosta tanto daqui? - Perguntou confuso. - Quero dizer, mais do que sua própria casa.

- Porque aqui foi o único lugar que consegui amigos. - Falou entristecida. - Os alunos das outras casas só debocham de mim principalmente na Corvinal. Onde tem alunos que ainda pegam meus pertences e escondem espalhando pela escola.

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- Eles continuam fazendo isso? - Harry indagou ficando com raiva.

Como tinham coragem de fazer isso com ela?

- Não tanto igual antes. - Respondeu suspirando pesado. - Mas ontem encontrei meu malão mexido. - Disse dando um gole da cerveja. - Como se estivessem procurando algo.

- E o que sumiu?

- Nada, não sumiu nada. - Disse deixando Harry preocupado. - Mas não se preocupe sempre fizeram isso.

Harry a abraçou apertado que se aconchego nos braços dele. Ficaram assim por alguns minutos, porém ela se afastou recordando algo.

- Acho que sei o que sumiu. - Falou levantando num sobressalto. - Eu vou indo, muito obrigada pelo convite. - Disse beijando a bochecha dele e saindo dali a passos largos.

Luna andava pelos corredores apressadamente ficou apreensiva quando só notou o sumiço daquele objeto agora. Talvez não dera falta antes por ser um objeto pequeno demais. Fora a única coisa deixada pelo seu pai, a única coisa que tinha um valor sentimental, uma lembrança material dele.

Subiu as escadarias chegando finalmente no salão comunal dos monitores e subiu rapidamente outra escada chegando no quarto. Pegou o malão deixado debaixo da cama e quando o abriu revirando inúmeras roupas, mas não encontrou o que queria. Luna perdeu o colar das relíquias da morte que seu pai sempre usava, era o único objeto que quando usa sente a presença dele.

Alguém deve ter pegado e escondido, porém só tinha duas pesssoas que tem acesso ao quarto. Levantou-se caminhando diretamente para a outra porta batendo com força e teve que esperar alguns minutos antes que um Ernesto aparecesse de pijamas e seus cabelos desgrenhados.

- O que quer Lovegood? Estou tentando dormir. - Falou bocejando.

- Foi você quem entrou no meu quarto e pegou meu colar?

- Por que eu entraria no seu quarto e roubaria um colar feminino? Por acaso está insinuando que uso esse tipo de coisa? - Perguntou incrédulo.

- Não era um colar feminino. - Falou mais confusa. Se não era ele, então quem invadiu seu quarto? Mas resolveu explicar a situação quando reparou a cara de poucos amigos dele. - É um colar das relíquias da morte.

- Eu não entrei no seu quarto. - Falou se recordando de algo. - Tenho algo para você, espera aqui. - Disse entrando no quarto e depois voltou segurando uma carta. - Uma coruja veio aqui quando você estava festejando nossa derrota e acabou jogando essa carta em mim, mas depois reparei que era para você.

- Ok, obrigada. - Ela falou pegando o envelope e voltando para o quarto.

Sentou-se na cama abrindo a carta começando a ler.

As vezes as respostas que mais queremos está evidente diante dos nossos próprios olhos.

S.P.P.

Luna leu e releu aquela carta ficando nervosa. Alguém entrou no seu quarto roubando o único objeto que tinha do seu pai e agora aquela carta? Não conseguia reconhecer aquela caligrafia fina e caprichosa. Também não conhecia ninguém com essas iniciais e sobre o conteúdo da carta parecia um enigma.

Um enigma que ela usará toda sua inteligência corvina para desvendar quem está ocasionando tudo isso.