Sentenced to love

Tempestade à vista


Point Of View Regina

Entramos, o advogado do réu já estava sentado, mas ele ainda não estava. De repente dar-se inicio ao julgamento, chamam o réu e o Graham entra olhando para mim, cada olhar seu causava um efeito aversivo em meu corpo, Emma percebe e segura minha mão com carinho, Henry, que está do meu outro lado, tenta imitar a atitude da madrinha e faz o mesmo. O Juiz entra, os advogados de defesa fazem suas primeiras arguições, duas testemunhas são chamadas e o promotor deixa claro que o caso 001258 – caso da Lena – estaria em processo também naquele dia, sendo assim, chamaram August para depor. August explicou que se sentia culpado pela morte de Lena, pois aceitou o plano de assaltar a loja de conveniências, mas que a culpa só não era maior porque ele tentou ajudar a moça. Olho para Emma e vejo que ela respira cada vez mais forte, aperto sua mão e ela me olha entendendo o conforto que quero passar. Uma das coisas que mais amava na nossa relação é que nada precisava ser dito em palavras, os gestos mais simples revelavam toda nossa intenção. August conta o passo a passo do assalto, desde o plano até a execução, o áudio foi mostrado a todos e perguntaram ao sr Booth se ele sabia que seu parceiro gravara tudo, ele, por sua vez, negou e foi liberado. Maggie também foi chamada para depor, acabamos descobrindo que ela conheceu Lena a partir de sua amizade com Kara e foi perguntado se ela sabia como haviam se conhecido. A detetive apenas falou o que sabia, que a pequena Danvers e a Lena se conheceram na faculdade e se tornaram amigas rapidamente. Meus pais são chamados para depor, vê-los naquela situação inquietava minha alma. Primeiro foi meu pai, falou das ameaças e de como cheguei em casa desnorteada naquele dia, de como me sentia assustada e culpada pela morte do Whale mesmo sendo algo que ele mesmo procurou. Depois foi a vez da minha mãe, fizeram para ela as mesmas perguntas que ao meu pai, mas ela estava bem mais segura e tranquila que ele então foi questionada sobre isso.

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— Sua filha é testemunha chave de um caso de assassinato, na verdade agora são dois – o advogado de defesa começa – a senhora não acha que está muito calma?

— Sim, estou – minha mãe fala segura

— Se sua filha sofreu tudo isso que foi dito, não deveria está em pânico? – ele volta a perguntar

— Claro que não, se coloque em meu lugar, o homem que estragou minha família, me separou da minha filha, me fez viver com medo – ela falava com cada vez mais ódio – esse homem tem a chance de passar o resto da vida atrás das grades... Não ficaria tranquilo se isso fosse com você?

— Sem mais perguntas – ele conclui e liberam minha mãe

Um dos meirinhos me chamou para uma sala privada, soube que a agente Arias e Danvers foram chamadas para depor e o policial que me levou para delegacia no dia do crime. Um dos guardas me chama na sala reservada e escuto me anunciarem como testemunha. Pedem para que faça o juramento e assim o faço.

— Srta Mills, poderia descrever o que houve na noite do dia 16 de junho de 2013? – o promotor pergunta

— Eu fui abordada em um beco por um homem que não conhecia e depois me tornei testemunha quando este mesmo homem foi assassinado – respondo

— Poderia nos dizer por que foi parar naquele beco? – pergunta novamente

— Estava me sentindo tonta e peguei meu celular para ligar para uma amiga – começo e já sinto um arrepio ao lembrar daquela noite – ao invés de abrir a minha lista de contatos abri o aplicativo que deu acesso a câmera do telefone, antes que pudesse sair de tal aplicativo fui abordada pelo Whale, mas até então não sabia seu nome

— A partir disso, quero apresentar a prova de número 6 – o promotor pega meu antigo celular e pede para um meirinho conectar no notebook – apresento o antigo celular da Vitória, perdão, agora é Regina – ele corrige e me olha – esse é o vídeo feito por você naquela noite?

— Sim – respondo e ele pede para que o play seja dado

“- Droga – falo com voz embargada – não é câmera... Quero lista de contatos – meu celular cai no chão – quem é você? Hei, me solta garoto – batia nele – o que quer?

— Você é mais forte do que eu pensava, demorou pra droga fazer efeito – escuto enquanto tento abrir os olhos e saber onde estou

— Onde estou? – sussurrava.

— Calma aí gatinha, isso já acaba! – escutei alguém falando com certa malícia na voz

— Eu não te conheço! Como cheguei aqui!? – falei, começando a expressar meu desespero.”

— Está tudo bem srta? – o promotor pergunta assim que pausa o vídeo, apenas confirmo – quer um pouco de agua? – apenas confirmo novamente e o meirinho me entrega um copo com agua – posso voltar com o vídeo? – confirmo em silencio

Assim que ele da play, eu posso ouvir meu choro desesperado, o vídeo filma apenas o céu, mas o áudio era o suficiente para me desesperar novamente. Começo um choro silencioso enquanto me escuto gritando e tentando fugir das investidas do Whale. Começo a gritar por socorro e o juiz faz sinal para que pause novamente.

— Precisa de um tempo? – o juiz pergunta

— Quero que acabe logo – falo com dificuldade

— Passe para a parte que nos interessa – o juiz ordena

— A partir do tempo de 15 minutos e 27 segundos é possível ouvir a voz do réu – o promotor faz sinal para que prossiga a partir do tempo dito

“- Ah Whale! Garoto mal, garoto muito mal. – Graham falava

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— Graham, sai daqui cara! Eu tô aqui quieto na minha e a garota tá gostando! – disse o Whale, tentando se explicar.

— Você pediu droga, mas não disse que era pra garotinha aí! – disse se aproximando

Meu choro sessou, no áudio aparecem apenas pancadas, sons parecidos com socos e grunhidos. Volto a gritar assustada e novamente ouço meu choro.

— Acho que fiz mais força do que devia – diz o homem rindo e tirando os dedos do local que deveria existir o pulso – essa é a hora que você me agradece! – fala se aproximando e me fazendo gritar ainda mais forte do que antes.

— Ele morreu!? – falo em choque assim que paro de gritar

— Sim, deveria ter parado quando ele parou de se debater, mas já era – me respondeu em meio a um sorriso sarcástico e continuou – aliás, meu nome é Graham – disse estendendo a mão, me fazendo encolher.

— Você mata um homem e me diz seu nome!? – falo espantada

— Essa é a hora que você me agradece! – fala se aproximando e me fazendo gritar ainda mais forte do que antes.

— Hei cara, o que está acontecendo aqui? – um policial aparece e pergunta

Graham saca uma arma e gritei completamente assustada e de repente... Um tiro, sangue! O policial levou um tiro, por sorte pegou apenas no ombro, logo outro policial aparece e atira na direção de Graham, que corre e não é visto por ele.”

— O vídeo continua por mais algumas horas, mas aí acaba o que nos interessa – ele se volta para mim – o policial que falou era o Malone?

— Na hora eu não sabia, mas depois descobri que sim – falo ainda com dificuldade – o policial Malone foi o que levou o tiro e seu parceiro atirou no Graham e me levou para casa, depois que pegaram meu depoimento

— Sabe onde ele está? O Malone... – ele volta a perguntar

— Morto – olho para o Graham – ao que tudo indica ele foi morto após receber ameaças feitas por ele

— Você também foi ameaçada? – ele pergunta

— Sim, por isso a detetive Sawyer me enviou para o FBI e conheci a agente Arias – explico

— Como a casa dos seus pais entram nesse caso? – volta a perguntar

— Saí para mais um depoimento, fui acompanhada pela agente Vauser até uma unidade do FBI – explico e vejo Mary e Ruby entrarem no tribunal – quando voltei para casa vi tudo em chamas e comecei a me desesperar porque sabia que meus pais estavam la dentro – começo a sentir minha voz travando – fui amparada enquanto recebia a noticia da morte dos meus pais... Só descobri a alguns dias que estavam vivos.

— Sem mais perguntas Meritíssimo – o promotor conclui

— Com a palavra, a defesa – o juiz adverte

— Eu tenho uma pergunta – um homem se levanta

— Por favor, mantenha-se em silencio – o juiz pede

— O que está fazendo? – o homem pergunta e me apavoro

— Oswald – falo com voz trêmula

— Querida – saca uma arma – cheguei

Em um curto espaço de tempo, Oswald da três tiros. Um bateu na parede, outro foi no peito de uma das pessoas que assistiam o julgamento, o terceiro e ultimo foi em minha direção, mas antes que eu pudesse sentir a dor do tiro, escuto o Henry se desvencilhando aos gritos dos braços da Emma e correndo em minha direção.

Trilha sonora: Andra Day - Rise Up

You're broken down and tired/ Você está danificado e cansado

Of living life on a merry-go-round/ de viver a vida em um carrossel

And you can't find the fighter/ E você não pode encontrar o lutador

But I see it in you so we gonna walk it out/ Mas eu vejo isso em você então nós vamos sair disso

And move mountains/ E mover montanhas

Fico em minha posição, ainda intacta e antes que pudesse me da conta do que aconteceu eu escuto outro tiro, um dos meirinhos acertou o Oswald na testa. Graham tenta roubar a arma de um dos guardas perto dele, mas é impedido pelo meirinho que atira em seu braço. Nesse momento, olho ao redor e me dou conta do que acabara de acontecer, Emma está no chão sobre o corpo do Henry, todos choravam ao redor, os policiais entram com uma equipe medica e vejo Killian sustentar o corpo de Emma, que chora desesperadamente. Corro até a Swan para abraça-la, mas ela vira seu corpo, ficando de costas para mim.

all we need is hope/ tudo o que precisamos é de esperança

And for that we have each other/ E para isso temos um ao outro

We will rise/ Nós ascenderemos

I'll rise up/ Eu irei erguer-me

Rise like the day/ Erguer-me como o dia

I'll rise up/ Eu irei erguer-me

In spite of the ache/ Apesar da dor