Sentenced to love

Don't cry anymore


Point Of View Regina

Voltamos para a nossa realidade. Swan me levou para almoçar em um restaurante próximo a seu apartamento e pediu para que passássemos lá, antes de me deixar em casa.

— Agora sim... Esse é meu apartamento – ela diz reverenciando e permitindo que eu entre

— Esse sim é lindo e aconchegante – falo e avisto o sofá que ela falou – mantinha

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— Isso – ela sorrir e faz sinal para que eu espere

Dou uma olhada rápida no apartamento e me sento no sofá esperando ela voltar.

— Hei – ela diz voltando para a sala, escondendo as mãos

— O que tem aí? – pergunto curiosa

— Você é uma péssima mãe... Nem sentiu falta do filho – ela diz me mostrando o Liko

— Onw – estendo as mãos para pegar o Liko – ela cuidou bem de você?

— Claro que cuidei – diz sentando ao meu lado – limpo, cheiroso e seu... Tanto quanto eu – ela diz com malícia

— Acho que o Liko não vai querer vê isso – sussurro colocando o unicórnio no centro da sala de costas para nós

Swan começa a me beijar e deita lentamente meu corpo no sofá, se colocando por cima de mim.

— Emma, nós temos... – ela me beija, me interrompendo – Emma... – ela faz novamente

— Você precisa ficar quietinha srta Mills – Emma fala sugestiva e no mesmo instante me lembro do meu sonho com ela

Impossível me conter e não ceder aos caprichos da Swan. Ela tomou meu corpo com delicadeza, mas ao mesmo tempo com um toque possessivo e aquilo foi incrível. Emma parecia se importar com cada reação feita por mim, obedecendo meus limites. Quando terminamos, eu vejo que estou pronta para fazer o mesmo e proporcionar a Emma prazer igual ao que ela me dava. Peço para que ela me guie e assim ela faz, demorou um pouco, mas paro apenas quando vejo que ela alcançou o clímax.

— Fazemos uma boa dupla – ela diz ofegante e eu sorrio

— Preciso ir para casa, Swan... Já está anoitecendo – falo com manha e a beijo – me leva?

— Passa a noite aqui – diz com dificuldade em meio a um beijo

— Vamos com calma, tá? – beijo seu pescoço e me levanto, obrigando ela a fazer o mesmo

Nos vestimos, pego o Liko e vamos para meu apartamento.

— Estranho... – Emma fala diminuindo a velocidade do carro

— O que é estranho? – pergunto percebendo que ela olha para o retrovisor

— Diminuí pra vê se esse carro ultrapassava – ela aponta para um carro que passou por nós – tive a impressão que ele nos segue desde Portland, mas acho que estava enganada

— Pode ser... – digo desconfiada

Chegamos no prédio que moro e antes de entrar eu decido olhar ao redor, só para ter certeza, mas não tinha ninguém lá.

— Até que enfim, faz horas que cheguei – Mary diz assim que me vê entrar

— Culpa minha Mary – Emma diz entrando comigo

— Ai meu Deus – Ruby exclama ao nos vê – você trouxe a faxineira

— Ruby – Alex, Mary e eu repreendemos

— Você contou pra elas? – pergunto a Mary

— Sorry – ela sussurra tentando se esconder entre as mãos

— Ainda não entendi o lance da faxineira – Emma fala, confusa

— Nada não... Coisa sem nexo criada pela Ruby – explico

— Sem nexo? – Ruby pergunta pasma – Emma, a Regina tinha teias em um órgão nunca usado, se agora está limpo... Você é a faxineira – Ruby fala naturalmente e a Swan sorrir

— Esqueci de avisar... O humor ácido está de volta – Alex avisa

— Você e Zelena ainda não se acertaram? – Emma pergunta e Ruby me olha chocada

— Nem vem... Não falei nada – digo levantando os braços em rendição – como você sabe que a Ruby está apaixonada pela Zelena?

— Acabei de descobrir pela reação de vocês – Emma fala e abraça minha cintura por trás nos deixando sem palavras – pode ficar tranquila, não vou dizer nada a Zelena... Da mesma forma que não vou falar o que ela diz

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— Primeiro... Não estou apaixonada pela Zelena. Segundo... Ela fala de mim? – Ruby fala sorridente

— Pra alguém que nega o que sente... Ficou bem eufórica, hein River – Alex observa, deixando Ruby sem graça e ainda mais zangada

— Meninas, o papo está bom, mas preciso ir para casa – Emma fala e a olho de lado querendo que ela fique – não faz isso... Tenho trabalho acumulado – ela deposita um beijo em meu pescoço

Me viro para ela e logo recebo um beijo casto em meus lábios, enquanto envolve minha cintura com força. Emma me beija novamente, mas dessa vez com mais desejo.

— Ok... Passem na minha cara o sexo quente que vocês andam fazendo – escuto Ruby resmungar e isso nos faz rir – eu já vou – dá um tapa no meu bumbum, me repreendendo por não dá ouvidos

— Eu também vou – Emma me dá um selinho de despedida – xau meninas – diz se despedindo – xau amor – me dá mais um selinho e sai

— Amor? – Ruby caçoa antes de sair e arrastar Alex com ela

— Enfim sós – Mary diz ao fechar a porta – me conta tudo – ela diz ao sentar ao meu lado no sofá

— Exatamente sobre o que você fala? – pergunto fingido inocência

— Regina, vocês realmente transaram? – ela pergunta curiosa

— Sim – respondo sorrindo – e Emma foi tão delicada e ao mesmo tempo tão...

— Sensual? – ela tenta completar

— Quente... Bem quente – sinto minha pele queimar, possivelmente eu estava ruborizada e Mary sorria com isso

Conversamos por mais um tempo e pelo o que percebi o fim de semana não foi conclusivo apenas para mim e Emma, Mary e David resolveram tentar algo, sem rótulos e sem amarras para ver o que aconteceria. A Blanchard correu para o quarto e foi se arrumar para seu primeiro encontro oficial com o Nolan, Aproveito que estou sozinha e faço uma ligação.

— Sawyer – ela responde assim que atende

— Sou eu, Regina! – falo baixo e observo se Mary ainda está no quarto

— Tudo bem? – ela pergunta com tom preocupado

— Sim, sim... Mas queria saber como está o caso... Não nos falamos mais – falo rápido

— Regina, não tivemos mais notícias... Realmente está tudo bem? – ela pergunta

— Sim Sawyer... Na verdade... – falo com pesar – eu tenho a sensação que estou sendo observada e hoje a minha namorada achou que um carro nos seguia de Portland até aqui, devo me preocupar?

— Não se preocupe com nada, ok? Eu vou da um jeito nisso – ela diz calmamente – qualquer coisa você me liga, certo?

— Sim, claro! – falo preocupada – eu vou ficar de olho

— Regina... Não se preocupe – ela diz firmemente – preciso desligar, mas ligue se precisar

— Ok – falo e desligo

Escuto a campainha tocar e ao abrir vejo o David visivelmente desnorteado.

— A Emma tá aqui? – ele diz agitado

— David! Achei que te veria daqui a meia hora – Mary exclama ao vê-lo

— Mary... Esqueci de você – ele diz e ela fica em choque – na verdade não esqueci de você... Esqueci do que marcamos... Onde está Emma? – ele fala virando para mim

— Emma foi pra casa... David, respira – faço ele sentar mesmo contra vontade – o que houve?

— Minha tia me ligou agora e o tio Richard está internado... Ele teve um infarto e foi levado para a UTI, mas Emma não me atende – ele diz com lágrimas nos olhos

— Mary, fica com ele... Vou tentar ligar pra Emma – falo e saiu da sala

Ligo várias vezes para Emma e ela não me atende, lembro que ela falou algo sobre trabalho acumulado e suponho que pode está com Zelena e é para ela que ligo.

— Oi Rê, vou passar pra Emma – Zel diz assim que atende

— Não, não, espera... – falo antes que ela passe o telefone – o pai da Emma não está bem, quando eu falar com ela vou pedir pra que venha aqui, mas não vou dizer o motivo... Então me ajuda a convencer ela, ok? David está aqui pra leva-la a Portland

— Ok, vou passar pra ela – Zelena diz

— Oi Rê, já está com saudade? – Emma brinca

— Claro, impossível não sentir sua falta – digo – poderia vim aqui? Agora?

— Não amor, desculpa... Pode ser mais tarde? – ela responde

— Vai Emma, adianto as coisas aqui e qualquer coisa te ligo... São coisas que consigo fazer – escuto Zelena falar

— Ok... Me convenceram – Emma se rende

— Vem rápido, por favor – falo e desligo a ligação

Volto para sala comunicando ao David sobre a ligação e que Emma estava a caminho. Deixo Mary com ele e vou até a cozinha para preparar um chá de camomila, o Nolan estava muito agitado e não seria bom dirigir assim, pego o telefone e ligo pedindo um táxi para ele e Emma.

— Pode deixar que eu atendo – falo ao ouvir a campainha – oi Swan – cumprimento sorrindo

— Oi Mills – ela diz me beijando, mas para ao ver o David – D...? Você chorou? – fala ao passar por mim e ir em direção ao sofá – o que houve?

— Senta aqui amor – a conduzo até a poltrona e me acomodo no braço da mesma

— Vocês estão me deixando nervosa – Emma diz olhando para nossas expressões

— Ems, tia Miranda me ligou pra falar que o tio Richard não se sentiu bem – ele começa

— Como assim? – ela interrompe preocupada

— Ele sentiu uma dor no braço esquerdo e pontadas no coração – ele fala devagar – parece que há dias que sente uma dor no estômago e não falou nada a ninguém, quando ele passou mal, a Lili chamou a emergência e depois dos exames descobriram que havia sido um infarto... Os sintomas estavam interligados... E ao que parece esse não foi o primeiro

— Como assim? – ela pergunta com os olhos marejados

— Pelo o que entendi, o eletrocardiograma e a ecocardiografia mostraram que ele já teve outros pequenos infartos – ele diz olhando para mim e percebo que a Swan está enxugando o rosto

— Hei, o David disse que ele foi atendido a tempo, ele está na UTI – falo afagando suas costas

— Tenho que ir pra lá agora – ela levanta agitada

— Calma, já chamei um táxi e enquanto não chega, ninguém sai daqui – vou até ela e a abraço

Obrigo Emma a tomar um pouco de chá e fico ao seu lado até o táxi chegar. Swan e Nolan levantam-se rapidamente, eu me ofereço para ir com eles, mas David não permite, me lembrando que amanhã tenho o caso com o Robin e não podia faltar. Me despeço com um beijo e vejo que Mary faz o mesmo com o Nolan. Vejo as horas passarem e os primeiros raios de sol começam a aparecer, nos mostrando que o dia amanheceu. Eu e Blanchard não pregamos o olho a noite toda, David nos ligou para dá noticias, mas não foram muito boas, não consegui falar com Swan desde que ela saiu daqui, mas fiz o Nolan prometer que ficaria de olho nela. Nos arrumamos rapidamente e fomos para a firma, ao chegar, vimos o sr Glass despejando ordens e utilizando seu melhor terno, todo trabalhado na arrogância, aproveitando o reinado que eu esperava que fosse breve. Vou para a sala do Robin e deixo Mary explicando as meninas o que aconteceu. No caminho, ligo para Zelena e me ofereço para ajuda-la no que eu puder.

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— Oi Regina – fala agitado – isso aqui está uma loucura – diz se referindo ao reinado Glass

— Concordo... Espero que o novo reinado seja breve – observo e ele sorrir – vamos para o tribunal?

Ao chegar no fórum, entramos e o juiz iniciou a sessão. Robin parecia está com a adrenalina nas alturas, além de ser um caso grande, uma vitória poderia dá bons frutos para a firma e consequentemente para o Locksley.

— Senhor juiz... A minha cliente foi demitida do bar no qual trabalhava porque engordou – Robin rebate a um dos argumentos da advogada – não foi por não ser capacitada, mas por sua imagem... Pelo o que foi possível observar, a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras são repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho, além disso, minha cliente não é a primeira a ser demitida com argumentos sem fundamento sobre quebra de contrato

— Se isso é verdade você não vai ter problema em provar – a advogada provoca

— Meritíssimo, gostaria de chamar a minha cliente para depor – Robin fala e o juiz assente – srta Johnson, a quanto tempo trabalha no bar ‘the signal’?

— Trabalhei por seis anos e a seis meses estou desempregada – ela responde

— Como era sua rotina de trabalho? – Robin pergunta novamente

— Chegava antes das 16h porque meu turno ia das 16h às 23h, quando acabava meu horário eu fechava o caixa, levava o lixo para fora e saia – ela responde firmemente

— Então você pode ser considerada uma boa funcionária? – Locksley indaga

— Nunca tive problemas com os funcionários ou clientes, nunca me atrasei ou faltei sem comunicar e dá uma justificativa... Sim, acho que sou uma boa funcionária – ela responde

— Porque não procura outro emprego? – ele pergunta por último

— Tenho dois filhos pequenos, preciso de horários flexíveis, no bar eu posso trocar de horário com algum dos meus colegas e com o horário que eu trabalho posso passar o dia com meus filhos... Os empregos que me oferecem essa flexibilidade não me dão benefícios como plano de saúde ou vale refeição – ela responde

— Gostaria de entregar como prova a lista de funcionários demitidos que se sentiram desvalorizados ou humilhados, o bar segue um padrão, a vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada e depois é demitida aparentemente por justa causa, ocorrendo a quebra de contrato – Robin diz entregado a prova para o juiz

Robin olha para ela como se tentasse falar que está tudo bem e senta. A advogada da defesa começa o seu interrogatório.

— Pode da uma olhada nessa foto? – a advogada fala entregando uma imagem para a srta Johnson – é você na fotografia? – a cliente confirma – que conste nos autos que a querelante confirmou com a cabeça... Essa foto foi há três anos, acha que mudou nesse intervalo de tempo?

— Claro, fui mãe de duas crianças – a cliente responde

— Vê alguma mudança física? – ela indaga

— Sim, engordei quinze quilos nesse tempo e não consegui voltar a esse manequim - srta Johnson fala calmamente

— A querelante acaba de confessar uma mudança física brusca, a partir do momento que confirma o ganho de quinze quilos... Apresento como prova o contrato do bar... Se vossa excelência analisar a marcação, na cláusula três fala que não são permitidas mudanças físicas após a contratação – ela fala com um sorriso no rosto – esse caso não tem fundamento – a advogada fala para o júri

— Isso quem decide sou eu, advogada – o juiz retruca – a próxima testemunha, por favor

A advogada chama o dono do bar e o interroga, não consigo pensar em muita coisa, meus pensamentos estão em Emma e não no tribunal. Robin me pede as fotos que consegui e passo para ele.

— Mantenha o foco aqui, Regina – ele sussurra antes de levantar – o senhor conhece alguma dessas pessoas? – mostra as fotos ao dono do bar

— Sim, todos são funcionários do bar – ele responde

— Me permita trocar as fotos – Robin fala ao colocar novas fotos das mesmas pessoas – conhece essas pessoas?

— É algum tipo de brincadeira? – ele pergunta

— Responda a pergunta – Locksley insiste

— São as mesmas pessoas – ele responde sorrindo

— Interessante dizer isso – Robin pega fotos diferentes das mesmas pessoas e mostra ao júri – essa moça não é mais morena, seu cabelo agora é ruivo... Esse rapaz agora usa piercing... Esse aqui não sofre mais com a calvície depois da peruca – Robin fala irônico – algum desses funcionários foi demitido?

— Claro que não, são bons funcionários – o dono do bar responde

— Interessante, porque minha cliente foi demitida por quebrar a cláusula três... Achei que mudanças físicas não fossem permitidas – Robin fala para o júri e senta – sem mais perguntas meritíssimo

— Corte suspensa por dez minutos e voltamos com as conclusões – o juiz fala

Saímos da sala e tento ligar para Emma, mas é em vão. Robin se aproxima e pergunta o que acho até agora, se teríamos uma conclusão ao nosso favor, entrego um papel para ele de uma pesquisa que fiz e conversamos um pouco, até sermos chamados novamente. A advogada faz suas considerações e dá a fala ao Locksley.

— Quando nós vamos a um bar queremos relaxar e nos sentir bem vindos, independente do nosso estereótipo, por que isso não se aplica a quem trabalha? Por que é preciso ser humilhado e desrespeitado para ter direito a um horário flexível e benefícios? Esse processo trata de assedio moral e agora gostaria de adicionar discriminação – Robin fala e a advogada lança um sorriso debochado que chama a atenção das pessoas do júri – as leis federais protegem de acordo com sexo, raça, religião, idade, mas e quando falamos de peso? Quanto ao tamanho? Como falei no inicio, o bar segue um padrão de demissões, os funcionários demitidos pela quebra da clausula três, aqui presentes, levantem-se por favor – alguns funcionários levantam com fotos de como eram quando foram contratados – para todas essas pessoas ele encontrou motivos banais pra reincidir o contrato, mas todos os argumentos usados pelo empregador levam a mesma ideia, discriminação. E antes de finalizar o ato discriminatório essas pessoas foram vitimas de assédio moral no trabalho – Robin fala e pede para que as pessoas acomodem-se – aqui no estado de Washington foi proposto leis baseadas no peso e agora vocês tem a oportunidade de utilizar algo tão pouco mencionado quebrando os padrões de beleza impostos pela sociedade. A srta Johnson não precisa se sentir inferior ou menosprezada, ainda mais sabendo que é qualificada para o trabalho. A palavra gorda não é um insulto, só se torna uma agressão quando nós deixamos que pessoas sofram com isso sabendo que nós poderíamos ter feito mais, pensem nisso – Robin conclui e senta-se ao meu lado

O juiz suspende a corte e notifica que seremos avisados quando o júri decidir.

— Regina, você foi incrível, obrigada pela ajuda – Robin fala assim que saímos

— Eu que agradeço, mas preciso te pedir uma coisa – falo sem jeito – preciso ficar com Emma, mas com o reinado Glass isso vai ser impossível, você poderia me cobrir para eu ir à Portland?

— Claro, vou resolver umas coisas enquanto espero a sentença... Para todos os efeitos, você estava comigo – ele fala e pisca o olho, agradeço enquanto saiu – Regina – me chama ao me vê sair – vocês estão juntas?

— Estamos namorando – falo temendo sua reação, mas ele apenas assente

Passo rapidamente no meu apartamento e pego uma muda de roupa. Tento ligar para Emma, mas novamente ela não me atende, ligo para David e o resultado é o mesmo. Meu taxi chega e a cada minuto eu fico mais preocupada, tento novamente ligar para o Nolan e obtenho uma resposta positiva.

— Oi Regina – ele fala ao atender

— Graças a Deus alguém atende, como está tudo? – pergunto

— Ele teve uma piora, Regina – ele fala com aparente dificuldade – teve uma parada cardíaca e precisou ser reanimado... Os médicos não sabem se o coração vai aguentar por muito tempo

— E não tem nada que possa ser feito? – pergunto novamente

— Existem procedimentos cirúrgicos, mas nenhum é indicado agora porque ele tá muito fraco... Medicaram com trombolíticos e só podemos esperar que dê certo e ele possa ser operado – conclui com dificuldade – Regina, assim que der... Vem pra cá, por favor

— O que houve com a Emma? – pergunto preocupada

— Desde que chegou ela não comeu, não dormiu, não conseguimos tirar ela do hospital... Se não está ao lado dele, ela está nos corredores ou capela, mas não sai daqui e não tem falado conosco – ele suspira

— O caso acabou... Estamos só esperando o veredito, já passei em casa, peguei uma muda de roupa e estou em um táxi indo para Portland – falo calmamente

— Obrigado Regina... Minha tia está vindo, preciso desligar. Até daqui a pouco – ele fala encerrando a ligação

Ligo para Mary e aviso o que estou fazendo, peço para ela não falar na firma, pois não queria que o Glass soubesse do que eu fiz e que Robin me encobriu. A viagem teve seu tempo normal, mas para mim foi uma eternidade, digo o endereço do hospital para o taxista, ao chegar lá pago e vou ao encontro de Emma.

— O que você faz aqui? – ela fala com os olhos marejados

— Vim ficar com você – respondo – não aguentei ficar sem noticias e...

Emma envolve meu corpo em um abraço apertado me fazendo jogar minha bolsa no chão, afago suas costas e a ouço chorar, um choro copioso e liberatório, extravasando uma grande dor. Dona Miranda se aproxima e começa a falar repetidas vezes que está tudo bem, como se isso fosse um incentivo para Emma se acalmar. Ajudo a Swan a sentar enquanto David pega um pouco de agua para ela.

— Eu não vou sair do seu lado, ok? – falo segurando seu rosto e enxugando suas lágrimas – vamos comer alguma coisa? – Swan balança a cabeça em negativa

— Filha, vai com a Regina – Miranda falava chorosa – nós ficamos aqui – mas ela continuava a balançar a cabeça em negativa

— E se você ficasse aqui e eu pegasse um sanduiche e um suco? – David fala entregando a água e ela continua negando

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— Faz isso, por favor – digo a ele – se você não conseguir comer tudo, você vai comer metade, ok? Já pensou o que o seu pai vai pensar quando melhorar e te vê numa maca? Porque é isso que vai acontecer se você continuar sem comer

— O corpo humano aguenta aproximadamente um mês sem ingerir comida – ela responde soltando uma espécie de sorriso forçado

— Experimenta passar um mês sem comer e me diz se vai ter forças pra soltar piadinhas – retruco – você vai comer e isso não é negociável – olho para o David e ele sai para comprar a comida – vem cá – me encosto e puxo o seu corpo para o meu

Emma encosta a cabeça em meu ombro enquanto tento acalma-la em meio a um cafuné.

— Não sei o que faria se você não tivesse aparecido – Miranda sussurra – eu já não tinha mais forças

— Vai ficar tudo bem – sussurro em resposta e seguro em uma de suas mãos enquanto observo a Lili arrumar os cabelos da Emma, que acabara de adormecer em meu ombro