Entre a madrugada e o raiar do sol, muitos mundos podem se cruzar.
Um simples pensamente já é o suficiente para continentes atravessar.
Quando dormir se torna desejo nada mais parece fazer efeito.
A cama muda de forma, o calor ou frio incomoda.
E até mesmo o ingrato do sono vai embora.
Quem dera pudesse tomar um copo de leite quente da vovó agora.
Já que o relógio não para de tiquetaquear.
As memórias vão pedindo passagem, até de nostalgia, o pequeno coração inundar.
Há muito tempo desconhecia o interior da madrugada.
Devo dizer que não senti sua falta.
E sem perceber já nem quero continuar.
Os olhos vão pesando e na boca o bocejar.
Os sonhos são aguardados, porém nesse mundo tudo é um tanto improvisado.
Os atores não tem lugar demarcado, e o palco, nuvens em granulado.
Assim, como em um apagão, as coisas outra vez se resumem em escuridão.

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