Os escolhidos

Prontos


POV JACK
Quando chegamos na casa da avó da Elsa Merida e Hiccup já nos esperavam lá e o clima parecia estranho.
Calmo demais.
– Desde quando vocês dois ficam na mesma sala sentados juntos e não discutem nem tentam se matar? - Provoco não perdendo a oportunidade.
Merida me manda o dedo e Hiccup simplesmente revira os olhos. Bem típico deles.
– Bom meninos fico feliz que todos estejam dispostos a seguir com o vosso destino. - A avó de Elsa surge na sala com uma bandeja com copos de suco, biscoitos e maravilhosos pedaços de bolo de chocolate. - Sei que estão muito apressados e curiosos com tudo mas saco vazio não fica em pé por isso primeiro irão ter um lanche.
– Mesmo se eu quisesse dizer não, nunca iria conseguir resistir a esse bolo me chamando e a esse irresistível sorriso que a senhora tem. - Digo sorrindo e me levantando para ajudar ela a colocar a bandeja na mesa.
– Por favor Jack, se continuar com esses galanteios terei de lhe roubar para mim. - Ela diz me olhando ternamente. - Abre o olho ou você o perderá para mim Elsa.
– Eu e o Jack somos amigos. Essas brincadeiras são muito constrangedoras para alguém que está namorando. - Elsa diz e estrategicamente olha para o seu copo de suco ignorando o olhar de todos da sala.
Elsa estava namorando?! Desde quando?!!
Depois de olhar para Elsa todos passaram a olhar para mim, todos esperavam alguma reação mas não teriam nenhuma.
Respiro fundo e engulo as perguntas com dificuldade.
– Mas então vó podemos conversar sobre tudo enquanto comemos por favor? Estou muito curiosa. - Merida me salva de qualquer coisa constrangedora.
– É Mesmo melhor. É o seguinte meninos: vocês foram para Clear num tempo sombrio. Todos achavam que Breu estava fraco e longe de tudo depois que fugiu da prisão mas estavam errados, os anos presos deram a Breu tempo de aperfeiçoar sua magia e fez com que ele conseguisse poder para se apoderar das pessoas através de qualquer sentimento menos puro que tivermos. Ele pode controlar de diversas maneiras e de diferentes escalas dependendo do tipo e da força do sentimento negativo. Pode conseguir controlar só por um momento se for um sentimento passageiro ou pode controlar para sempre se for bem forte. Medo, raiva, inveja, ódio, culpa, avareza, cobiça e muitos outros. - Ela explicou calmamente.
– E minha avó viu nas cartas que Breu pretende controlar o Homem da lua com essa mesma magia. - Elsa revelou preocupada.
– Ele tem poder para tanto? - Rapunzel perguntou espantada. Ela tinha razão, era difícil pensar em breu tendo mais poder que o Homem da lua.
– Basta que o Homem da lua ou qualquer pessoa abram portas para o mal. Acredito até mesmo que durante todo esse tempo ele, juntamente com seu escolhido tem estado a controlar muitas pessoas ao vosso redor para vos fazer mal. A Ana é um bom exemplo. - Ela voltou a falar fazendo com que um silêncio sepulcral se fizesse entre nós.
Então Ana estava tão diferente por causa disso? E quantas mais pessoas que ao longo da vida nos fizeram mal podem estar sendo controladas também?
– Mas o Homem da lua não tem pensamentos do mal, é a pessoa mais calma e controlada do mundo. - Merida quebra o silêncio pensativa.

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– Mas mesmo ele tem algo que o atormenta. Ele tem uma grande culpa e arrependimento. - Elsa diz baixinho. - Ele me disse uma vez que se sente culpado por não ter parado Breu antes e por nos ter metido nessa história e Breu sabe de tudo isto e vai usa-lo.

– Então temos de impedir, vamos logo. - Hiccup se levantou rápido fazendo banguela ( que estava na forma de um gato ) quase cair de seu colo e recebendo em troca uma patada cheia de unhas afiadas.
– Calma Querido, ir para a guerra sem as armas e a estratégia certa resulta numa rápida derrota. Quando se encontraram com Breu na primeira vez ele venceu porque estava preparado para vocês, o escolhido dele é da terra e muito possivelmente vos espionou e Breu sabe as vossas fraquezas e vai usá-las contra vocês. Precisam aprender a aceitar e superar o que vos empurra para trás. - Ela explica fazendo Hiccup se sentar novamente.
– Não é tão fácil assim. - Merida murmurou e todos concordamos.
– Então façam que seja fácil, aprendam mais uns sobre os outros e tirem as amarras dos vossos corações. - Ela diz com um sorriso terno no rosto. - Precisam se abrir uns com os outros e colocar as cartas na mesa. Mas antes vou lhes contar mais sobre a história e sobre vosso inimigo.
Então A avó da Elsa começou uma longa história sobre nossos poderes e sobre Breu.
Ela parecia saber tanto quanto Norte, como é que era possível?
Antes que notassemos ja era noite e a lua já estava alta no seu.
Estávamos todos sentados no Jardim da casa de Elsa sentados em círculo e todos tínhamos certeza de que a avó da Elsa estava nos vigiando da janela.
Ela tinha dito que não entrariamos para jantar enquanto não nos abrissemos um com os outros e estivéssemos prontos.
– Como é que vamos saber que estamos prontos para lutar? - Rapunzel pergunta depois de um tempo olhando para a Fogueira que tínhamos armado.
– Quando tivermos certeza que se Breu voltar a usar seu poder não iremos desmoronar novamente. - Elsa responde olhando fixamente para o fogo. - Temos de nos abrir uns com os outros e superar nossos sentimentos ruins para que ele não use contra nós.

– O que vos causa pensamentos negativos? - Mérida perguntou de repente olhando para cada um de nós.
Por um momento todos ficaram calados.
– Meus pais querem que eu assuma todo o seu império, as escolas, as empresas e os institutos de caridade mas não sei se consigo. Tenho medo de errar e sempre acho que meu pai tem a certeza que não sou capaz de fazer nada certo e que vou errar. - Hiccup diz de repente acariciando o banguela em seu colo. - Eu faço tudo errado.
– Astrid é minha prima. - Merida diz e todos olhamos chocados para ela. - Nossas mães são irmas mas nossa avó nossa gosta muito da mãe dela porque ela é lésbica. Astrid sempre me odiou por ver o amor de nossa avó por mim e eu sempre a odiei por ver o amor da minha mãe por ela. Minha mãe a acha perfeita... Ela queria ter uma filha igual a Astrid.
Era engraçado como Merida e Hiccup tinham problemas tão parecidos. Se tivessem continuado amigos talvez pudessem ter se apoiado nesses momentos mas se afastaram.
– Meus pais morreram cedo por isso não tive tempo de conviver tanto assim com eles. - Ela diz olhando para os dois. - Eu daria qualquer coisa para poder falar mais um pouco com eles e vocês podem fazê-lo de graça. Vossos pais vos amam, muitas vezes não sabem mostrar mas amam de todo o coração. Tentem falar com eles porque talvez eles sintam o mesmo que vocês, a vida é tão curta e instável podemos morrer a qualquer momento por isso precisamos dizer rápido o que queremos dizer para as pessoas que amamos.

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Sinto meu coração bater mais forte quando Elsa termina de falar. Ela tinha razão, eu sempre dizia que queria viver uma vida sem mentiras e aproveitar o máximo mas na verdade eu estava mentindo para mim mesmo.
Eu amava Elsa, eu não a considerava mais apenas amiga a algum tempo e sabia disso.
Mas como dizer para ela que a amo? Não consigo me imaginar ouvindo um não dela. Porque se ela dizer não sei que perderei a amizade dela para sempre.
Além do fato de que ela está namorando não sei com quem.
– Tens razão Elsa. Eu amo meus pais, só queria que eles se resolvessem logo e que me entendessem mas nunca parei para tentar entender eles. - Hiccup disse enquanto tentava fazer com que banguela continuasse me seu colo mas o felino não permitiu.
Ele saiu e foi sentar-se se com Merida recebendo de bom agrado seus carinhos.
Hiccup murmurou algo como: - Ninguém te culpa por escolher o carinho dela.
Ele não tinha se dado conta que tinha dito aquilo em voz alta mas logo notou os nossos olhares sobre ele e corou violentamente.
E por mais estranho que parecesse Mérida também tinha corado mas estava olhando para ele com um pequeno sorriso no rosto.
Sorriso!!! Sem socos, nem ameaças e nem caretas.
– O que está se passando com vocês? - Rapzubel fez a pergunta que todos queríamos saber. - Finalmente se acertaram?
– Não a nada que acertar. - Merida disse meio ríspida voltando ao normal.
– Já está na hora de sentarem-se para conversar sobre o que houve não acham? Nunca pararam para ouvir a versão um do outro. - Digo já irritado. Mérida claramente sentia algo pelo Hic e virse versa.
Eles tinha a chance de se acertar mas não o faziam por causa de um orgulho bobo. Ficam fazendo doce até que chega um momento em que a Merida vai começar a namorar outra pessoa e aí Hic vai se arrepender de não ter dito nada antes.
– Eu não preciso conversar sobre o que houve pois sei exatamente o que aconteceu. Astrid disse que só namoraria com ele se ele se afastasse de mim e ele aceitou. Jogou uma amizade no lixo por causa dela. - Merida disse e pela primeira vez em muito tempo ela não parecia irritada ou com raiva... ela estava magoada e triste.
– Eu fiquei tão sozinha antes da Elsa Chegar! Me perguntava por que todos preferiam Astrid em vez de eu. Eu alimentei uma raiva por ela que não faz bem para mim. - E então o inacreditável aconteceu. Mérida chorou, lágrimas grossas desciam descontroladamente e pela cara que Hic fazia eu sabia que estava doendo nele também.
– Eu não escolhi ela em vez de você Merida. Eu disse não para ela naquele dia mas aí você se afastou e começou a me tratar mal e a dizer coisas horrives sobre mim. - Hic respondeu confuso e com os olhos marejados. - Você se afastou.

– E nunca se passou pela cabeça de vocês que talvez Astrid tivesse planeado tudo isso para que pensassem mal um do outro? - Elsa perguntou fazendo com que ambos ficassem chocados.
– Sério mesmo isso? A Astrid odeia a Meri, ela faz a vida de todos um inferno e mesmo assim nunca pensaram que ela poderia fazer algo para vos afastar e ficar com o Hic? - Perguntei incrédulo.
– Eu... - Merida e Hic disseram ao mesmo tempo se olhando mas logo pararam sem saber o que falar.
– Eu pensei o pior de você quando você sempre foi minha melhor amiga, eu deveria saber que você nunca se afastaria de mim. - Hic recomeçou olhando para Meri com culpa.
– Eu também pensei o pior de você Hic, me desculpe por quase quebrar seu braço, eu achava que não era boa o suficiente para você querer continuar comigo. - Ela respondeu.
– Você não era boa o bastante? Meu Deus Meri, você sempre foi boa demais para mim. É a pessoa mais incrível que eu conheço. - Hic disse limpando as lágrimas dela com a ponta de seus dedos.

Eles então passaram a se olhar como se o resto de nós não existisse mais.
Tossi fortemente então eles olharam para mim surpresos.
– A cena de amor está linda mas eu não curto muito assistir a melacão dos outros. - Digo e Meri me olha irritada.

– Mas o que eu ainda não entendi é porque Astrid faria algo assim. Eu era doido por ela na época, estava disposto a ficar com ela e tentar fazer com que Meri a aceitasse. Não acredito que ela fez algo tão baixo. - Hic perguntou parecendo decepcionado e eu entendia o que ele queria dizer.
De uma forma ou de outra ele gostava muito dela e aceitar que alguém que você amou não é aquilo que você pensava é difícil.
– Astrid mudou muito. Ela nunca foi alguém fácil ou simpática mas ela se tornou ainda pior, estava revoltada e cruel. - Punzie contou tristemente e de repente arregalou os olhos - Será que ela também está sendo controlada por Breu?
– É possível. Vovo disse que existem níveis desse controle. Ele pode controlar- te completamente ou apenas aflorar esses sentimentos negativos ao máximo em você. - Elsa explicou pensativa. - Saber que Anna está sendo controlada me preocupa tanto. Anna estava com tanta de mim ao ponto de deixar que Breu entrasse?

– Eu te amo Elsa, você é como uma irmã para mim e para todos nós . Anna é sua irmã de sangue mas se ela sente raiva e te odeia por algo que você não teve culpa então ela não te merece. - Merida Disse séria.
– Meri tem razão. Você é incrível Elsa, merece o melhor do mundo. Tem um coração enorme e está sempre pronta Para ajudar quem precisar. - Digo olhando para ela.
E é por isso que te amo. - Completo mentalmente.
– Eu amo tanto vocês. - Rapunzel disse de repente com os olhos cheios de lágrimas. - Nunca pensei que teria uma amizade como está aqui. Por isso tenho de vos contar uma coisa que estive guardando por medo.

Ela diz e todos olhamos cheios de curiosidade.

– Eu estou doente. - Rapunzel disse derepente e olho chocado para ela. O pior é que apenas eu e Merida pareciamos surpresos, Elsa e Hiccup eram muito observadores então já deviam ter notado algo. - Eu estou na fila a espera de um coração novo já a alguns anos.
Sinceramente não sei o que dizer. Anos? E nós só estávamos a saber agora?
Rapunzel pareceu ler meus pensamentos porque logo se justificou.
– Sinto muito não ter contado antes, eu tinha medo de contar porque não queria que me tratassem diferente e o custo de ter amigos quando não sei se vou conseguir ter um coração é alto demais. Porque vocês seriam meus amigos se soubesse que eu poderia morrer ou ir para o hospital a qualquer momento? Mas não me peçam para deixar de ser amiga de vocês ou para eu desistir de ir ajudar o Homem da lua porque está fora de questão, quero viver e sentir emoções de verdade pela primeira vez e se depois eu tiver que morrer então que assim seja.

Como se todos tivéssemos combinado nos levantamos e a abraçamos juntos.
Aquele abraço coletivo significava muitas coisas.
Éramos amigos, éramos irmãos. Finalmente estávamos deixando os desentendimentos para trás mas principalmente... Estávamos prontos e quando olhei para a casa e vi a avó da Elsa nos olhando sorrindo pela janela e eu tive certeza que ela também sabia.

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