Insolente

Um estudo sobre James Potter.


James Potter é conspícuo e um maldito bastardo exibicionista, uma combinação que simplesmente torna impossível e impensável desviar o olhar porque ele vive e morre pela atenção recebida, sendo incapaz de suportar os olhares ansiosos esperando um belo espetáculo o tempo inteiro sem um segundo sequer de piedade e, ao mesmo tempo, incapaz de sobreviver sem a ânsia fascinada e encantada dos outros. Um narcisista com sorrisos dourados demais e que jamais estará confortável em sua própria pele.

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Ele é o tipo de pessoa desalmada que convenceria o Papa a declarar um anátema contra um santo canonizado porque as palavras dele são as mais belas pedras preciosas expostas na vitrine e é simplesmente inimaginável olhar no fundo de seus olhos e dizer não com todas as letras. E, se não for uma negativa clara, James Potter vai fazer questão de usar todas as brechas deixadas contra você e, no final, ainda precisará estar completamente certo de que todos sabem que uma enganação aconteceu ali.

Madrugada e ele corre pelo castelo sob a capa de invisibilidade, um riso silencioso nos lábios rasgados por um sorriso exultante. Numa sala trancada, uma garota qualquer o espera – bem, dessa vez é uma garota, realmente depende do seu humor e, se há algo que é consenso, é que é instável e insaciável – e James Potter não se importa com as sombras dos monitores nos cantos de sua visão: por algum motivo ou por todos os motivos existentes, aquela noite é feita para comemorar.

Vidas não são feitas de festas, bebidas e sexo, mas a dele é, simples assim. Além do mais, ninguém parece se importar que, embora suas mãos sejam quentes como o fogo do inferno, seu espírito está perpetuamente arrefecido, se agitando frio com a atenção e com tudo o que lhe é negado.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.