Monólogo de Kuroro Lúcifer

Lamentação de um líder sem Nen

O Cara da Corrente aprisionou-me numa condição pior que a morte. Já sou um peso morto para os meus parceiros, para o Hisoka que não teve interesse algum de me matar.

Preocupo-me com o que vai acontecer com Pakunoda. Quase certeza que morrerá, haja vista não esconderá nada aos demais membros. Conhecemo-nos desde a vida miserável na Cidade Cometa, e sei que ela não tomará atitudes vis. Portanto, aquela será a minha última lembrança dela.

Caminho para perto da borda daquele rochedo. Penso numa possível sêmita que poderei encontrar para sair daquele local e da minha atual situação. A garota médium, que roubei os poderes, prevera o meu futuro. Preciso encontrar uma pessoa que possa retirar esta maldição de Nen do meu coração.

Penso em me suicidar, sentir o aperto no peito que vitimou Uvogin, que vitimará Paku, mas reflito que estarei dando gostinho de vitória àquele dos olhos vermelhos.

O vento bate em meu rosto, meu corpo. Vejo o horizonte à minha frente.

Preciso encontrar aquele que me libertará. Nem que para isso lhe entregue um vaso de alabastro com o óleo perfumado mais caro do planeta.

Segundo Neon Nostrad, não perderei a minha soberania. Significa que os outros membros ainda me consideram um líder? A cabeça da aranha não desapareceu.

O calendário perde um precioso componente.

Os meses restantes se reúnem para o luto.

Aqueles em luto emanam uma melodia.

Enquanto a décima primeira lua se levanta em silêncio.

O crisântemo murcha e cai.

Se deita ao chão ao lado de ensanguentados olhos escarlates.

Mas você continuará soberano,

Mesmo depois de perder metade de seus membros.

Aproveite o interlúdio.

Conheça um novo amigo.

Leste é a direção a seguir.

Você encontrará aquele que lhe aguarda.

— Leste. É pra lá que eu vou.