O Coelho da Lua

Eles conseguiram! Só não me pergunte o que...


'Eu poderia tentar os dutos de ventilação... '

'Ah esse prédio não tem. '

'O que? Que tipo de prédio não tem dutos? '

'Não estamos no Tibith, lembra? '

'Uh, não deve ser difícil despistar aquelas corças chatas. '

'Por que você quer entrar lá? '

'Pela aventura!'

'Vulgo você quer morrer'

'Vamos lá, eu quero fazer algo divertido! '

As minhas conversas com Ludovico estão ficando um pouco irritantes, mas também estava ficando entediado. Merlin não parecia no clima de puxar conversa, estava ansiosa. Ela havia fechado a porta da sacada por causa do frio. Então tive uma ideia.

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―Merlin ―A chamei a tirando do transe ― posso ir ao banheiro?

―Sim, pergunte pra alguém onde fica.

Assenti e deixei a sala, despistei a corça, o que não foi difícil. E comecei a andar pelos corredores procurando alguma coisa interessante, não encontrei a sala onde Daniel estava, nem alguma que estivesse aberta ou sem caras de uniforme vigiando. Não sei qual é o trabalho deles, mas não devem ta fazendo bem feito, eu passava despercebido facilmente.

No final de um corredor sem guardas, achei uma porta aberta. Era uma sala pequena com varias mesas, com copos cheios de liquido colorido e borbulhante.

―Você não pode entrar aqui. ―Uma raposa estava sentada numa cadeira, ela usava um jaleco.

―M-me desculpa, eu me perdi ― Ela parou de mexer nos copinhos e veio até mim, o cabelo ruivo chegava à sua cintura e os óculos a faziam parecer inteligente. Ela agachou pra ficar na minha altura.

―Como veio parar aqui? De verdade.

―Achei que aqui teria algo legal ― Tentei fazer a voz mais inocente possível, isso funcionava com o Papai.

―Você me lembra eu quando era criança. ― Depois ela me mandou voltar praquela sala de novo, dessa vez com um macaco de uniforme me guiando. Adultos são muito extremos!

Tivemos que ficar lá até de noite. Merlin parecia que ia explodir de ansiedade a qualquer momento. Eu estava fazendo melhorias do meu plano de ficar parado e morrer, mas não estava conseguindo resolver a questão do tempo. Ludovico reclamava de fome, o que é estranho já que ele tem pelúcia ao invés de estomago e não precise comer, ele tava reclamando mesmo assim. Até que finalmente alguém abriu a porta, Daniel mal pisou na sala antes de ser bombardeado com varias perguntas de Merlin. Começaram a falar tão rápido e eu não consegui acompanhar a conversa. Só entendi que eles conseguiram alguma coisa.

~*~

Longe...

A garotinha corria alegremente pela neve, deixando o cachecol balançar entre as mãos. Alguns adultos a mandavam ficar quieta, mas ela fingia que não ouvia não ouvia. O menino tentava acompanha-la na brincadeira, ela não tinha tanto folego e tossia o tempo inteiro.