A astúcia de Jadis possibilitou sua aproximação da vila e então ela estava frente-a-frente com o ele, o guardião. Sua pele ressecada e pálida não permitia descobrir sua idade, seus olhos totalmente esbranquiçados chamavam a atenção, pois mesmo assim sua visão era perfeita.

“Vejo que és mui audaciosa, pois ousasse aproximar-se de meus domínios. É conspícuo que há algo poderoso dentro de você.” Exclamou o guardião, tocando seu cajado de acácia-negra, em cuja ponta estava entalhada uma caveira de bode com dentes afiados, no ombro de Jadis.

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“Peço-lhe perdão por adentrar em seus domínios.” Disse Jadis, baixando a cabeça em sinal de respeito.

“Declara-me agora o que queres e te darei, porém deixo claro: o poder cobra caro.” Em Jadis a ambição se personificou e uma feição de possessão foi percebida pelo guardião, que sorriu sozinho.

“Que Charn caia aos meus pés!” Respondeu a Imperatriz.

“E como pretendes tal conquista?” O ancião instigava o sentimento de Jadis.

“Com teu exército de mortalha.” Jadis ousou mais uma vez.

“Meu exército não tem poder nenhum sem minha presença.”

“Então ensina-me o que sabes e serei sua serva.” Jadis estava disposta a pagar o preço que fosse necessário.