Sea You

Prisioneiros não podem portar armas


Annabeth nem acreditou no que ouviu, e sendo totalmente inconveniente, soltou uma risada, completamente descrente a tamanha lerdeza do capitão. Ele pareceu envergonhado, sentindo suas bochechas esquentarem.

— Ninguém fala assim com você mesmo. — Ela brincou antes de encarar os olhos verdes escuros. — O que foi?

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Ele aproximou novamente o rosto, facilmente transformando o momento constrangedor em luxúria. Percy desceu os lábios até o pescoço alvo da princesa, e com os olhos vidrados nos dela, ele beijou e lambeu a área, vendo-a se contorcer um pouco.

— O que... O que pensa que está fazendo? — Ela balbuciou e o pirata parou imediatamente a ação, recebendo o olhar de reprovação dela.

— Não faço nada que você não queira. — Ela abriu a boca para falar algo, mas foi interrompida pelo som do sino do convés, que reunia toda a tripulação. Percy deu um sorriso debochado e virou as costas para a princesa, que se encontrava mais perplexa e confusa do que nunca.

Chegando no deque, o capitão avistou as Caraíbas, e na enseada, um bando de tartarugas sulistas no mar cristalino das ilhas. Eles não iam estender muito a parada, tinham bastante dever a fazer em Tortuga.

— Recolham as velas a bombordo e abaixem os botes com redes. — Percy ordenou e logo os botes com dois ou três piratas eram colocados no mar para a pesca.

Durante a movimentação, a princesa se encontrava estática, no mesmo local. A cena que havia acabado de acontecer foi o suficiente para ela finalmente acordar. Ela estava nos mares sulistas, num navio pirata e... Livre. Finalmente livre de toda e qualquer obrigação real.

Os olhos de Annabeth rolaram o quarto de Thalia e pararam num grande espelho, que a permitia observar o vestido azul que ainda trajava desde a fuga. Ela andou até o guarda-roupa da pirata e o abriu, observando as peças com tecidos persas, árabe e orientais. Nem conseguia imaginar todas as aventuras que os piratas viviam mar a fora.

A princesa se despiu do vestido nortenho, e pegou emprestado um vestido mais curto, com a coloração mais azulada que o antigo. Ela foi até o pequeno arsenal particular de Thalia e admirou as adagas, escolhendo uma e a manejando, como seu pai a ensinou em segredo de sua mãe.

Ela escondeu a adaga e saiu dos aposentos, observando os piratas se movimentando para a pesca. Annabeth soltou os cabelos ao vento e avistou Grace, que estava preparando seu próprio bote.

— A gatinha está mostrando as unhas. — Thalia disse sorrindo e aprovando a mudança, quando Annie se aproximou. — Eu empresto meu vestido Annabeth, obrigada por perguntar antes.

A loira sorriu e ajudou a pirata com as amarras, ela entregou a rede e auxiliou na hora de descer a embarcação. O resto da tripulação, inclusive Percy, observavam as duas mulheres trabalhando e encaravam Annabeth surpresos, visto que a princesa estava a minutos escondida feito uma rata nos aposentos.

Quando o bote foi colocado na água, Thalia agradeceu e antes que pudesse cortas as cordas, a loira pegou sua adaga e a cortou, surpreendendo não só os piratas, como a Grace.

— Ela é sua agora. — Thalia gritou e recebeu um sorriso de Annabeth, antes de remar em direção a enseada.

A princesa observou o punho de sua nova arma, onde havia safiras decorativos e lascados, graças ao tempo. Ela guardou a adaga e virou-se para o convés, onde Percy a observava.

— Prisioneiros não podem portar armas. — Ele disse baixo, se aproximando dela.

— Prisioneiros de verdade não podem fazer nem metade das coisas que eu faço aqui. — Ela o desafiou. — Você só não quer admitir.

O auto controle de Percy foi colocado em prova mais do que nunca. A princesa umedeceu os lábios, provocando explicitamente, e caminhou até a proa de Neptuno, apreciando a brisa e a vista.

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— Baixem a vela principal e façam logo meu almoço, pragas! — Percy ordenou sorrindo quando os botes voltaram com a pesca limpa. A âncora foi erguida e logo navio voltou a ser guiado pelo capitão, depois da breve parada.

Luke estava terminando de guardas as redes, fechando o alçapão do convés inferior, quando Thalia chegou com um prato de carne de tartaruga e os dois sentaram mais distantes da tripulação para comer sossegados.

Annabeth sentou com os piratas, entre os gêmeos Travis e Connor, surpreendendo mais uma vez eles, que não sabiam como agir diante daquela situação. Ela pegou seu próprio prato e começou a comer, sem precisar da permissão e ajuda de ninguém. Os piratas, que antes se colocariam no papel amedrontador, não viram mais necessidade em assustá-la. Talvez já estivessem acostumados com sua presença, ou apenas estivessem cansados demais no momento.

Percy observou de longe a cena, com o olhar curioso. Quando a refeição terminou, Annabeth ajudou os piratas a limparem tudo e foi para o quarto de Thalia dormir. O capitão podia ver a ilha do pecado se aproximar. Ele não via a hora de sentar com sua tripulação no bar de Baco para beber.

Ao chegar no único porto da ilha, a âncora foi abaixada e os piratas trataram de pisar em terra firme, depois do mês inteiro da viagem do Norte para as ilhas sulistas. Percy foi até o quarto de Thalia e bateu na porta, vendo a loira abrir.

— Algo errado? — A voz de sono pronunciou.

— Chegamos em Tortuga e a tripulação está desembarcando.

Annabeth assentiu e saiu do quarto, seguindo Percy até o píer, e aceitando a ajuda que o moreno ofereceu para descer de Neptuno.

— Bem... — Jackson começou. — Os outros piratas vão para o bar, se você quiser ir para um quarto...

— Eu vou para o bar também. — Ela interrompeu o capitão. — Já dormir demais durante a viagem.