My world
Parte do seu mundo
“Eric, se me permite dizer, muito melhor do que a garota dos sonhos é uma de carne e osso, com amor e carinho, e bem diante de seus olhos..”
Após vê-la fechar a janela naquela noite, permanecera no mesmo lugar, fitando-a estático, enquanto o dia que se passara transcorria diante de seus olhos; definitivamente fora um dia incomum, não era sempre que moças ruivas caiam sob os seus braços, ao menos não com tamanha ingenuidade, a lembrança faz um pequeno sorriso desenhar-se em sua face, enquanto a sensação de ter o corpo esguio sob os dedos voltava para si; ela era bonita, não mentiria, detentora de uma beleza tão rara quanto exótica, desde o cabelo vermelho vivo aos olhos azuis cor do mar; dificilmente esqueceria aquele rosto, e a forma como um sorriso lhe delineava os lábios era simplesmente uma visão. Ela mexera consigo, o entusiasmo com que enxergava a vida e a amabilidade eram características encantadoras, noutrora, possivelmente teria se apaixonado a primeira troca de olhares, mas aquela voz, aquele doce lamento melodioso que lhe prometia o mundo, o impedia de enxergar a jovem ao seu lado.
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Quero ficar aqui ao seu lado
Quero também ver você sorrir pra mim...
Os versos reverberavam incansavelmente em seu interior, enquanto um questionamento o atormentava: Se a jovem que o salvara verdadeiramente queria aquilo, por que fugira? Por que lhe tocara a alma gentilmente, para então desaparecer como espuma no mar? Ele não entendia.
Nenhuma outra se aproximara de tal forma, sem receio pelo nome que carregava ou pela coroa que herdaria; nem sua mãe o acariciara com tamanho zelo, como se fosse algo precioso demais, quebravel; ele precisava daquilo, mesmo sem saber, o ansiara por quase toda uma vida.
Vamos andar, vamos correr
Ver todo dia o sol nascer
E sempre estar em algum lugar
Só seu e meu
Era muito mais do que ousaria pedir, a simples perspectiva daquela sentença se concretizar lhe tirava o fôlego; imaginar uma mão a enlaçar a sua, pés a marcarem a areia em conjunto com os seus, e o som de risos a competir com o canto dos pássaros, um amor tão sincero, era algo precioso demais para que se permitisse abrir mão, por mais encantadores que os atributos da jovem ao seu lado lhe soassem; talvez por isso hesitasse tanto em atender ao clamor daqueles olhos azuis, por que sabia exatamente o que deixaria para trás no momento em que cedesse, e por mais atrativo que parecesse, nada valia aquilo; mesmo que ao fechar os olhos, a garota que o fitasse em resposta possuísse cabelos rubros.
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