Capítulo XVII

Eu estou sonhando com aquele rapaz com mais frequência ultimamente. Agora não apenas o ouço chamando meu nome, mas também tenho algumas visões dentro do sonho. Nele, vejo uma casa muito mais modesta do que a mansão do Duque de Venomania. E aquele rapaz quase sempre vem me visitar naquela casa. Não consigo vê-lo com clareza, apenas a silhueta dele. Ele costuma me trazer flores, que eu sempre coloco no mesmo vaso de alabastro sobre a mesa. Nas poucas vezes que consigo ter um vislumbre de sua face, posso perceber que ele possui um sorriso gentil, muito diferente do sorriso depravado que o Duque demonstra para comigo. Quando sonho com ele, sempre me esforço ao máximo para conseguir enxergar seu rosto com clareza, saber quem ele é, mas, sempre que abro a boca para perguntar seu nome, acordo imediatamente e esqueço que sonhei com ele até que o sonho volte a se repetir. E sempre que acordo estou ao lado do Duque. Eu não sei realmente se isso é apenas um sonho ou fragmentos de lembranças. Mas acho que isso não importa. Eu estou ao lado do Duque agora. E é aqui que eu devo ficar. Agora e para sempre.