Can't Help Falling in Love

I'll be ready for a funeral


Embora compreendesse a esperança e o sentido de vitória que o dia dois de maio trazia ao mundo bruxo, o sentimento sempre seria eclipsado pela lembrança do que Teddy jamais poderia ter. Enquanto todos se preparavam para o jantar de comemoração, ele se dirigiu à Torre de Astronomia. Sentia-se arrefecido, preso a uma dor que era só sua. Como ele, seus pais um dia estiveram sob aquele mesmo céu estrelado. Talvez tivessem sonhos ou medos, mas Teddy jamais saberia.

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Tudo o que conhecia sobre os pais foram histórias que lhe contaram. Suas memórias eram apenas invenções. Teddy sequer teve chance de compreender sua perda direito. Só a compreendeu anos depois. A dor veio em doses homeopáticas, mas veio. Veio ao observar outras crianças brincando com os pais, veio quando recebeu sua carta de Hogwarts, veio em cada momento ausente.

Em silêncio, Victoire sentou ao seu lado na Torre de Astronomia. A menina não fez perguntas, apenas segurou sua mão. Teddy se sentiu grato por aquilo. Apoiou a cabeça no ombro dela e a abraçou com força. Sua presença era de algum modo reconfortante. Depois de longos minutos, ergueu o rosto e disse:

— Eu me sinto pronto para descer agora.