Pós Amor: O que vem depois do amor?

Suspeitos em investigação


A delegacia da cidade estava relativamente calma para uma sexta feira. Poucas prisões e algumas pequenas coletas de depoimentos. Catarina Ribeiro tinha aproximadamente vinte e oito anos. Cabelos loiros na altura dos ombros e olhos cor de mel. Um e sessenta e cinco de altura, face bem marcada e com ar de impaciente. Como agente especial, aguentou muita coisa na sua vida. Contudo, o que nunca iria se acostumar era com os atrasos do seu parceiro de profissão. Ele vai me pagar! Vou meter uma voadora nele se o idiota não chegar em cinco minutos!

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Um carro prata parou em frente à delegacia. Um homem alto desceu e piscou para a loira que estava dirigindo. Catarina puxou ele pela camisa e gritou:

— ESTÁ ATRASADO!

— Não precisa gritar no meu ouvido. Já estou com uma dor de cabeça horrível! Não preciso que intensifique isso.

— E ainda vem bêbado, Miguel?

— Sem lição de moral, senhorita certinha. Eu estava de folga e na boa quando seu pai me ligou dizendo que tinha que falar comigo urgentemente. Então, abaixa a bola aí.

— Podia ter passado em casa pelo menos! Dar uma ajeitada nesse cabelo e achar uma roupa menos amassada!

— Já estou estressado o suficiente e não quero brigar com você. — Afirmou Miguel andando em direção ao gabinete do comodante. — E é melhor a gente se reunir com seu pai logo para resolver tudo. Porque eu ainda tenho que aproveitar a minha noite com a Sabrina. Você tinha que ver! Ela tem uns peitos e uma bunda que... Nossa senhora! Além de ser selvagem na cama. Se acredita que ela abaixou e...

— Não preciso saber desses detalhes! — Exclamou Catarina interrompendo-o.

O comodante Robson abriu a porta ao perceber vozes exaltadas. Aqueles dois são piores do que gato e rato! Eles entraram e o comodante perguntou:

— Por que o atraso de quase meio hora?

— Como sempre o senhor Miguel atrasado! – Respondeu Catarina irritada.

— Eu estava muito ocupado!

— Muito ocupado mesmo. — Ironizou a agente. — Essas marcas roxas no seu pescoço mostram realmente o enorme compromisso que você estava tendo!

Robson acalmou a filha e prosseguiu:

— Desculpe chamar vocês bem no dia de folga, mas, o assunto é realmente urgente! Há anos estamos monitorando uma organização chamada TCO. Não sabemos qual o objetivo dela, apenas temos conhecimentos que essa organização é responsável pela morte de vários empresários. E por sorte, conseguimos achar a última localização deles.

— E onde séria? — Perguntou Miguel curioso.

— Cidade de Flores. Fica aproximadamente a duzentos quilômetros daqui da capital. — Respondeu o comodante mostrando o mapa via data show. — Preciso que vocês partam imediatamente! O carro já está no estacionamento. Peguem o básico que precisarem para missão e me avisem quando chegarem o mais rápido possível.

— Sim chefe! – Exclamaram os dois.

Robson puxou delicadamente o braço da filha e pediu:

— Tome cuidado, Catarina! Por favor!

— Confie em mim pai. Sabe que sou uma das mais competentes aqui!

— Sei disso! Confio em você!

Os dois saíram de sala e em pouco tempo já estavam dentro da viatura. Catarina colocou uma música e comentou:

— Parece que seu compromisso com aquela loira vai acontecer depois.

— Infelizmente sim.

— Posso fazer uma pergunta?

— Lá vem...

— Você não tem vontade de ficar com uma pessoa?

— Essa cultura da monogamia não combina comigo. Para quer ter só uma se posso ter várias?

— Fala isso porque nunca se apaixonou! Quando amamos alguém... Pensamos só nela e queremos ficar só com ela pela vida toda!

— Sem esse blá, blá, blá pegajoso. Vamos passar primeiro na sua casa e depois na minha para fazermos as nossas malas. Quando mais cedo terminarmos essa missão, mais tempo livre eu terei!