O dia seguinte ao da chegada de Ariel fora pesado, porém não ruim: Bach existia.

Após recarregar as energias da última tarde, ele queria gastar tudo novamente: brincamos juntos, toquei piano com ele no meu colo e então deitamos, exaustos.

Na cama, pensei sobre o que Ariel dissera antes de ir.

O que eu tinha para dar em troca? Da forma como foi dito, parecia que eu já tinha esse algo. Não precisava comprar. Mas o que era?

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“Minha cabeça não sopesa aquelas palavras.”

Quanto mais eu tentava pensar a respeito, mais os pensamentos se batiam uns contra os outros, tais como duzentas baterias tocando em tempos diferentes a mesma música.

Barulho.

Me forcei tanto a pensar que fiquei com dor de cabeça.

Fui até a cozinha para tomar um remédio. O “tchhh” e o cheiro de frango indicavam que minha mãe estava fazendo algo para comer.

Mães são sábias. Guardam consigo todas as respostas do universo.

— Hum... Mãe... Me responde uma coisa?

— Claro, filho. Pergunta pra mãe...!

— Se você fosse Ariel...— hesitei, mas prossegui —... e quisesse me pedir um presente, o que pediria?

— Te pediria em namoro! Vocês são lindos juntos, sabia?

Perdi o equilíbrio.

Eu estava errado quanto às mães.