Terror no quarto branco

Recordação e revelação


O consultor olha mais uma vez seu relógio antes de começar a falar.

—Temos ainda vinte minutos até o fim da sessão de hoje. Antes de começar, essa história pode te excruciar um pouco.

Rosa ia responder, mas o homem inicia a história.

—Você estava na rua, tremendo e ensanguentada. Qualquer um que oferecesse ajuda era ameaçado imediatamente. Quase foi atropelada, mas nem se importou. E entrou numa lanchonete.

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Rosa sente os olhos vazios dele encarando-a.

—Sentou no fundo e ignorou todos os olhares curiosos e preconceituosos. Aí eu cheguei e a trouxe para cá.

Fica um silêncio rápido após ele concluir, quebrado por Rosa ao ter uma dúvida.

—Qual a parte que me deixa aflita?

O consultor sorri.

—A parte em que você me confessou ter assassinado friamente duas crianças de 10 anos que brincavam no parquinho da igreja.

Rosa gela e não acredita, principalmente por causa do sorriso do consultor. O homem se levanta.

—Assassinei duas crianças?

—Sim. E adivinha quem eram?

O consultor joga dois fichários na mesa. Rosa reconheceu o menino, é o mesmo que emprestou a camisa.

—Não podem ser eles. - Ela joga de volta - Não fiz isso!

—Fez sim. E aconteceu há 2 anos.