Sentimentos confusos

XXV - Mortalha


O homem pediu que se aproximasse, afastando a mortalha de cima do rosto do cadáver, perguntando se o reconhecimento. O grito ficou preso em sua garganta enquanto afastava alguns passos, negando com um aceno.

Sentou sobressaltado na cama, olhando ao redor, à procura do homem. Um pesadelo. Que horrível!

Olhou o relógio no criado-mudo, constatando o horário tardio. Sentindo o corpo tremer, pegou o celular, digitando o número do namorado. Ele tinha sono leve, iria acordar no primeiro toque e se sentia grato por isso. Era idiota, mas precisava confirmar.

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— Oi, aconteceu alguma coisa? – o tom de Mikaru foi mais gentil do que esperava.

— Você está bem? Está no hotel?

— Nem eu trabalho até essa hora. – uma risada leve. Foi o suficiente para acalmá-lo de vez. – Está tudo bem. O que aconteceu?

— Tive um pesadelo com você… – confessou num murmúrio, sentindo-se uma criança.

— Quer me contar?

— Está tarde… te ligo amanhã e conto melhor.

— Conte agora. Não vai atrapalhar.

— Tudo bem.

Katsuya voltou a se apoiar contra os travesseiros, contando o pesadelo, ouvindo apenas murmúrios de concordância, sem ser interrompido até acabar, recebendo então palavras de conforto, onde Mikaru garantiu que a primeira pessoa que procuraria quando voltasse seria ele.