“Chocolate?” – Davi aponta a massa de sorvete na vitrine.

“Pode ser” – não sentirei o gosto mesmo.

Fazia dois dias que não ia pra escola. Apesar de parecer uma bobeira, como minha mãe e Davi disseram, estava triste e desanimada. Davi pensava que era por que tinha sido ludibriada pelo Léo e eu escondia dele que na verdade o que mais me doeu foi perceber que realmente gostava dele, que esperava mais da nossa relação. Pensei que fosse o cara certo, mas foi só ilusão. Estava cansada de pensar nele. Queria abrir um buraco na minha cabeça, fazer uma trepanação, pra ver se conseguia tirar ele de lá.

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“Você parece melhor hoje...” – Davi sorriu, tomada pelo desânimo nem respondi.

Ele chegou mais perto, tirando algumas mechas de cabelo que insistiam em cobrir meu rosto.

“Quero ver você feliz” – o olhar dele se detém em minha boca.

Devagar espalma o meu rosto levando-o em sua direção.

Me beija. Seus lábios são macios e acolhedores, gentis até demais. De repente me pego pensando em como seria beijar Léo.

Abro os olhos, despertada por esse pensamento e há alguns metros de distância vejo Léo parado me olhando, friamente. Helena está com ele.